Ícone do site Tribuna de Minas

Conheça as casas inteligentes com comandos automatizados

PUBLICIDADE

 

Automação permite controlar eletrônicos, luzes, som e câmeras de segurança pelo celular e interruptores ( Foto: Marcelo Ribeiro)

Aquela casa inteligente onde é possível programar e controlar o funcionamento de luzes, som, cortinas, eletrônicos e tantos outros objetos a sua escolha está cada vez mais próxima da realidade. A tecnologia aplicada à automação residencial permite criar sistemas que facilitam a rotina, proporcionando mais praticidade e economia de recursos ao simples toque dos dedos ou mesmo na presença do morador.
Para se ter uma ideia, o boletim de tendências sobre automação residencial, publicado no Portal Sebrae Inteligência Setorial, em agosto de 2015, estimava que cerca de 300 mil residências no país já possuíam este tipo de equipamentos, e o potencial para o fornecimento dos mesmos poderia atender a mais de 1,8 milhão de residências. Além disso, 78% dos consumidores brasileiros apresentavam interesse em automatizar suas casas, sendo que a média mundial é de 66%.

PUBLICIDADE

Quase três anos depois da pesquisa, na visão do analista do Sebrae, Paulo César Barroso Veríssimo, o mercado de automação segue uma crescente, que envolve toda uma cadeia produtiva, desde empresas que fabricam softwares, passando pelo varejo – que comercializa esses equipamentos e tecnologias -, até microempreendedores individuais (MEIs) que atuam como prestadores de serviço na área de manutenção de casas inteligentes.
“Com a Internet das Coisas (IoT) está mais fácil investir neste setor, não só para quem quer ter em casa como para quem quer comercializar. Percebe-se, cada vez mais, lojas especializadas no seguimento e construtoras apostando em prédios mais conectados. A engenharia e a arquitetura precisam, e devem, estar preparadas para este mercado”, analisa Paulo César.

PUBLICIDADE

A arquiteta mestre em ambiente construído, Ana Carolina Gamarano, que assina projetos residenciais em conjunto com empresas ligadas à automação, atribui a este crescimento o fato de as pessoas estarem mais receptivas às novas tecnologias, almejando sempre por novidades presentes em filmes e na internet. “Por conta disso, as empresas que fornecem o serviço de automação estão sempre buscando atualizações e melhores produtos para fornecer e, ainda, criar um produto específico e acessível para conseguir concretizar os sonhos dos clientes”, avalia.

O engenheiro Leonardo Gomes está entre os juiz-foranos que priorizam a tecnologia residencial. Há pelo menos cinco anos, ele busca se atualizar com as novidades na área para a sua casa. “É um conforto operacional muito grande. Quando surgiu a possibilidade de integrar os eletrônicos – TV, DVD, vídeo game etc. -, consegui deixar canais pré-definidos e facilitar o uso, trocando cinco controles por um só. Com o avançar da tecnologia, pude compatibilizar outros recursos, como os cenários de iluminação. Hoje, com o uso do celular, consigo até acender uma luz sem estar em casa como medida de segurança”, comenta.

PUBLICIDADE

 

Ao alcance do toque e da voz

<
>
Botões também comandam cortinas e persianas

A premissa da automação é criar um conjunto de ações pré-programadas que podem ocorrer de forma simultânea, ou sequencial, conforme os diversos sistemas instalados na residência. A operação desses conjuntos divide-se em dois tipos: o básico, cujos dispositivos são manuseados pelos próprios usuários em interfaces como smartphones, tablets, controles e interruptores; e o chamado “casa inteligente”, que opera os sistemas automaticamente, sem a intervenção humana.

PUBLICIDADE

“Nesse tipo de automação, quando um morador se aproxima da residência, as luzes da entrada acendem, e pode-se também ter o sistema de som central e o ar-condicionado acionados. O sistema ainda analisa o solo e liga a irrigação do jardim depois de verificar que não existe movimentação de pessoas. Na parte de segurança, sensores detectam presença de gás no ambiente e fecham a saída do cilindro”, explica o técnico em eletrônica, sócio e gerente técnico da Atos Control, Juliano Batista Passos. Ele acrescenta que a automação pode contribuir para a verificação de nível nas caixas d’água, o monitoramento de inundação e detectar fumaça.

Entre os recursos mais procurados, estão aqueles que controlam a temperatura do ar-condicionado, o movimento de cortinas e persianas, a iluminação, a sonorização e os sensores de segurança, bem como câmeras e alarmes. Além destes, o tradicional home-theater, com televisores ou telões, e os mais sofisticados, que controlam lareiras elétricas, banheiras de hidromassagem e saunas.

“As residências já falam e nos ouvem. Tarefas como ligar a TV, abaixar a luz ou fechar a cortina fazem parte do cotidiano em casas automatizadas, utilizando-se comandos por voz. Por meio desses sistemas, é possível visualizar quais lâmpadas estão acesas, ligá-las, desligá-las ou ajustá-las de acordo com a iluminação externa. O mesmo ocorre no monitoramento de câmeras de segurança, podendo movimentá-las remotamente e escutar o áudio. E em alguns casos ainda é possível conversar com quem estiver em determinado momento no ambiente através da câmera”, ressalta o engenheiro de tecnologia da informação (TI) e sócio-diretor da Smart Home Cine, Ricardo Tuboly.

PUBLICIDADE

Sair da versão mobile