
O Hospital Evandro Ribeiro vai ganhar, este ano, novas unidades em Juiz de Fora. Serão mais médicos, serviços e exames disponíveis para a comunidade, garante a diretora administrativa do hospital, Virginia Ramos. Além da sede principal, no Bairro Santa Catarina, a instituição possui a unidade de atendimento clínico no Centro Médico Monte Sinai, na Avenida Presidente Itamar Franco, e o Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, na Rua Barão de Cataguases, Bairro Santa Helena. “Nosso objetivo é estar mais próximo do paciente, facilitando o atendimento aos moradores de todas as regiões da cidade e de outros municípios.”
Um dos serviços que ganhará reforço em 2019 é o da Saúde Auditiva, com expectativa de aumentar o número de pacientes beneficiados com implantes auditivos, um trabalho prestado em parceria com o Governo do estado e que atende usuários do SUS que chegam a Juiz de Fora vindos de várias partes do país. Só nos últimos dez anos, mais de 300 pacientes passaram pelo procedimento no Hospital Evandro Ribeiro. “Temos uma equipe multidisciplinar e equipamentos disponíveis apenas em grandes centros. É um polo de referência reconhecido não só no estado, mas em todo o Brasil pelo trabalho realizado e pela resposta obtida no Implante Coclear”, comemora o fonoaudiólogo e coordenador do Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, Fernando Cesar
Rodrigues de Souza. “São tecnologias e equipamentos de ponta que chegam a Juiz de Fora primeiro do que em cidades maiores.”
Fernando explica que o Implante Coclear é indicado para o paciente que tem uma perda profunda ou severa nas duas orelhas e que não tem benefício da audição com o uso de aparelho convencional. “Quando o paciente não tem condição de usar o aparelho e tem alguma linguagem oral, consegue se comunicar, ele é um candidato ao Implante Coclear. O médico introduz um equipamento dentro do ouvido (eletrodo), que se comunica com um equipamento externo. Isso faz com que o paciente que tem uma perda profunda passe a ter uma audição praticamente normal.”
O coordenador do serviço ressalta a importância desse implante em crianças que já nascem com a perda auditiva. Com o uso do equipamento, ela será estimulada e alfabetizada sem qualquer comprometimento. “Se a criança não responde a um barulho do ambiente ou até mesmo quando sua linguagem está atrasada, se demora a falar, é importante que ela seja encaminhada ao serviço para um diagnóstico preciso. Temos aqui uma equipe muito bem preparada, equipamentos modernos de potencial evocado que conseguem diagnosticar precocemente na criança esta perda auditiva. Detectado o problema, é feita uma intervenção, com o aparelho auditivo ou Implante Coclear, e a criança passa a ter uma audição e um desenvolvimento de linguagem normais”, atesta Fernando César.
O sucesso do trabalho apontado por Fernando é, segundo Virginia, resultado de muito estudo. “Temos hoje uma equipe multidisciplinar que, três vezes por ano, está presente nos mais importantes congressos do mundo. Nosso objetivo agora é levar para fora um número cada vez maior de trabalhos desenvolvidos aqui, levar o nosso conhecimento para o mundo e trazer para cá toda a tecnologia disponível.”
Estudo do sono
Outro objetivo da instituição para 2019 é aumentar a capacidade de atendimento no Serviço de Polissonografia, que investiga a qualidade do sono. Para isso, o Hospital Evandro Ribeiro mantém uma profissional se especializando em São Paulo que, além do exame, fará o diagnóstico e o tratamento, caso algum distúrbio seja diagnosticado no paciente. “Vamos criar uma espécie de Instituto do Sono. Além do diagnóstico, vamos dar a solução e realizar um trabalho preventivo. Vamos tratar o paciente de forma mais específica, inclusive as crianças”, esclarece Virginia.
O Hospital Evandro Ribeiro teve início em 1987 como clínica de ouvido, nariz e garganta. Dez anos depois, inaugurou o bloco cirúrgico e passou a realizar cirurgias e atuar como hospital dia. Em 2015, foi habilitado como Hospital Especializado, com intervenções não só de otorrinolaringologia, como plástica, ortopédica, bucomaxilar, plástica e oftalmológica, além de procedimentos de urologia (urodinâmica e liptropisia) e dermatologia. “Com o fato de não sermos um hospital geral, e sim especializado, com apenas dez leitos, conseguimos prestar um atendimento individualizado ao paciente e aos familiares. O grupo de enfermagem está habituado a lidar com a pós-cirurgia e alcança resultados satisfatórios”, garante a diretora administrativa. Para 2019, Virginia Ramos quer intensificar a busca pela qualidade nos serviços prestados. “Nossa meta é trabalhar cada vez mais em prol da segurança do paciente, buscando melhoria de processos, atendimentos personalizados e um maior acolhimento.”