Quando se pensa em ilha, logo vem à mente aquelas imagens paradisíacas, que são um verdadeiro pretexto para desfrutar das altas temperaturas. Mas se você faz parte da turma que vai passar o verão em meio ao concreto, calma. O assunto de hoje mostra como adquirir sua ilha particular. Ela pode estar na sua casa, interagindo com a cozinha ou a varanda, tornando esses espaços mais convidativos e charmosos para curtir os dias mais quentes.
Na arquitetura de interiores, o trend do momento é criar nas cozinhas uma bancada multifuncional que faça com que as atividades aconteçam de forma mais prática. Quando essas bancadas ficam bem no centro da cozinha, elas são chamadas de ilhas. “A ilha precisa de uma circulação generosa ao redor dela, por isso é mais indicada para cozinhas grandes, quadradas, ou que sejam integradas à sala e à varanda”, destaca a arquiteta Sabrina Beloti.
Entretanto, nem sempre os projetos trazem metragens para a criação dessa estrutura. Nestes casos, segundo a profissional, o recurso é optar pelas penínsulas. “A diferença é que a península fica encostada em uma das paredes. Isso permite, também, melhor aproveitamento do espaço, mantendo a linguagem de interação da ilha”, observa.
Outra variação desse equipamento é a bancada americana. Segundo a arquiteta Tatiana Sarmento, ela serve como mais uma opção para dividir o espaço entre a cozinha e a copa ou a sala de jantar. “A ilha faz parte da cozinha e pode abrigar funções que ficam nas bancadas convencionais”, ressalta. Em espaços menores, as bancadas americanas também aparecem quando há uma meia parede aberta para a sala, servindo de passa prato ou com bancos e cadeiras para refeição. “É também outra forma de tornar a cozinha um espaço de maior convívio social e integração com o restante da casa. O objetivo é o mesmo, mas em contextos diferentes”, comenta Sabrina.
Tudo junto em um só lugar
Se a grande vantagem da ilha (assim como a península e a bancada americana) é valorizar a cozinha, por que não torná-la mais funcional? Pode-se agregar um pouco de tudo, com base na rotina e na utilização do espaço. Para Sabrina, a ilha se torna mais interessante quando ela oferece um cooktop, forno, pia, mesa de refeição, marcenaria com diversas gavetas, porta-objetos e lixeiras. “O importante é ter a ideia da cozinha funcionando como um todo, e a ilha integrada nessa ordem”, sugere.
Na visão de Tatiana, as ilhas ainda podem servir apenas de ponto de apoio. “Se a pessoa preferir a ilha seca, ela servirá apenas de apoio central. É, inclusive, um modelo muito aceito, por exigir menos instalações. Ao mesmo tempo, confere uma linguagem mais moderna”, pontua.
Funcionalidade e orçamento
Quando o assunto é reforma ou construção, muita coisa deve ser avaliada. No caso das ilhas, a primeira coisa a se pensar é na funcionalidade da cozinha. Sabrina ressalta que é preciso avaliar as dimensões ideais para ela, quais materiais serão utilizados e o posicionamento de todos os equipamentos para manter a praticidade.
Para Tatiana, o orçamento precisa ser visto com atenção. “Se as vantagens da ilha valem à pena para a rotina da casa e o espaço oferece essas condições, em termos de custo, a ilha requer alguns itens a mais, que por sua vez podem encarecer a execução”, comenta. Sabrina reitera que, embora o cliente tenha o desejo pela ilha, mas as dimensões e o programa de sua cozinha não o comportam, é hora de chamar um profissional. “Só ele é capaz de propor soluções e alternativas para concretizar esse desejo, seja através de penínsulas, integração de espaços ou outras mais”, finaliza.