O objetivo dos mapas é ajudar na localização, entretanto esta função caiu em desuso com a chegada dos aplicativos de GPS, ao alcance das mãos. Então, o que fazer com aqueles mapas de papel e globos antigos? Na arquitetura de interiores, não faltam projetos que utilizam essa temática com inúmeras releituras e estilos únicos.
“A utilização de mapas na decoração está em alta, seja por meio de pequenos adornos, como em quadros, souvenirs ou almofadas. Inclusive, eles chegam a ser protagonistas do ambiente ao serem dispostos em painéis de papel de parede ou sozinhos na parede, substituindo os quadros. Dão um toque superoriginal ao ambiente”, explica a arquiteta Larissa Kingma. Não há regras, os mapas podem aparecer nos mais diversos cômodos, como sala, escritório e quartos. “A ideia é se divertir e não ter medo de errar. Sabe aquele mapa antigo, ou até mesmo um globo que já foi moda nos escritórios de antigamente? Hoje você pode tirá-los do armário e trazê-los para sala sem medo. Se tiverem uma história, melhor ainda. Trazem um ar retrô”, sugere Larissa.
Para os mais descolados ou aqueles que gostam de colecionar carimbos no passaporte, o arquiteto Raphael Salgado destaca a opção de modelos que permitem ser manipulados, como aqueles em que o viajante pode marcar os países já visitados, raspando a cobertura ou marcando com um imã. “Vale achar o que mais combina com você e com o seu espaço: com ar antigo, mais moderno ou com linhas mais retas, ou até mesmo um bem colorido”, observa.
Como aplicar mapas
Se a opção for por mapas tradicionais, de papel, o esforço é mínimo. “Não precisar nem enquadrar, pode colocar o mapa na parede apenas com um prego”, comenta Raphael. Outra dica, destaca Larissa, é aplicar os mapas em uma composição, misturados a outros quadros. “Se o espaço já está decorado, mas a pessoa quer renová-lo, vale trocar as almofadas. É fácil encontrar capas com essa temática.”
Para quem quer ousar, a opção é fazer uma releitura do projeto que a dupla assinou na mostra passada do Casa Design. No quarto do jovem, de autoria deles, foi proposto em uma das paredes um painel de Mapa Mundi feito em aço e pintado na cor cinza. Cada continente recebeu iluminação indireta para ganhar destaque. Segundo eles, o detalhe foi o protagonista do espaço. “É legal você seguir a tendência sendo criativo. Neste caso, o resultado surpreendeu: num quarto com atmosfera jovem, a decoração representou alguém conectado ao mundo”, pontua Larissa.
Souvenir pode sim
As lembranças de uma viagem não devem ficar restritas à memória ou aos álbuns de fotografias. Se bem escolhido, o souvenir pode servir como um belo adorno. “A decoração de uma casa é feitas de lembranças, sejam presentes de amigos, recordações, herança de entes queridos ou lembranças de viagens inesquecíveis. Quem nunca ganhou de um amigo um souvenir de uma viagem e não sabia o que fazer com ele?”, observa Raphael.
Esses objetos estão longe de serem cafonas e, se bem escolhidos, fazem a diferença. “A dica é tentar trazer de uma viagem lembranças mais originais possíveis, que refletem, de fato, a cultura e o artesanato local. Sempre busco trazer uma obra de um artista ou algo que seja bem típico do lugar que visito.”
Souvenirs clássicos também são bem-vindos. Larissadestaca o mais famoso deles: a Torre Eiffel, principalmente se a pessoa visitou Paris. “Procure escolher aquela reprodução que não esteja presente em todas as lojinhas. Busque naquelas menos turísticas”, recomenda.
Outra dica é pensar, sempre que for viajar, em qual lembrança deseja trazer do lugar visitado. “Os souvenires dão personalidade ao espaço, além disso, fazem com que a sua casa conte uma história”, finaliza.