Para escrever novas páginas na história do município de Belmiro Braga, a 25 minutos de Juiz de Fora, a prefeitura da cidade pretende investir na atração de indústrias de pequeno e médio portes para aumentar a oferta de emprego, estimular a geração e circulação de renda e contribuir para o desenvolvimento do comércio e serviços, melhorando a vida da população. “Depois deste primeiro ano, conseguimos colocar o caixa em dia e estamos investindo na construção de um Distrito Industrial. O serviço de terraplanagem já foi feito e, em 2018, vamos equipá-lo com a infraestrutura necessária para que as pequenas e médias indústrias possam se instalar aqui”, afirma o prefeito Afonso Ferreira (DEM).
Para crescer de maneira sustentável, preservando seus recursos, a principal apostado município é o estímulo ao turismo na região, em parceria com instituições públicas e privadas.“É um setor estratégico e fundamental para impulsionar a economia local, para a retomada doemprego”, destaca o prefeito ao fazer referência ao trabalho do Polo Gastronômico do Rio do Peixe. Criado com o objetivo de desenvolver as potencialidades da região, visa estimular as atividades relacionadas à economia limpa: turismo, ecoturismo, arte e cultura. A terceira reunião de integrantes do Polo foi realizada em novembro, no distrito de São José das Três Ilhas, que guarda verdadeiros tesouros arquitetônicos e culturais do ciclo do café, como a imponente Igreja São José. No encontro, foram debatidas alternativas, dentro da atividade rural, para alavancar economicamente a cidade, como a fruticultura, a floricultura e processos de beneficiamento do leite.
O Tio Sam já conhece a nossa macadâmia
As 60 toneladas de noz de macadâmia que os empresáriosAna Lúcia e Pedro Sabino produzem em 30 hectares de sua propriedade, em Belmiro Braga, são integralmente destinadas ao mercado dos Estados Unidos, mais precisamente, ao estado de Nova Jérsei. Após a descoberta de suasdiversas aplicações nas indústrias alimentícia e cosmética, a macadâmia passou a ser considerada a “rainha das nozes”, pelo seu alto valor comercial.
Originária da região de Queensland, na Austrália, a cultura se adaptou bem ao Brasil, por uma questão geográfica: a latitude. Ambos estão sob as mesmas coordenadas. Sendo assim, as condições climáticas que fizeram a cultura dar certo por lá, haveriam de contribuir para que prosperasse por aqui também. Foi nisso que o casal apostou quando optou pelo investimento, há dez anos, seguindo o movimento de investidores que crescia nos estados de São Paulo, Espírito Santo e Bahia. “Estava procurando terra para plantar a macadâmia e encontrei esta propriedade em Belmiro Braga. Era uma fazenda, com uma sede antiga e histórica. Quando minha esposa viu o lugar, ficou encantada e tive que fazer negócio”, conta.
Além disso, o manejo da cultura da noz de macadâmia tem muitas similaridades com o cultivo do café. Portanto, mais um ponto para o solo de Belmiro. A produção, bem mecanizada, ocorre no período de fevereiro a maio, com uma particularidade: ao contrário do café, retirado do pé, a macadâmia só deve ser colhida quando está caída no chão. “Tem que ser rápido, antes que apodreça no solo,por causa da chuva”, reforça Pedro.
Antes de seguir para os Estados Unidos, a produção de Belmiro Bragafaz uma parada estratégica no estado do Espírito Santo, onde ocorre o seu beneficiamento. Mas os produtores querem encurtar esse caminho. Eles planejam instalar, na fazenda, uma pequena fábrica de beneficiamento e assim agregar ainda mais valor ao seu negócio. “Vamos poder destinar parte da produção para o mercado interno. Há demanda”, sinaliza o empresário.
Lugar para viver bem
Se os novos caminhos para o Caminho Novo parecem promissores, melhor para quem vive em Belmiro Braga, pretende viver ou quer investir. A Predial Godinho acaba de lançar seu primeiro empreendimento urbano no município. Com 140 lotes, o Portal Belmiro Braga representa um investimento total de R$ 3 milhõesda empresa, na cidade, até a sua entrega,com infraestruturacompleta: calçamento, água, luz, mirante de lazer e portaria.“A maioria dos lotes tem mil metros quadrados com preço médio de R$ 50 mil”, explica Júlio Feitoza, sócio diretor da Predial Godinho. “Já temos mais de 150 clientes cadastrados. Não significa compra realizada, mas é um indicador que está alinhado com a nossa expectativa de comercializar 60% a 70%, já no lançamento”, acrescenta Carlos Frederico Godinho, também sócio-diretor. “O investimento é muito bem-vindo, está todo legalizado e vai gerar muitos benefícios para a cidade”, comemora o prefeito Afonso Ferreira ao considerar o aumento na arrecadação de IPTU, a melhoria e o incremento no comércio e na prestação de serviços.