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Estado quer imunizar 95% da população contra a febre amarela

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A Secretaria de Estado da Saúde alcançou 92% de cobertura vacinal contra a febre amarela, em Minas Gerais. O resultado deixa o estado mais próximo da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde para garantir o controle eficaz da doença. “Mas ainda faltam 1,6 milhão de pessoas para serem imunizadas, por isso nosso trabalho de mobilização continua”, alerta a Diretora de Vigilância Ambiental da SES, Marcela Lencine Ferraz.

Segundo ela, com o fim do verão ocorre uma redução natural do número de casos registrados. “A febre amarela tem característica sazonal, assim como outras doenças transmitidas por vetores. Sendo assim, a gente já observa um decréscimo no número de casos notificados, ao longo das últimas semanas. Ao que tudo indica, estamos caminhando para uma situação de controle da doença, neste período de monitoramento 2017 e 2018”, avalia.

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Cobertura vacinal precisa estar alta

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Mas para garantir que a próxima temporada de calor seja livre de um surto de febre amarela, como ocorreu agora, é necessário que a cobertura vacinal esteja alta. Por isso, a Secretaria vai manter a vacinação e aproveitar o período de frio para avaliar o alcance e a efetividade das medidas tomadas no último ciclo de monitoramento. “O trabalho com relação ao enfrentamento da febre amarela no estado é contínuo. Apesar de termos a redução do número de casos, o trabalho se estende durante todo o ano. É o momento de reavaliar a ação desenvolvida, traçar o planejamento e estabelecer as metas para o próximo monitoramento. Vamos fazer capacitação, organizar as pessoas nos serviços, ver em quais regiões precisamos trabalhar prioritariamente”, afirma a diretora.

Municípios devem ficar atentos ao alcance das faixas etárias

Além da cobertura vacinal alta, outro ponto que precisa da atenção dos serviços de saúde nos municípios é quanto à homogeneidade da população vacinada, ou seja, se todas as faixas etárias estão atendidas adequadamente. Segundo Marcela, um dos fatores que favoreceu o surto de febre amarela no período 2017/2018 foi a baixa imunização observada na população com idade entre 40 e 50 anos, a mais acometida pela doença. “São pessoas que se expõem às áreas de risco por questões de trabalho ou atividades de lazer. Com isso, temos o adoecimento. Tanto que nas faixas etárias menores, nas crianças, por exemplo, praticamente não tivemos casos confirmados. É questão do público-alvo que precisa ter a vacinação intensificada”, observa.

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Marcela diz também que não se pode afirmar com exatidão se o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, está diretamente ligado a este surto de febre amarela. “Na verdade, temos a circulação do vírus no estado,nos últimos anos. Para que a gente possa apontar a causa exata é necessário que se faça um estudo epidemiológico aprofundado. Sabemos que essas doenças de transmissão vetorial, de forma geral, são influenciadas por vários fatores como a circulação do vírus, a presença dos insetos transmissores, a exposição das pessoas nas áreas de matas ena zona rural. Mas também não devemos deixar de considerar a questão das pessoas não-vacinadas”, pontua.

Desde 2008, Minas Gerais é área de recomendação para a vacina da febre amarela, o que significa que todas as pessoas que residem no estado enão tem nenhuma contraindicação devem ser imunizadas. “A vacina integra a rotina do SUS com indicação a partir de 9 meses de idade sendo apenas uma dose necessária para a proteção por toda a vida”, conclui a diretora.

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