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No aniversário de JF, motoristas da Ansal relembram alegrias vividas dentro do ônibus

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Rio Branco em junho de 1973 arquivo do Blog Maria do Resguardo
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Av. Rio Branco - início da década de 1980 (Foto: Emanuel Silva ou Teixeira Neto/Blog Maria do Resguardo)
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“Vi a cidade crescer, a Rio Branco inaugurar a pista exclusiva para ônibus, o Mergulhão…foi um marco”, relembra Carlos Alberto dos Santos Tomás, 70 anos, 45 deles presenciando o desenvolvimento de Juiz de Fora por de trás do volante do ônibus. Iniciou a profissão de motorista na antiga Empresa Juiz de Fora e, em 1977, passou para a Ansal. “Transportei várias gerações de passageiros e fiz muitas amizades dentro do ônibus. Já fui convidado para aniversários, casamentos… de bom dia em bom dia, a gente acaba ‘tomando’ amizade”, diz.

Carlos Alberto dos Santos Tomás, 70 anos, 45 deles como motorista de ônibus (Fotos: Regina Campos)

Testemunha de uma cidade que cresceu rapidamente, Carlinhos aponta o prefeito Mello Reis, que implantou a pista exclusiva para ônibus na Avenida Rio Branco e construiu o Mergulhão, inaugurados em 1982, como o mais visionário de todos os mandatários. “Excelente prefeito nas questões referentes ao trânsito. A Rio Branco era muito difícil para trabalhar, ônibus misturados nos carros, pontos de ônibus nas calçadas, tudo muito confuso. O Mello criou a Rio Branco no momento certo, prevendo o aumento da frota. Deu certo por muito tempo, mas hoje não suporta mais o tráfego.”

“Sou feliz dirigindo ônibus”, garante Luiz Furtado França

Há 29 anos conduzindo ônibus pela Rio Branco, Luiz Furtado França, 76, também viu a principal avenida da cidade ficar pequena para abrigar tanta gente. “O número de veículos aumentou. Hoje tem mais ônibus e mais pessoas.” Assim como o colega Carlinhos, França destaca a pista exclusiva para os ônibus como grande marco do trânsito e se diz realizado com a profissão que escolheu. “Sou feliz dirigindo ônibus”, garante.

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“Sou grato a Juiz de Fora por ter me recebido de braços abertos”, afirma Antonio Neves de Araujo

“Transporto vidas todos os dias, pessoas que estudam, trabalham e ajudam a cidade a progredir”, diz todo orgulhoso Antonio Neves de Araujo, 47. Há 30 anos, ele deixou Piau, onde nasceu, para tentar a sorte em Juiz de Fora. No 169º da cidade, Neves agradece a oportunidade de contribuir para o desenvolvimento do lugar que o acolheu. “Sou grato a Juiz de Fora por ter me recebido de braços abertos. Aqui conquistei oportunidades, me casei e tive meus três filhos.”

Paixão pelo ofício

Se por um lado, Juiz de Fora cresceu e o trânsito piorou, por outro a qualidade dos ônibus, com o passar do tempo, melhorou bastante, atesta Luiz França. “Quando eu entrei (na Ansal), era ônibus de alavanca, agora é quase igual a um carro de passeio. Direção hidráulica, embreagem macia, e a marcha, nem se compara. Melhorou mil por cento.” Casado há quase 50 anos, pai de três filhos e avô de quatro netos, ele se diz realizado por ter criado a família dirigindo ônibus. “A Ansal cresceu muito, ficou melhor para trabalhar, eles respeitam o trabalho da gente, são bons patrões. Sou muito feliz por trabalhar aqui.”

A opinião de França é compartilhada pelo colega Neves. “Minha alegria é ainda maior ao ver meu filho trilhando o mesmo caminho que eu. O mais velho, de 21 anos, entrou para a Ansal como cobrador e já vai trocar de carteira para assumir o posto de motorista.” Eleito um dos melhores profissionais da cidade por três vezes consecutivas, em concurso promovido pela Secretaria de Transporte, em parceria com as empresas de ônibus, Neves iniciou na Ansal como cobrador, passou a lavador, manobreiro, até conquistar a vaga de motorista. Há três anos, ele ocupa a posição de motorista líder e é um dos seis representantes da categoria dentro da empresa. “Gosto muito da minha profissão. Nós, motoristas, participamos diretamente do dia a dia da população e ajudamos a cidade a se desenvolver.”

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Ex-cobrador no ônibus conduzido por Carlinhos, Soares hoje é supervisor de tráfego

Para Carlinhos, que já presenciou conquistas de muitos passageiros, a maior alegria vivida dentro do ônibus foi assistir a vitória de um companheiro de viagem. “O Soares (Leandro de Oliveira Soares, supervisor de tráfego) era o meu cobrador, e eu admirava a forma como ele trabalhava, gostava das coisas muito certas, levava tudo muito a sério. Eu via nele o potencial de uma pessoa responsável. Ficou de cobrador três meses e logo foi promovido, virou nosso chefe. Assim como o Soares, vi a promoção de outros cobradores e isso me deixa muito feliz.”

Crescendo com a cidade

A Ansal (Auto Nossa Senhora Aparecida Ltda.), empresa do Grupo CSC, iniciou suas atividades em 1973, no Bairro Poço Rico, com apenas cinco ônibus que operavam a linha Avenida Rio Branco. Em 1975, mudou sua sede para a Rua Bernardo Mascarenhas, no Fábrica. Em 1978, houve a incorporação da empresa Aliança, que agregou mais quatro ônibus e a linha Bairu.

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No início dos anos 80, o Sistema de Transporte Coletivo de Juiz de fora passou por uma profunda reestruturação com a inauguração da pista exclusiva para ônibus. Na ocasião, mais duas empresas foram agregadas: a Auto Lotação Alvorada e a Transporte Bonfim. Dessa forma, a companhia, com maior número de veículos, passou a operar em duas sedes: uma na Bernardo Mascarenhas (Ansal Matriz) e outra no Bairro Santa Paula (Ansal Filial).

A empresa foi crescendo e, em 2001, a frota chegou a 68 ônibus. Entre 2007/2008, houve a implantação de tecnologia embarcada com sistema de bilhetagem eletrônica, o que proporcionou mais agilidade aos processos operacionais e administrativos da Ansal, além de praticidade e segurança para o usuário do transporte.

Em 2014, mais um avanço trouxe benefícios aos passageiros. Foi criado o sistema de monitoramento on-line de toda frota, permitindo que todo usuário da Ansal tenha acesso à localização e ao tempo de espera dos ônibus de seu bairro em tempo real. No ano seguinte, a empresa foi incorporada ao Grupo CSC, sediado em Viçosa-MG, e passou a operar no fretamento de ônibus, sendo seu primeiro cliente a antiga Votorantim Metais Zinco, hoje Nexa _ Unidade Juiz de Fora. Este atendimento se iniciou com uma frota 100% nova (zero km) utilizando o nome fantasia Ansal Exclusivo.
Em 2017, a Santa Luzia foi incorporada ao Grupo CSC.

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Para o Gerente de Operações, Rodrigo Mello, “contribuir para a desenvolvimento da cidade e das pessoas que nela vivem é motivo de muita satisfação. A busca por melhorias nos atendimentos aos nossos usuários continua sendo uma prioridade para nós.Parabéns e obrigado, Juiz de Fora!”

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