Ensino remoto não é ensino à distância, você sabia?
Logo no começo da pandemia, em março, o Ministério da Educação (MEC) autorizou, em caráter extraordinário, que o ensino remoto acontecesse em cursos presenciais, uma vez que a aglomeração de pessoas em um mesmo ambiente não era recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Por conta disso, muitas pessoas começaram a confundir o ensino remoto com ensino à distância (EAD).
A diferença entre o ensino remoto e o EAD não está no meio em que as aulas acontecem, no caso, a internet, mas na forma como elas são ministradas. No ensino remoto, as aulas ocorrem por meio de um grupo, no qual cada um dentro da sua realidade, local e ao mesmo tempo, consegue participar das atividades, mediadas e propostas pelo professor em tempo real.
No EAD, as metodologias pedagógicas e tecnológicas são aplicadas por meio de uma plataforma denominada como Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), um espaço onde as interações entre alunos e tutores acontecem durante todo o curso. No EAD, o processo educacional não é em tempo real, ou seja, cada aluno pode assistir e fazer as atividades no momento em que for mais adequado para ele. Além disso, esta modalidade de ensino não pode ser aplicada em qualquer curso.
“No caso da Unicsum, e no da maioria dos prestadores de serviços educacionais, o ensino remoto foi a solução encontrada para que os alunos continuassem seus estudos durante o período de isolamento social, assegurando a conclusão do curso no tempo previsto para o seu término. Assim, aulas que ocorrem por meio do ensino remoto são a extensão da aula presencial, aquela que acontece em sala, mas que precisaram ser adaptadas a este formado temporariamente”, explica a vice-reitora da Unicsum, Renata Valle.
Ela destaca que o ensino remoto, neste momento, é muito mais complexo e completo, pois envolve uma dinâmica presencial por meio da tecnologia e fica eminente o esforço aplicado pelos professores para atingir o objetivo, que é ministrar as aulas presenciais de forma remota. “Muitos precisaram se reinventar, adquirir equipamentos tecnológicos mais eficientes, estudar e se aprimorar para que as aulas se tornem mais interessantes e, principalmente, perder o medo de falar para a câmera. Na atual conjuntura pandêmica, todas as áreas de atuação precisaram se adaptar. Com a educação, não foi diferente”, comenta.
Mudança repentina, resultados surpreendentes
No time da Unicsum que topou o desafio, o professor Gabriel Lade ministra disciplinas para os cursos da área de saúde. Mesmo sendo um grande apreciador da tecnologia, ele nunca cultivou o hábito de falar com uma câmera, principalmente para ministrar aulas mais formais pela internet. “Foi uma adaptação que precisou ser feita de forma muito rápida, principalmente para ajustar o discurso de uma aula presencial para uma aula remota. O mesmo ocorreu em relação ao conteúdo. Precisamos nos adaptar às estratégias e às metodologias de ensino que normalmente trazemos para a sala. E essa adaptação teve que ocorrer pensando em manter a qualidade, manter a atenção e o foco dos alunos”, conta Gabriel.
Para tornar as aulas mais atrativas e produtivas, o professor lançou mão de alguns recursos para criar uma linha de raciocínio bastante rica, como a utilização de uma mesa digitalizadora, que possibilitou a ele ter maior interatividade entre os slides, que também passaram por uma reformulação. “Tudo isso deixou as aulas muito mais dinâmicas, diminuindo o problema da distância física.”
Mesmo o cenário sendo bastante desafiador, o professor sentiu que a relação com os alunos ficou mais próxima, apesar do distanciamento físico. “A relação aluno-professor não é pautada apenas na relação profissional de um prestador de serviço e um consumidor. É muito maior que isso. É baseada em vários componentes da relação humana, como a confiança. Nesse momento, a maioria dos nossos alunos percebeu o nosso esforço em levar, da melhor forma possível, um ensino de qualidade. Consigo perceber esse reconhecimento pelas mensagens enviadas, pelas postagens nas redes sociais, pelas próprias conversas que temos antes e depois das aulas. Por serem aulas ao vivo e não gravadas, conseguimos aumentar nosso grau de aproximação com os alunos”, revela.
Outra descoberta importante neste processo, conforme Gabriel, foi compreender que uma aula remota é muito mais rica que aulas gravadas e com tutores. “O ensino à distância cumpre seu papel em relação à oportunidade do acesso à educação para todos, mas tem suas limitações, como a construção e transmissão do conhecimento. Uma aula não passa apenas conteúdo rígido e imutável. Grande parte do conhecimento pode, e deve, ser transmitido por meio de situações e dúvidas que surgem no decorrer das aulas. Ao vivo, levam ao raciocínio lógico, crítico, além de discussões com participação efetiva dos alunos e mediadas pelos professores.”
Para ele, o legado deixado pelas aulas remotas é a efetivação da tecnologia como mais uma ferramenta para auxiliar no processo ensino-aprendizagem. “O uso da tecnologia na educação já era reconhecido como uma excelente ferramenta para o sucesso no processo educacional. O mundo está conectado, e não podemos fechar nossos olhos para isso. Mas, é claro, também não podemos fechar os olhos para as dificuldades das mais diversas naturezas que podem fazer parte do universo tanto de professores quanto de alunos”, finaliza.
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