Com uma fratura exposta no tornozelo, a pele ferida e queimada pela borracha do pneu, o comerciante precisou ser submetido a uma sequência de cinco cirurgias, no período de sete meses. “Meu ortopedista indicou a oxigenoterapia hiperbárica para acelerar o processo de cicatrização. Fiz 147 sessões no total, entre as cirurgias. Como teria que fazer uma atrás da outra, era importante que o procedimento anterior estivesse bem cicatrizado. Teria demorado muito mais para cicatrizar, um ano ou dois, sem a oxigenoterapia”, afirma.
Em virtude da gravidade das lesões, o comerciante acredita que o tratamento com o oxigênio puro, nas câmaras hiperbáricas, foi o melhor auxílio. Além de acelerar a cicatrização, também evitou complicações no pós-cirúrgico. “O maior perigo dessas lesões é a contaminação da pele, pelo risco de infecções. Poderia resultar numa osteomielite, por exemplo. O tratamento na O2JF evitou isso porque oxigênio puro elimina as bactérias”, destaca Murilo Coutinho.
Terapia adjuvante
Lidar com a complexidade do tipo de fratura de Murilo – sobretudo de vítimas de acidentes de trânsito envolvendo motociclistas – faz parte da rotina do médico Roberto Zambelli, ortopedista, especialista em cirurgia de tornozelo e pé, coordenador do Serviço de Ortopedia e do Centro Avançado no Cuidado de Feridas, do Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte.
O médico explica que a oxigenoterapia nas câmaras hiperbáricas é uma terapia adjuvante e, portanto, não substitui os procedimentos ortopédicos necessáriosnas grandes lesões de partes moles, envolvendo pele e músculos. “A oxigenoterapia age como terapia complementar aos procedimentos cirúrgicos e acelera muito o fechamento da ferida, por isso indicamos quando há a necessidade de promover uma melhora no leito da ferida”, explica.
Segundo ele, o médico pode indicar o tratamento com o oxigênio puro precocemente no pós-operatório, dependendo de cada caso. “Nas lesões causadas por esmagamento, podemos lançar mão antes da cirurgia ortopédica, para melhorar o leito da lesão. No entanto, o mais frequente é fazer o tratamento ortopédico primeiro e, diante da persistência do quadro da falta de cobertura cutânea, usar a hiperbárica para acelerar esse fechamento e, assim, antecipar uma cirurgia para cobertura da ferida”, afirma Roberto Zambelli.
O especialista explica ainda que a ação da oxigenoterapia se dá muito mais na cicatrização do tecido do que na melhora funcional. Por isso, o comerciante Murilo Coutinho precisou dar continuidade ao tratamento para a reabilitação das funções do tornozelo. “Ainda uso muletas, faço fisioterapia e hidroginástica, porque foi fratura exposta, várias rupturas e necessidade de enxerto ósseo. Esta é a segunda etapa do processo. A primeira foi a cirurgia e a cicatrização com a ajuda da oxigenoterapia. Estou evoluindo, mas é lento”, diz Murilo.
Nós somos o trânsito
O caso de Murilo integra a lista crescente de acidentes no trânsito que fazem novas vítimas todos os dias, no Brasil e no mundo. Para chamar a atenção das pessoas, a Organização das Nações Unidas (ONU) propôs o Maio Amarelo que neste ano tem como tema “Nós somos o trânsito”. O objetivo é ampliar o alcance dasações de conscientização sobre segurança viária, em todo o país, por meio de uma série de iniciativas envolvendo a sociedade civil e órgãos governamentais. Dados da ONU revelam queo Brasil é o quinto país mais violento do mundo no trânsito e o segundo em mortes de motociclistas. Entre as principais causas estão o excesso de velocidade e a combinação de bebida alcoólica e direção.
“A Deusdedith Salgado é um lugar plano para caminhar. Mas a quantidade de casas de eventos no local é um impeditivo. A festa termina às 6h da manhã e depois os convidados vão para o estacionamento porque tem trio elétrico até as 10h, onde continuam bebendo. Depois pegam o carro e saem dirigindo. Foi o que aconteceu com o rapaz que me atropelou na calçada”, relata Murilo Coutinho. “Precisamos de mais conscientização e uma fiscalização mais rigorosa na saída destas festas. Todos sabem o que acontece ali”, conclui.
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