
Fim de ano é sinônimo de confraternização, com a chegada de visitas em casa ou deslocamento da família para outra cidade, deixando a residência fechada por alguns dias. Seja para quem fica para receber ou para quem vai ser recebido, é importante estar atento ao consumo de água para evitar gastos extras ao final das festas. A Companhia de Saneamento Municipal (Cesama), responsável por gerenciar todo o sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto de Juiz de Fora, alerta a respeito das boas práticas que devem ser adotadas tanto nesta época quanto no restante do ano.
Conforme orienta o diretor técnico-operacional da Cesama, Márcio Augusto Pessoa Azevedo, quem for ficar fora de casa no período de festas, ou em viagem de férias, deve fechar todas as válvulas internas do imóvel. “Principalmente a válvula no ramal interno de entrada, ou seja, aquele que fica imediatamente após o medidor (hidrômetro). Caso não haja, ou não tenha conhecimento do mesmo, feche a válvula na caixa padrão”, destaca. Esta atitude evita, por exemplo, que ocorra algum tipo de vazamento, um problema bastante frequente e que pode causar prejuízos. Segundo a companhia, dentre os tipos mais comuns de vazamentos estão aqueles que atingem o extravasor da caixa d’água (ladrão), as torneiras em geral e a caixa de descarga do vaso sanitário.
Outras medidas preventivas são: acompanhar o consumo registrado na conta mensalmente e adotar uma rotina de revisão das instalações hidráulicas da casa, como torneiras, chuveiros e válvulas de descarga, verificando se funcionam dentro da normalidade. Para se ter uma ideia, o prejuízo causado por uma torneira com defeito pode ser enorme. Se ela deixa escoar um filete de água de um milímetro de diâmetro, ao longo de 24 horas, vai desperdiçar cerca de 1.280 litros. Se o filete de água for maior – 1,5 milímetro -, o volume sobe para 2.800 litros no mesmo período. Dobrando para três milímetros, são 12 mil litros.
Tendência de verão clássico
Com o verão chegando oficialmente neste domingo (22), os juiz-foranos podem esperar todas as características clássicas da estação. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as tendências para 2020, com base na média histórica composta por dados climatológicos coletados entre 1981 e 2010, é de um verão típico, com um bom volume de chuvas entre os meses de dezembro e janeiro, redução em fevereiro (quando espera-se períodos de veranico, ou seja, de sete a dez dias sem chuvas dentro do período chuvoso), e retorno das precipitações em março. O motivo é a atual ausência de fenômenos climáticos como El Niño e La Niña, por exemplo, que podem trazer alterações a esses cenários. A meteorologista do Inmet, Anete Fernandes, alerta para as pancadas de chuvas que podem ocorrer devido ao aquecimento solar durante o dia. Inclusive, é esperado muito calor. Com base na média história, entre dezembro e fevereiro, a média da temperatura mínima foi de 17,5 graus, e a média da máxima foi de 26,6 graus.
E para lidar com o calor, as pessoas, naturalmente, utilizam mais água ao aumentar o número de banhos ou recorrer às piscinas para se refrescar, por exemplo. Se uma piscina plástica de mil litros tiver sua água trocada diariamente, ao final de um mês, isso pode representar um acréscimo de 30 mil litros de água na conta. Mas, se a troca for inevitável, reutilize a água para lavar quintais, calçadas, carros e dar descarga nos vasos sanitários.
Evite o desperdício, economize água:
- Deixe os chuveiros abertos somente pelo tempo necessário
- Ao escovar os dentes, deve-se abrir a torneira apenas para enxaguar a boca e lavar a escova, o mesmo vale ao fazer a barba
- No vaso sanitário, não dê descargas prolongadas e, se possível, utilize descargas com caixa acoplada, que consomem menos água
- Para lavar o carro, utilize a água em balde ao invés da mangueira
- Molhe os jardins somente entre 6h e 8h ou após as 19h para evitar o excesso de evaporação da água
- Na lavagem de roupas na lavadora, procure usar toda a capacidade do equipamento para realizar essa tarefa e reutilize a água para limpar quintais, calçadas, carros e dar descarga nos vasos
- As piscinas fixas devem ser cobertas para evitar sujeira e evaporação da água
- Evite entrar na piscina com o corpo sujo para manter a água limpa
De onde vem a água?
A água que abastece Juiz de Fora, conforme a Cesama, vem de quatro mananciais: Ribeirão do Espírito Santo, Represas de São Pedro, Doutor João Penido e Chapéu D´Uvas. Para que ela chegue em todas as casas, a água passa por um longo processo, que começa nas barragens que fazem a reserva. As barragens facilitam a captação da água represada, que passa por um tratamento para ser purificada.
Depois de ser tratada, a água é distribuída à população por meio de adutoras, reservatórios – caixas d’água dos bairros – e redes de distribuição, que levam o produto até os imóveis. Nas regiões mais altas onde a água não chega pela força da gravidade, é preciso construir estações elevatórias (casas de bomba) para que ela seja transportada até os imóveis e não comprometa o abastecimento.
Endereço: Avenida Getúlio Vargas, 1.001, Centro
Telefone: 115
Horário de funcionamento: segunda a sexta, das 7h30 às 17h30
www.cesama.com.br