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A vez dos compactos: pequenos, práticos e utilitários

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Apartamentos compactos trazem projetos arquitetônicos modernos que promovem integração de ambientes. (Foto: Assessoria Souza Gomes)
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Nos tempos atuais, as pessoas passam cada vez mais tempo fora de casa para dar conta de uma rotina atribulada com estudos, trabalho e outras tarefas. Para atender esse perfil de consumidor, os imóveis compactos aparecem como opção de moradia. Tendência que virou realidade nos grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro, este tipo de apartamento também vem despertando interesse em municípios do interior.

Em Juiz de Fora, a proposta tem tudo para ser promissora, conforme análise do setor imobiliário local. Isto porque o município é polo educacional e, tradicionalmente, atrai muitos estudantes de outras localidades. Este é um dos perfis dos que procuram imóveis compactos, ao lado de jovens executivos, prestadores de serviço que ficam temporariamente na cidade, investidores e casais que estão iniciando a família.

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A oferta na cidade inclui apartamentos com metragem entre 25 e 42 metros quadrados, disponíveis para venda e locação. A localização privilegiada é característica comum a esses imóveis. “Estamos falando de um público-alvo que busca praticidade e, por passar muito tempo fora de casa, quer morar perto do trabalho e de uma rede estruturada de comércio e serviços, de forma a gastar menos tempo com deslocamento”, explica o consultor e projetista da VMS Arquitetura, Ricardo Miana.

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Para garantir a oferta de moradia em regiões centrais, onde os terrenos são cada vez mais caros e escassos, as incorporadoras enxergaram nos imóveis compactos a alternativa ideal. “Tem sido a solução para atender esse segmento. A arquitetura tem direcionado os olhos para projetos modernos que garantam praticidade e, também, conforto a esses apartamentos enxutos”, destaca o professor de arquitetura do Centro de Ensino Superior (CES), PC Lourenço.

Localização
Em Juiz de Fora, os locais que possuem maior oferta de imóveis compactos são Centro, Estrela Sul, São Mateus e Cidade Alta.

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Imóveis ganham nova roupagem

Pc Lourenço – professor de arquitetura do Centro de Ensino Superior (CES). (Foto: Marcelo Ribeiro)

Nesta linha de apartamentos enxutos modernos, há os estúdios e lofts, que trouxeram uma nova roupagem para as antigas quitinetes e apartamentos quarto e sala. Com projetos arquitetônicos mais trabalhados, estes modelos continuam promovendo a integração dos ambientes, de forma a garantir o conforto apesar do espaço reduzido.

“Diferente do conceito original de loft, que remete aos galpões industriais usados por artistas na década de 70, nos Estados Unidos, este modelo atual se refere a apartamentos pequenos”, explica PC Lourenço. “Os cômodos são integrados, com exceção do banheiro, e a possibilidade de um pé-direito duplo permite a implantação de um mezanino.”

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Os estúdios, por sua vez, são uma versão mais reduzida de imóveis, com tamanho médio de 30 metros quadrados, conforme explicam os especialistas. “A diferença é que eles podem ter o dormitório delimitado por parede”, destaca Ricardo Miana. Há, também, os flats, que são um pouco maiores do que quartos de hotel e podem ofertar serviços como limpeza diária e refeições por meio de taxas cobradas no condomínio.

Oferta tende a ser crescente

O vice-presidente da Associação Juiz-forana de Administradores de Imóveis (Ajadi) e diretor da imobiliária Souza Gomes, Diogo Souza Gomes, afirma que Juiz de Fora tem se adequado aos novos modelos de apartamentos compactos. “Comum nos grandes centros, esses imóveis vem ganhando força na cidade, que já tem opções com ótima infraestrutura no condomínio, como piscina, salão de festas, espaço gourmet, lavanderia compartilhada, dentre outros. Esta é uma grande tendência a fim de suprir a necessidade que os espaços íntimos do imóvel não comportam.”

De acordo com o diretor da Brasil Imóveis, Heuder Santana, a expectativa é que a oferta aumente para atender a demanda também crescente. “A procura ainda se dá de maneira tímida, mas vem crescendo a cada ano em função da praticidade e comodidade. Os consumidores buscam localização, preço e arquitetura inteligente.” No entanto, Heuder destaca que o número de lançamentos de imóveis compactos na cidade é bem menor quando comparado a outros perfis. “A expectativa é de aumento na oferta nos próximos anos.”

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O sócio do Grupo Almar, Mário César de Landa Moraes, concorda. “Há uma tendência nacional de uso de estúdios, flats e lofts como moradia. As antigas quitinetes, hoje estúdios, ficaram bem equipadas e modernas. Já os lofts apresentam uma infraestrutura ainda melhor, com a finalidade de atender um público mais seleto, assim como, os flats.”

Momento econômico propicia demanda

Apartamentos compactos são tendência no mercado juiz-forano e podem ser boa opção de moradia e investimento. (Foto: Assessoria Souza Gomes)

Além dos modelos modernos de apartamentos compactos, Juiz de Fora possui quitinetes e apartamentos de até dois quartos que integram o programa de financiamento do Minha Casa, Minha Vida como opções para quem procura um imóvel menor.

De acordo com a Ajadi, as quitinetes da cidade têm um tamanho médio de 40 metros quadrados. Já os apartamentos de dois quartos desse perfil chegam a 55 metros quadrados. “Temos visto os empreendimentos que integram o financiamento do Minha Casa, Minha Vida chegarem às regiões centrais para também atender estes consumidores. Até então, as obras eram realizadas em locais afastados”, analisa o vice-presidente da entidade e diretor da imobiliária Souza Gomes, Diogo Souza Gomes.

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O sócio do Grupo Almar, Mário César de Landa Moraes, observa ainda que o momento econômico propicia o crescimento da procura por imóveis menores. “A demanda vem se intensificando por conta, também, da conjuntura econômica.”

Para Diogo, a economia nas taxas, a praticidade para limpeza e outros afazeres domésticos, a facilidade de deslocamento por conta da boa localização e da rotina atribulada dos moradores são algumas das vantagens para quem opta pelos apartamentos menores. “A principal desvantagem é o espaço reduzido. Por isso, é comum que os moradores tenham uma vida social muito voltada para a utilização de espaços urbanos como clubes, cafés e parques.”

Investimento imobiliário de maior liquidez

Na avaliação do diretor da Brasil Imóveis, Heuder Santana, os apartamentos compactos também são uma boa opção para investidores. “Os investidores se interessam cada vez mais porque os preços são mais convidativos, e os imóveis possuem maior liquidez na locação ou até mesmo numa venda futura, levando em consideração a crescente aceitação no mercado imobiliário.”
O valor médio dos imóveis compactos, conforme informações do setor local, é de até R$ 300 mil.

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