Para reforçar o compromisso com a transparência e a informação de qualidade, o Saúde em Dia, novo canal de comunicação da Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora e do Plasc na Tribuna de Minas, atualiza os fatos mais recentes a respeito da Covid-19. “A Santa Casa de Juiz de Fora está enfrentando esse desafio com muita transparência, profissionalismo e tranquilidade, que são pilares para que todos tenham acesso à informação precisa, correta e responsável. Neste momento de pandemia, não pode haver espaço para a desinformação e a irresponsabilidade”, ressalta o médico presidente da Santa Casa de Juiz de Fora, Dr. Renato Loures.
Por isso, em respeito à população da cidade, todos os profissionais da Santa Casa e do Plasc estão empenhados em fazer o seu papel junto à sociedade, atuando não só na linha de frente no atendimento aos pacientes, como também esclarecendo todas as informações a respeito dos sintomas e tratamentos, além de outros alertas necessários e importantes neste momento.
Neste domingo (3), a médica infectologista Simone Pifano, responsável pelo serviço de controle de infecção hospitalar da Santa Casa e membro do Comitê Gestor para a Covid-19, formado pela instituição, responde às sete questões atuais envolvendo o novo coronavírus.
1 Comparando com o cenário observado na Europa, o novo coronavírus no Brasil tem vitimado pessoas mais jovens – com menos de 60 anos – e pessoas negras. Por que isto está acontecendo?
Simone Pifano – Isto ainda não está bem definido. Porém, vale lembrar que temos uma população mais jovem e negra em relação aos países da Europa, além das diferenças socioeconômicas, que podem ser um fator influenciador importante nestas variáveis.
2 Por que a Covid-19 tem sido mais letal em pessoas que já possuem alguma comorbidade?
Pessoas que possuem algum tipo de comprometimento orgânico, seja ele doença imunossupressora ou alguma comorbidade que leva ao mau funcionamento de algum órgão, têm maior probabilidade de complicação por conta desses fatores, que se somam à agressão sofrida no organismo por conta da infecção causada pelo vírus.
3 O que leva o vírus a evoluir para um caso grave mesmo em um paciente saudável e sem doenças crônicas?
Esta questão ainda é objeto de estudo pelos médicos, porém a hipótese mais aceita é a de que, nestes casos, ocorra uma resposta imunológica exacerbada frente à infecção viral.
4 Juiz de Fora possui um clima muito instável, o que pode provocar quadros de alergia e outras doenças respiratórias. Como identificar os sintomas dessas doenças e do coronavírus?
As manifestações clínicas apresentadas na Covid-19 podem ser muito variadas e, portanto, difíceis de serem distinguidas de outros quadros respiratórios comuns nesta época do ano. Para o diagnóstico do coronavírus, o diferencial, além de dados clínicos, epidemiológicos e do exame físico, lançamos mão de exames laboratoriais e de imagem para definição do quadro.
5 Além dos sintomas clássicos da Covid-19, por que alguns pacientes param de sentir gosto e cheiro das coisas?
Os sintomas mais comuns causados pelo coronavírus são: tosse seca, febre e cansaço. As perdas de olfato e de paladar são chamadas, respectivamente, de anosmia e de disgeusia, e são sintomas observados com certa frequência em pacientes com a Covid-19. Estas perdas podem ser explicadas pelo comprometimento de certas células da parte posterior do nariz por conta da infecção, levando direta ou indiretamente a estes sintomas.
6 Por que o uso da máscara – obrigatório na cidade – é tão eficaz? E por que as pessoas não podem compartilhar o objeto com outras pessoas, inclusive após o mesmo ter sido higienizado conforme orienta o Ministério da Saúde?
O uso correto das máscaras ajuda a diminuir a transmissão do vírus por formar uma barreira mecânica para as gotículas expelidas durante a respiração, a fala e a tosse. O fato de usar as máscaras não substitui a lavagem das mãos e nem o bom comportamento orientado pela etiqueta respiratória. Em relação ao compartilhamento, as máscaras são objetos de uso íntimo, por isso, não devem ser usadas por outras pessoas, mesmo após a higienização correta.
7 Por que o ato de lavar as mãos com sabonete/sabão ou usar o álcool em gel é tão eficaz e por que são hábitos que devem continuar acontecendo durante a pandemia?
A higienização das mãos, seja com água e sabão ou com álcool em gel, feita de forma correta, é eficaz para inativação do vírus, pois destrói o envelope de lipídio (gordura) que envolve o vírus. Este ato, juntamente com a limpeza do ambiente, reduz a carga viral e, consequentemente, a possibilidade de transmissão do coronavírus pelo contato interpessoal e também por meio de um ambiente contaminado pelo vírus.
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