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Conheça formas de proteger os gatos da leishmaniose

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No mundo dos pets, a chegada do mês de agosto representa o início da campanha ‘Agosto verde claro’. O principal objetivo é conscientizar e combater a leishmaniose, doença que pode afetar tanto os animais quanto os seres humanos.

(Foto: Divulgação/Clínica Katz)

Em entrevista à Tribuna, a médica veterinária especializada em felinos Márcia Rezende explica que a escolha da cor é por causa do seu significado. “A cor verde claro foi escolhida para representar o combate à leishmaniose por simbolizar esperança e saúde, refletindo a importância de conscientizar e educar a população sobre essa zoonose grave”, explica.
A doença é transmitida através do mosquito-palha, que pertence a um grupo de insetos hematófagos. A leishmaniose é divida em dois grupos: tegumentar e visceral.

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A leishmaniose tegumentar tem maior propagação em ambientes rurais e de mata, além de não apresentar, na maioria dos casos, risco de vida a pessoa ou animal contaminado.

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A leishmaniose visceral, por sua vez, pode ser fatal se não tratada adequadamente. Ela pode afetar fígado, baço e medula óssea. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde,, cerca de 3.500 pessoas são infectadas anualmente.

 

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Conheça quais os sintomas, formas de diagnósticos e prevenção à Leishmaniose

Mesmo que essa doença seja conhecida por ser típica nos cachorros, os gatos também são suscetíveis a ela. Alguns dos sintomas que eles podem apresentar são: perda de apetite, dificuldade em respirar, lesões cutâneas e dermatites.

A médica explica que a confirmação do diagnóstico é feita a partir de exames, de acordo com o mais indicado pelo veterinário. Ela também aponta que a doença tem cura e como é o seu tratamento.

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“Existem vários exames para investigar a leishmaniose. O veterinário irá determinar o exame mais indicado de acordo com cada caso. A doença tem tratamento medicamentoso, pode ser controlada e até mesmo atingir a cura.”

Para evitar a proliferação do mosquito que transmite a leishmaniose, o recomendado é que os tutores mantenham os ambientes limpos, evitando o acúmulo de matéria orgânica. Márcia também aponta o uso de repelentes, para evitar uma possível transmissão. “Famílias que moram em regiões que costumam ter muitos pernilongos devem evitar que os seus gatos sejam picados, para isto, devem usar produtos seguros indicados pelo seu veterinário de confiança.”

Outras doenças felinas

(Foto: Divulgação/Clínica Katz)

Além da leishmaniose, o Agosto Verde Claro também é marcado pelo combate a outras três doenças felinas: Peritonite Infecciosa Felina (PIF), Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV) e Vírus da Leucemia Felina (FeLV).

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A PIF é causada por uma mutação do coronavírus felino. Em seu estado normal, ele é inofensivo. Porém, a mutação pode causar uma série de sintomas como febre, apatia, acúmulo de líquido no tórax e abdômen. Márcia aponta algumas dicas para evitar essa doença.

“Gatos que vivem aglomerados costumam ter a carga viral mais alta de coronavírus e se estressar mais devido à divisão de recursos como água, alimento, locais de descanso e banheiro. Com isso, a melhor forma de prevenir a PIF é evitar a aglomeração de gatos, apesar dessa medida não garantir que o coronavírus intestinal mute para o vírus causador da PIF.”

A FIV é responsável pelo enfraquecimento do sistema imunológico do gato, o que aumenta a chance de surgirem infecções. Já a FeLV é responsável pelo surgimento de doenças mais graves, como câncer. “A infecção por FIV e FeLV pode ser evitada de várias formas: não permitindo que os gatos tenham acesso à rua e a gatos desconhecidos; testando todos os gatos, vacinando os negativos contra FeLV e separando os gatos positivos dos gatos negativos; não realizando transfusão sanguínea com sangue de doadores não testados para FIV e FeLV “, afirma.

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Ela ainda alerta que essas doenças não têm cura, assim todo cuidado é necessário. “Com informação e prevenção, podemos proteger nossos gatinhos, garantindo a eles uma vida mais saudável e feliz. Para isso, é importante que o tutor fique atento às mudanças no comportamento do gato, emagrecimento e falta de apetite, por exemplo.”

Visitas ao veterinário

Para manter a saúde do gato, e de todos os outros pets, são recomendadas consultas regulares ao médico veterinário. Márcia pondera que o tempo entre os check-ups deve ser de um ano, porém existem algumas exceções.

“É indicado que gatos saudáveis visitem a clínica veterinária pelo menos uma vez ao ano para realização de check ups e medicina preventiva, além da atualização do cartão de vacina. Já para gatos com doenças crônicas, como doença renal crônica e doença intestinal inflamatória, dentre outras, o intervalo vai variar de acordo com o indivíduo e a recomendação médica”, afirma.

*estagiário sob supervisão da editora Fabíola Costa.

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