Mas é uma pandemia. Nenhum local está isento de surtos e riscos, pois são justamente pessoas assintomáticas que, involuntariamente contaminam outras com o vírus, quer seja no trabalho, em casa ou mesmo no hospital. E no caso do SARS-CoV-2 (novo Coronavírus, rebatizado Covid-19), seu potencial de contaminação é altíssimo. Entretanto, o uso correto dos EPI’s, higienização frequente das mãos e a adoção de protocolos de proteção e segurança na assistência provaram ser a melhor forma de evitar o contágio no ambiente hospitalar, onde tanto pacientes com Covid como portadores de outras patologias, precisam ser simultaneamente atendidos, uma vez que a pandemia não tem previsão para acabar.
O Monte Sinai entendeu isso desde o início, sendo um dos primeiros hospitais de Minas a implantar medidas de contenção rigorosas para enfrentamento do Coronavírus. Já no início de fevereiro, estabeleceu os primeiros protocolos de barreira e fluxos independentes para todo o hospital. Com reuniões diárias, o Comitê de Crise composto por representantes de todas as áreas do hospital, conseguiu mostrar que em nenhum momento dessa pandemia, pacientes, com ou sem covid, deixaram de ser atendidos com toda a segurança, qualidade e eficiência.
A ideia de que o ambiente hospitalar representa risco biológico de contaminação pelo Covid-19 foi plantado na cabeça das pessoas. O medo que afastou os pacientes emergências, fez disparar as complicações associadas às doenças crônicas e degenerativas, aumentou os índices de mortes súbitas, deteriorou o prognóstico de milhares de pessoas com câncer e retardou o atendimento de graves emergências, o que muitas vezes suplantou, com folga, o risco de infeção pelo novo vírus.
“Desde os primeiros passos numa série de medidas de segurança criteriosas e, algumas criativas – como separar equipes covid e não-covid pela cor da roupa. Conseguimos isolar equipes, fluxos, UTIs, estruturas de internação, triagens, e até as áreas de descanso e de refeição das equipes. Chegamos a detalhes de processos que foram se provando efetivos a cada novo ajuste e, hoje, temos dois hospitais em um. Tudo graças a um time muito comprometido, motivado e em sinergia com tudo que acontece dentro e fora do hospital”, ressalta o gestor e médico Lincoln Ferreira, responsável pela condução do Comitê.
Como o Monte Sinai se dividiu em dois hospitais
Com competência e realocação dos recursos que tinha a mão, o Monte Sinai estabeleceu uma nova rotina que modificou a atividade de mais de 1500 pessoas praticamente da noite para o dia. Estabelecendo que o foco em segurança deveria ser o principal objetivo da remodelação de grande parte do hospital, a meta foi evitar ao máximo o risco de infecção intra-hospitalar.
As cores das roupas que identificavam os profissionais passaram a distinguir as equipes Covid e não-Covid. As estruturas das UTIs foram readequadas para abrigar as UTIs não covid (Adulto, Coronariana, AVC e Neonatal) e UTIs covid (suspeitos e positivos). Áreas e quartos foram realocados e adaptados, enquanto linhas de cuidados para tratar os pacientes infectados ganharam processos e rotinas totalmente sintonizadas com os novos protocolos estabelecidos. Com entradas limpas, circulação diferenciada e divisão física para acomodar pacientes críticos, tudo foi minuciosamente revisto nos processos de assistência, na hotelaria, segurança corporativa, manutenção, comunicação e áreas administrativas, e repetidamente discutido nas reuniões diárias do Comitê.
Estruturas como a UTI Neonatal foram inteiramente transferidas para o prédio com entrada independente e sem contato com o acesso pela Emergência. Neste prédio é onde está a Maternidade, e também passou a ser o único acesso de acompanhantes. Visitas suspensas e o cancelamento das cirurgias eletivas, no primeiro momento, tiraram mais de 200 médicos da rotina do hospital, mantendo porém, toda a equipe assistencial 100% a disposição, visto que esperava-se um surto descontrolado como o descrito em alguns países europeus. Parte da equipe foi remanejada e retreinada para novos fluxos. Vários médicos e colaboradores receberam treinamentos diversos, que variavam de técnicas de paramentação à intubação orotraqueal.
90 dias de processos seguros estabeleceram uma nova rotina
“A contaminação de uma grande parcela da comunidade pode comprometer todos os fluxos. Por isso, não podemos relaxar as medidas de segurança”, ressalta Dr. Lincoln. Sendo o hospital que mais atendeu suspeitos de coronavírus em Juiz de Fora, o Monte Sinai tem um índice de colaboradores com resultado positivo para Covid-19 de apenas 1,6% e, na sua grande maioria, por contaminação externa (funcionário com outro vínculo definido). As investigações internas verificaram que entre profissionais que atuam exclusivamente na Instituição, este dado não chega a 0,5%. Considerando a testagem apenas dos casos sintomáticos, não há funcionários infectados no setor administrativo e não registramos qualquer surto interno de infecção.
Esse resultado é comemorado por todos no Comitê, mas exige o controle e expedição criteriosa do uso de EPIs, atuação ágil e cuidado extremo em cada etapa. Por precaução, foram inseridas medidas como aferição de temperatura e oximetria de todos os colaboradores, fluxos claros de afastamento e retorno ao trabalho. “Para todos os pacientes ‘covid ou não covid’ foram redobradas as medidas preventivas, sem deixar de atender sequer os transplantes hepáticos. Temos dois hospitais funcionando simultaneamente e com resultados muito positivos, demonstrando a excelência que é base da política de qualidade da assistência no Monte Sinai. A comunicação com o médico, o estabelecimento e cobrança de novos protocolos pertinentes nos permitiu retomar as cirurgias em um mês e já estamos flexibilizando as visitas, com segurança e conforto para pacientes das UTIs (não covid)”, completa Dr. Rodrigo Peixoto, Diretor Clínico que acompanha diuturnamente as ações do comitê, representando, também, os médicos da instituição.
Transparência nos números e combate a fake news
Outra medida tomada como balizadora das ações, desde o início foi a transparência. Desta forma, o Monte Sinai enfrentou a pandemia paralela, de “fakenews” e desinformação. Com a perspectiva de ultrapassar, em breve, dois mil atendimentos a pacientes suspeitos de Covid, o hospital combateu os boatos mostrando resultados. Com um fluxo inédito de triagem, que coloca o paciente em um quarto isolado até seu desfecho (liberação, internação ou isolamento domiciliar), além da assistência e separação de pacientes graves, o Monte Sinai virou também referência para atendimento do Covid-19 além das divisas de Juiz de Fora.
De forma progressiva, o Hospital vem recebendo cada vez mais pacientes com quadros graves, de outras regiões e de outras instituições da cidade. Apesar da gravidade dos casos e do pior prognóstico desses pacientes, a equipe reconhece que o Monte Sinai sempre teve esse papel relevante na cidade e região, e atribui esta referência a seu conhecido desempenho clínico.
“Diante de mais esse desafio, o Monte Sinai vem demonstrando que a pandemia, embora tenha afetado a vida de grande parte da população, não interferiu nem na qualidade e nem na segurança dos atendimentos prestados pelo hospital”, conclui Dr. Lincoln.
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