“Nos últimos 25 anos, o AVC passou de uma doença sem tratamento – aquela em que assistíamos à evolução natural sem poder fazer qualquer intervenção – para uma situação médica com tratamento efetivo, em que se tornou possível mudar sua evolução natural. A estrutura presente no Sabin torna o hospital o local adequado para o tratamento do paciente com suspeita de AVC. O tratamento tem, entre os objetivos finais, a redução da mortalidade e a independência para realização de suas atividades diárias, permitindo a preservação da funcionalidade do paciente, já que o AVC é uma doença que determina um aumento da incapacidade e dependência”, destaca a neurologista do Hospital Albert Sabin, Dra. Eliza Teixeira da Rocha.
O time AVC do CTI Neurológico e Unidade de AVC do Albert Sabin é formado por uma equipe interdisciplinar especializada e altamente capacitada e qualificada, responsável por realizar todos os acompanhamentos e seguir protocolos específicos para o tratamento do AVC. Fazem parte do núcleo, além de médicos clínicos, intensivistas, neurologistas, neurorradiologistas intervencionistas, neurocirurgiões, outros profissionais da saúde como fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, enfermeiro, farmacêutico e psicólogo. O CTI Neurológico conta, ainda, com apoio das equipes de Cardiologia e Cirurgia Vascular.
As quatro fases do tratamento
Segundo a neurologista do Sabin, o tratamento do AVC possui quatro fases que são de igual importância para a recuperação do paciente. Para isto, o Albert Sabin conta com equipamentos, tecnologias e protocolos que assistem o paciente desde a sua entrada pelo setor de emergência. Neste primeiro contato, o Código AVC é acionado, assim como os setores de Radiologia, para realização dos exames de imagem; de Análises Clínicas, para a coleta e análise dos exames de sangue, e o CTI Neurológico e a Unidade de AVC, para onde o paciente é transferido e recebe o tratamento indicado e individualizado; além da Hemodinâmica, caso o paciente seja direcionado ao tratamento de trombectomia mecânica. Esta etapa corresponde à fase aguda do AVC e visa a manter o fluxo sanguíneo adequado no cérebro para evitar que haja uma piora dos sintomas, ou até mesmo reverter os sintomas.
“Para isso, temos que ser rápidos na avaliação e definição do tratamento. Nessa fase, avaliamos se o paciente tem indicação de ser tratado com medicação venosa para dissolver o trombo que obstrui o fluxo sanguíneo ou se será necessária uma terapia endovascular ou trombectomia”, explica Dra. Eliza.
Ela acrescenta que estas duas terapias são aplicáveis aos pacientes com AVC isquêmico, após uma avaliação de tomografia de crânio, doenças prévias, medicações que o paciente faz uso em domicílio e tempo de evolução dos sintomas. “O tempo é um critério essencial para o sucesso do tratamento. Quanto mais rápido é iniciado o tratamento, maiores as chances de recuperação”, aponta. Ainda nesta fase, é realizado o controle adequado da pressão arterial, frequência e ritmo cardíaco, temperatura e glicemia. “Essa primeira etapa do tratamento interliga vários setores do hospital para que seja possível disponibilizar o tratamento mais eficaz para cada paciente.”
A segunda fase é iniciada concomitantemente com a terceira e a quarta fases, que incluem os exames para definir a causa do AVC. “É importante entender o AVC como consequência de alguma perturbação no fluxo sanguíneo cerebral. Definir a causa dessa alteração é essencial para ser planejado um tratamento eficaz e seguro, de modo a reduzir o risco de um novo episódio, quando o paciente já estiver em casa. Nesta etapa, também é importante a conexão entre o CTI Neurológico e a Unidade de AVC com setores de Radiologia e Cardiologia para realização dos exames vasculares e cardíacos”, ressalta a médica.
O foco da terceira fase do tratamento, de acordo com Dra.. Eliza, é a reabilitação. “No pós AVC, o paciente recupera-se lentamente, mas a reabilitação é fundamental neste processo. Quanto mais precoce, maiores as chances de ser efetiva. Por isso, a iniciamos durante a internação. Na quarta fase, damos ênfase à orientação para o paciente e seus familiares sobre a necessidade de seguir o tratamento proposto em domicílio e o acompanhamento médico e com a equipe de reabilitação regularmente”, detalha.
Como identificar um caso de AVC?
Os sinais do AVC envolvem perda de força ou sensibilidade na face, braços e pernas, principalmente quando ocorre em apenas um lado do corpo; fala confusa ou inapropriada; distúrbio da visão; alteração na maneira de caminhar; desequilíbrio; prejuízo na coordenação motora ou vertigem; dor de cabeça de forte intensidade. Todos esses sintomas começam com duração de poucos segundos a minutos. Na presença de qualquer um desses sinais, o paciente deve ser levado ao setor de emergência imediatamente.
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