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Cozinha de geração em geração

ourinho de minas
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Ourinho de Minas ganhou como petisco, mas também vai bem com um cafezinho (Foto: Divulgação)
Júlia Ribeiro e a prefeita de Lima Duarte, Elenice Delgado (PT), durante entrega do prêmio do JF Sabor (Foto: Divulgação)
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Os bolos de canela já são atrativos turísticos em Ibitipoca. É quase impossível descer a serra sem levar um deles. Dona Maria, falecida no começo deste ano, ficou conhecida por ser uma das criadoras da receita, que se espalhou entre a família e a vila. Júlia Ribeiro faz parte dessa família. De acordo com ela, o que não faltam são histórias. Sua mãe, Elizabeth Ribeiro, faz o famoso pão há 23 anos, idade de Júlia. Ela conta que a produção artesanal foi sendo passada de geração em geração, começando pela tia-avó, passando para a avó, depois para a tia e finalmente para a mãe. Ela mesmo, hoje em dia, arrisca na feitura.

Elizabeth criou o Quitutes da Beth para vender o pão. Começou em casa mesmo. Depois, passou a vender em uma loja na beira da estrada. Júlia e os irmãos cresceram nesse meio e com 10, 12 anos já ajudavam a mãe. Como uma missão impossível de largar, os irmãos tornaram-se sócios da mãe e, durante a pandemia, decidiram vender o pão para além de Ibitipoca, indo de endereço em endereço em Lima Duarte e Juiz de Fora. O estabelecimento, que hoje se transformou em um empório, foi crescendo, substituindo o fogão a lenha pelo industrial e adotando outras receitas que, assim como as do pão de canela, têm origem em casa: nos dotes da mãe na cozinha.

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“Minha mãe sempre produzia tudo o que a gente consumia quando era criança, até pão. E ela sempre gostou de fazer coisas enriquecidas. Não era só um pão, ela incrementava com alguma coisa”, conta. Nesse processo, nasceu o pão de abóbora que recebeu o nome de Ourinho de Minas, vencedor da categoria petiscos do JF Sabor 2021.

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No começo, era um pão de abóbora mesmo. Aos poucos foi ganhando recheio e o gosto dos fregueses. Como não tinha uma categoria voltada para pães no concurso, petisco era o que fazia mais sentido, e o tema “mineiridades” batia totalmente com a receita, foi só rechear com o queijo curado. O sucesso, de acordo com Júlia, é a junção dos sabores: massa levemente doce com o salgado do queijo. Ourinho de Minas é petisco, mas pode ser também café da manhã ou da tarde, dependendo do gosto do cozinheiro ou degustador.

Ourinho de Minas

Por Júlia e Elizabeth Ribeiro

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Ingredientes:
250g de abóbora cozida
200g de açúcar refinado
1 pitada de sal
200ml de óleo
1,5kg de farinha
3 ovos
30g de fermento biológico seco
Gergelim branco
Queijo minas em pedaços

Modo de preparo:
Bata no liquidificador a abóbora cozida e amassada, o óleo, os ovos e o açúcar. Em uma tigela, misture o fermento e deixe agir até crescer. Em seguida, junte a farinha de trigo e o sal. Misture até ficar homogêneo. Separe a massa em pequenos pães com tamanhos similares. Corte o queijo em pedaços e recheie os pães. Coloque os pães em uma forma untada, com espaços para a massa crescer. Pincele com gemas de ovos e jogue o gergelim. Deixe no forno médio pré-aquecido até dourar.

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