
Pesquisa realizada pela PetLove aponta que a média de vida entre os cachorros mais populares no Brasil é de 12 a 15 anos. Já entre os gatos, varia de 10 a 20 anos. Fatores como raça do animal, porte e, principalmente, hábitos e cuidados no dia a dia interferem diretamente na longevidade.
O tamanho do animal influencia na hora de avaliar se ele já é considerado idoso. No caso dos cachorros de grande porte, como da raça São Bernardo, considera-se idoso quando o animal completa seis anos. Já as raças de porte menor, como os pinschers, a terceira idade chega entre os 9 e 13 anos. Os felinos são considerados idosos entre os 10 e 14 anos, independente do porte.
Os animais “Sem Raça Definida” (SDR) podem viver mais do que os de raça, conforme o estudo. Os cães podem chegar aos 17 anos. Um motivo apontado para essa longevidade é o fato de eles serem frutos de diversos cruzamentos, fazendo com que, ao contrário dos cães de raça pura, não carreguem os mesmos genes ao longo das gerações, o que diminui a chance de predisposição a várias doenças.
Cuidados que promovem longevidade
Em entrevista à Tribuna, a veterinária Roberta Krepp destaca pontos considerados essenciais para uma vida longa aos animais. “Alimentação balanceada é um dos pilares da longevidade. Rações de qualidade, adequadas à fase da vida do animal, fornecem os nutrientes necessários em quantidades ideais”.
A atividade física, de acordo com a profissional, também é importante. Caminhadas diárias, momentos de brincadeira e estímulos mentais mantêm o animal ativo, ajudam no controle do peso, fortalecem os músculos e reduzem o estresse.
A monitoração preventiva da saúde é outro aspecto citado por Roberta. “Vacinas em dia, vermifugação regular, controle de pulgas e carrapatos, e visitas periódicas ao veterinário para check-ups são importantes, até para a detecção precoce de doenças.”
Ela reforça que duas vacinas são essenciais: a polivalente e a antirrábica. A primeira, indicada para os cães, é a V8 ou V10. A dose protege contra cinomose, parvovirose, hepatite, leptospirose, entre outras doenças que podem ser fatais. Em filhotes, recomenda-se a aplicação a partir de 6 a 8 semanas de vida. Neste caso, devem ser aplicadas quatro doses, com intervalo de três a quatro semanas entre uma aplicação e outra. O cachorro deve tomar a vacina todos os anos, durante toda a sua vida.
Já para os felinos, a vacina polivalente é a V3, V4 ou V5, responsável por proteger contra a rinotraqueite, calicivirose, panleucopenia – podendo, ainda, garantir proteção contra clamidiose e leucemia felina, dependendo da formulação. A idade certa para os gatos receberem a vacina é a mesma dos cães, com a diferença de que, ao invés de quatro doses, são recomendadas três e, depois, o reforço anual.
Já a vacina antirrábica protege contra a raiva, doença muitas vezes fatal e transmissível aos seres humanos. Em ambas as espécies, a dose deve ser aplicada a partir dos 3 meses de vida do animal, e o reforço deve ser aplicado anualmente.
Para garantir uma vida tranquila e confortável, é preciso, também, que o animal receba afeto e tenha vínculos fortes com a família da qual faz parte. “Pets que vivem em ambientes calmos, com rotina estável e muito carinho, tendem a apresentar menos comportamentos ansiosos e vivem com mais qualidade”, afirma a veterinária.
*estagiária sob supervisão da editora Gracielle Nocelli