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Arquitetura voltada para a comunidade em JF

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Projeto Unidade Básica de Saúde, assinado por Larah Zambrano, Flávia Rossi, Daniel Menesez e Sérgio Rocha, alunos do 6º e 7º períodos do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unicsum
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Arquitetura é o diálogo entre espaço e pessoas, sendo qualidade de vida um direito de todos, e nunca um privilégio, é preciso refletir sobre sua democratização. Ela não necessita especificamente de grandes orçamentos e da tecnologia para servir aos seres humanos. Isso significa que a arquitetura tem que ter um compromisso com o espaço urbano coletivo.

É comum pensar que arquitetura é para ricos, mas, a realidade já se alterou com a Lei de Assistência Técnica Gratuita, n.º 11.888/08. Sua finalidade é aproximar os profissionais especializados daqueles que necessitam de orientações apropriadas na hora de construir. Seja nas grandes cidades, nos hospitais mais especializados, ou mesmo nas residências mais simples, a arquitetura deve estar presente. Desde 2008, no entanto, a lei garante às famílias de baixa renda o acesso gratuito ao trabalho técnico de profissionais especializados, mas ainda é pouco aplicada no país.

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A função social do arquiteto está na cidade. Mas em que, exatamente, ele precisa pensar ao olhar e viver o espaço? Para o professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unicsum, Flávio Silvério, a arquitetura vai muito além do embelezamento de casas e cidades. “Claro que isso tem valor. Mas nossa profissão ultrapassa essas questões. É imprescindível estarmos atentos às formações das cidades e dos espaços construídos, levando-se em consideração a existência de todas as pessoas que habitam esses lugares”, reforça ele, que também é mestre interdisciplinar em Artes, Urbanidades e Sustentabilidade. Flávio ressalta que a área busca o direito à moradia digna, possibilita espaços de trabalho bem pensados, propõe acesso aos espaços livres públicos de maneira equitativa, além de questões ligadas aos aspectos ecológicos, econômicos, de segurança, mobilidade e acessibilidade. “Devemos pensar que o lado social da arquitetura procura a construção do bem comum, direcionado a todos e não somente a uma parcela da população.”

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Mais de 85% dos brasileiros constroem sem orientação profissional

Pesquisa do Conselho de Arquitetura e Urbanismo mostra que 85% dos brasileiros constroem sem a supervisão de um arquiteto. Esse movimento pode ser entendido pelo histórico elitista da profissão, originado pela ideia de que um profissional renomado é aquele que possui obras e clientes de alto padrão, ignorando as demandas que representam grande parte do povo brasileiro. Para Flávio Silvério, pensando em uma transformação de conceitos, deve-se, desde o início da formação de um profissional, promover sua aproximação com arquitetura democrática e social. “Grande parte das atividades práticas e estudos dirigidos pertinentes à graduação no Unicsum visa promover exercícios de natureza didática, pedagógica e social, buscando atender as demandas de mercado que não excluam a população menos favorecida, proporcionando ainda o crescimento acadêmico dos alunos e a formação de profissionais que possibilitem a recuperação do valor social da arquitetura”, acrescenta.

Mesmo atrelados a uma imagem elitista, arquitetos e urbanistas em formação no Unicsum são ensinados a questionarem o papel da profissão na sociedade, buscando possibilidades de se fazer presente no mercado de maneira ética e sustentável, por meio de projetos que fortaleçam laços e promovam o sentido de estar e permanecer nos lugares.

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