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Olho no teto! Gesso, PVC ou madeira. Qual o melhor?

Forro bambu destacada
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Na arquitetura de interiores, o teto é muito mais do que uma base para a instalação de pendentes e lustres. Ao lançar mão de recursos como gesso, madeira, PVC, entre outros, além de atingir a função estética, tais acabamentos proporcionam bem-estar aos moradores, como o isolamento térmico e acústico. Mas, qual escolher? A Tribuna conversou com profissionais da área que vão ajudar na decisão.

PVC

Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação

Para quem quer um recurso mais prático, a opção é o forro em PVC. O custo é semelhante ao do gesso tradicional, mas sem a necessidade de mão de obra especializada para a instalação. O alerta, de acordo com Ana Cecília Pifano, vai para as emendas entre as peças. “A colocação tem que ser muito benfeita para não aparecer. Há várias padronagens e formas de utilização. O PVC tem boa durabilidade e, como é impermeável, é indicado para áreas com muita umidade.”

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Ainda que disponível no mercado, o forro de PVC laminado que imita o ripado de madeira vem sendo pouco utilizado nos projetos de interiores conforme Raquel Fraga. “Algumas fábricas têm esse acabamento, uns bonitos, outros nem tanto. O grande problema do PVC é que, às vezes, há limitação para recortar e colocar a iluminação”, aponta. Outra desvantagem é caso uma das placas se solte. “Isto acontece se a mão de obra for boa”, destaca a Ana Cecília.

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Gesso

A preferência na hora de construir ou reformar ainda é pelo gesso segundo a arquiteta Raquel Fraga. Ele é a opção em 90% dos casos dada à sua versatilidade, pois vai bem em banheiros, churrasqueira, área externa, rebaixos, varanda, salas, escritórios e até no fechamento de parede ou para tirar algum defeito.

Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação

“Há cerca de dez anos, ainda se colocava a placa de gesso. Hoje tem o drywall ou o gesso cartonado, por ser mais rápido e de fácil execução. O metro quadrado é um pouco mais caro que a placa, mas é como se fosse um grande papelão. É possível cortar, recortar, moldar, pregar em ripas de alumínio”, comenta a arquiteta.

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Já o gesso convencional, conforme a designer de interiores Ana Cecília Pifano, embora tenha um custo mais baixo e possua infinitas possibilidades de desenho e iluminação, a desvantagem é a sujeira. “O resíduo que ele deixa é muito grande. Mas pode ser aplicado em qualquer ambiente e permite o rebaixamento quando necessário. O gesso valoriza o espaço, pois confere estilo ao projeto”, diz.

Madeira

Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação

Os forros de madeira são muito usados, pois trazem a sensação de aconchego. A vantagem do recurso, segundo a designer Ana Cecília, é o aquecimento do espaço, Já a desvantagem está relacionada à manutenção, devido a cupins, pragas e umidade, além de contar com mão de obra especializada para a sua instalação. “O custo também é maior, uma vez que a madeira está cada vez mais cara. Pode ser usado em vários espaços da casa, o que vai depender do gosto e estilo de cada um”, comenta Ana Cecília.

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O forro de madeira, às vezes, pode surgir a partir de uma textura laminada que imita a madeira. Segundo Raquel Fraga, o que se vê em alguns lançamentos de fábricas são paredes e forros neste estilo, bem diferente do tradicional. “Ele tem limitação de tamanho, de execução, e não dá pra prender em cima do gesso, tem que prender direto no teto de alvenaria”, explica.

Ela destaca, ainda, que o madeirado não deve ser utilizado nos banheiros e em áreas externas, por conta de umidade, sol e chuva, o que reduz a durabilidade. “Usamos muito mais em salas, e agora está começando a ser utilizado em locais onde há laje”, pontua, acrescentando que o acabamento também ficam bom em quartos.

Artesanais

Outros materiais podem dar efeitos interessantes ao ambiente caso o bolso do cliente permita tais extravagâncias. Os forros artesanais formados por fibras naturais como bambu e palha, dão um toque rústico e aconchegante ao mesmo tempo. “São muito usados em varandas, espaços gourmets e pergolados. Para a instalação, é necessária mão de obra especializada. Precisa de manutenção, pois as intempéries do tempo danificam as fibras com os anos”, alerta Ana Cecília.

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Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação

Vidros

Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação

São ideais para varandas e espaços gourmet. A vantagem é a transparência, que permite a entrada de luz natural e a visualização do espaço em torno, além de proteger do vento e da chuva. “A desvantagem é o seu alto custo e manutenção, pois vidro transparente precisa estar sempre limpo.” Como o estilo industrial está em alta, a designer sugere o uso do concreto aparente no teto. “A iluminação, nesse caso, pode ser feita por trilhos, o que imprime mais personalidade ao projeto.”

Iluminação

Diante de tantos recursos em acabamentos, fica a dúvida: como trabalhar lustres e pendentes? Conforme a arquiteta Raquel Fraga, a iluminação é de acordo com a demanda do morador, e as formas de trabalhá-la são várias. “O gesso aceita qualquer coisa. Pode colocar fita de LED, cava embutida da fita, instalar pendente, luminária embutida.” No caso de peças mais robustas, como uma peça de ferro com aço corten ou uma luminária de cristal, é preciso fazer um buraco no gesso e chumbar a luminária direto no teto. O acabamento é arrematado com o próprio gesso.

Quanto ao forro em madeira, o procedimento é o mesmo, tanto para peças leves quanto pesadas. Contudo, por conta do arremate, a indicação de luminárias para ambientes cujo teto é amadeirado são os pendentes.

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O acabamento que mais limita uso de luminárias é o PVC. “Ele não aguenta peso algum, temos que colocar as luminárias embutidas, o que influencia no arremate, que fica ruim”, finaliza Raquel.

Foto: Ana Cecília Pifano/Divulgação
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