
O Vacimóvel, uma iniciativa inovadora do Governo de Minas Gerais, está levando mais saúde e qualidade de vida para milhares de pessoas em todo o estado, sobretudo as que moram nas comunidades periféricas e áreas rurais, facilitando o acesso e garantindo a ampliação da cobertura vacinal para quem mais precisa. Trata-se de uma van adaptada que abriga um pequeno centro de vacinação itinerante, equipada com refrigeração, pia para higienização, cadeiras e mesas, armários e toda estrutura adequada para que as equipes de vacinação realizem seu trabalho com eficiência e segurança.
Na cidade de Ubá, o novo equipamento opera desde fevereiro. “É uma ferramenta muito importante, porque leva a vacina para mais próximo da gente e facilita as ações, por exemplo, de Dia D, as campanhas de vacinação aos finais de semana. Vi no site da prefeitura que estão fazendo diariamente em fábricas, em escolas. É uma forma de aumentar a adesão das pessoas à vacinação”, afirma Carolina Ferrari, 38 anos, servidora pública. Além do conforto do ambiente, ela destaca o atendimento humanizado e eficiente.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Ubá, desde a inauguração, já foram aplicadas 4.183 doses no Vacimóvel que está sendo levado para praças, escolas, indústrias, asilos, feiras livres, creches e até na rodoviária.
Vacina acessível, tratamento humanizado
Em Muriaé, Laura Hastenreiter Fialho, 40 anos, moradora da Barra, é portadora de bronquiectasia idiopática, uma doença pulmonar crônica que torna seus pulmões mais sensíveis e vulneráveis a infecções respiratórias. “Viver com essa doença é estar em alerta constante, pois, um simples resfriado pode evoluir rapidamente para algo mais grave”, explica Laura.
Por isso, ela busca a vacinação todos os anos. “Fui recebida com carinho e atenção por profissionais da saúde de forma muito humana e acolhedora. Se vacinar é uma responsabilidade coletiva, quando a sociedade se vacina, ela cria um escudo que protege pessoas como eu, que vivem com doenças respiratórias, ou imunossuprimidas e têm mais riscos de complicações. Vacinar não é só um ato individual, é um gesto de cuidado com toda sociedade”, defende.
De acordo com a coordenação de imunização da Secretaria de Saúde de Muriaé, o Vacimóvel tem agenda semanal às terças-feiras, das 8h às 11h. Mais de 400 pessoas já foram atendidas pelo serviço móvel.
Conforto e segurança em São João Nepomuceno
Todos os dias, dois micro-ônibus novinhos, com capacidade para 28 pessoas cada, partem da cidade de São João Nepomuceno para a vizinha Juiz de Fora, levando pacientes do Sistema Único de Saúde para tratamentos de maior complexidade. A distância de 65 quilômetros entre as duas cidades era antes percorrida com veículos que costumavam apresentar problemas no percurso.
Por isso, a cidade está celebrando a parceria com o governo do estado no programa Transporta SUS. Boa parte da população mora na zona rural e a referência na saúde de alta complexidade é Juiz de Fora, polo da macrorregião. Atualmente, os recursos repassados pelo governo de Minas têm auxiliado no aluguel de dois micro-ônibus novos, que oferecem, inclusive, acessibilidade para cadeirantes. Os veículos foram alugados através do Consórcio Intermunicipal de Especialidades (Ciesp).
Anderson Rodrigues de Mendonça, 57 anos, 33 de profissão, é um dos motoristas que transportam os pacientes em tratamentos oncológicos, hemodiálise, exames e consultas diversos, principalmente da alta complexidade, todos os dias. Ele observa uma mudança significativa na qualidade da prestação de serviços à população. “Melhorou demais com mais conforto e segurança e dignidade para todos que precisam. As pessoas estão muito satisfeitas. Os ônibus têm ar-condicionado e cadeira elevada para quem tem dificuldade de locomoção”, destaca o condutor.
Além Paraíba se prepara para receber Centro de Hemodiálise
O projeto de construção do Centro de Hemodiálise de Além Paraíba está na fase final de ajustes técnicos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, os recursos de R$ 4 milhões para a construção e aquisição dos equipamentos já foram empenhados pelo governo do estado. A expectativa é de que o processo licitatório para as obras seja iniciado no segundo semestre deste ano.
O Centro de Hemodiálise será construído no local onde hoje está a sede da Secretaria Municipal de Saúde, ao lado do posto do Hemominas. No entanto, apenas uma parcela da estrutura será mantida. Todo interior do edifício será alterado para que esteja adequado às exigências dos projetos arquitetônicos. A expectativa é que até no final do segundo semestre de 2026 já esteja funcionando em sua capacidade plena.
Atualmente, 40 pacientes precisam do tratamento na cidade. Para ter acesso ao serviço, eles precisam se deslocar mais de 100 quilômetros, todos os dias, para a unidade mais próxima que fica em Leopoldina. Sem contar os pacientes das cidades do entorno, que fazem parte da microrregião de saúde, como Estrela Dalva, Pirapetinga, Santo Antônio do Aventureiro e Volta Grande, que também são referenciados para Leopoldina.
Com a implantação do centro de hemodiálise, a Prefeitura espera reduzir os custos em transportes e diárias, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes renais crônicos que hoje sofrem com os desgastes da viagem.
Economicamente, a cidade se torna referência em um atendimento que poderá ser expandido para além da microrregião e, até mesmo, para os municípios fluminenses vizinhos, como Carmo e Sapucaia, proporcionando circulação de pessoas na cidade, no comércio local, ampliando o leque de consumidores. O SUS além-paraibano sai fortalecido, pois abre portas para novas especialidades no município.