Ícone do site Tribuna de Minas

Inverno no jardim

PUBLICIDADE


Uma pequena amostra da natureza dentro de casa vai bem e proporciona muito mais do que estética: doses homeopáticas de paz de espírito. Uma boa maneira de estreitar essa convivência é investir em jardins de inverno, um artifício arquitetônico que se aprimora e se adapta às edificações através dos séculos. “As pessoas ainda se identificam muito com o uso do jardim de inverno como elemento de bem-estar e aconchego, mas também por trazer mais conforto e equilíbrio térmico, uma vez que permite a entrada dos raios solares e a possibilidade de criar ventilações cruzadas nos ambientes, quando são abertos à área externa”, destaca o arquiteto urbanista Márcio Andrade.

Para ter um ambiente desses em casa, não é preciso dispor de muito espaço. Segundo Márcio, o jardim de inverno pode ser criado a partir do aproveitamento de uma área ociosa, como embaixo de escadas. Outra solução, conforme o paisagista Gustavo Wunderlich, são os jardins verticais feitos nas paredes. “Ficam muito bonitos, além de valorizar o espaço”, ressalta.

PUBLICIDADE

Os jardins de inverno também podem dividir espaço com outras áreas da casa, como sala, banheiro, cozinha e escritório. “A criatividade e o uso da técnica para conforto do ambiente propiciam a diversidade. Uma boa dica é escolher espaços em destaque, visto que um bom jardim de inverno enche os olhos de qualquer morador ou visita. Quando em áreas externas, vale a pena usar o vidro como elemento integrador dos ambientes”, aponta Márcio.
Antes de montar o seu jardim de inverno, o primeiro passo é escolher as espécies de plantas, que, aliadas ao revestimento, vão determinar o seu estilo. Os mais comuns são o rústico, o moderno, o minimalista e o toscano. “Um jardim feito sem técnicas adequadas pode trazer muita dor de cabeça, como infiltrações e outros problemas relacionados à falta de impermeabilização ou de drenagem, por isso é importante buscar ajuda de profissionais”, orienta o arquiteto.

PUBLICIDADE

O passado dita o futuro

Para quem pensa que os jardins de inverno são criações recentes, voltadas para a estética, a história mostra o contrário. Na Europa e na Ásia, onde o inverno é muito mais rigoroso, os nobres tinham o costume de guardar suas plantas no interior das casas para esperar o inverno passar. Contudo, nas antigas residências gregas, romanas, islâmicas e até chinesas, as edificações já traziam um espaço – o pátio – com finalidades e significados bem distintos.

Os romanos o chamavam de átrio, onde os visitantes podiam apreciar o altar da família, fazer a captação da água da chuva e o plantio de árvores. Os gregos, por sua vez, o denominavam de peristilo, dedicado ao Deus do Olimpo na residência. Os islâmicos enxergavam nesses espaços uma solução para amenizar as bruscas variações de temperatura no deserto. Para os chineses, eles representavam um tipo de hierarquia social.

PUBLICIDADE

Com a evolução dos projetos, esses grandes pátios foram reduzidos aos jardins de inverno, que, além de se portarem como opções estéticas, funcionam como boas soluções arquitetônicas para o conforto ambiental de uma edificação.

Jardim de inverno

PLANTAS INDICADAS

PUBLICIDADE

Folhagem verde

• Zamioculca
• Palmeira Ráfia
• Lança ou espada de São Jorge
• Palmeira de Petrópolis
• Dracenas
Flores

• Begônia
• Antúrio
• Lírio da paz
• Bromélias
• Orquídeas
• Flor de cera
• Peixinho

PUBLICIDADE

Dicas

• Escolha plantas menos dependentes de luz e que tenham suas regas
mais espaçadas
• Use adubos adequados
• Fazer a poda correta ajuda a manter a estética e os desenhos dos arranjos
• Fique atento às pragas
• Consulte sempre paisagistas e botânicos

Sair da versão mobile