Letramento digital. Letramento criativo. Letramento cognitivo. Quem é da área de educação, mas não está por dentro desta linguagem é melhor se apressar. O expresso tecnológico está chegando de vez para transformar a escola em ambiente propício para alunos que nasceram embalados pela era digital e usam a tecnologia cada vez mais para se comunicarem, para se divertirem. “O que a gente vai fazer é mostrar para eles o que há por trás do que tanto gostam, para que tenham uma relação de criação com a tecnologia e não apenas de consumo”, explica em tom didático o diretor da HappyCode em Juiz de Fora, Fernando Henrique Lino.
Maior escola do país e terceira do mundo em tecnologia e inovação para crianças e adolescentes, com unidades inclusive em Portugal, a HappyCode foi a parceira escolhida pelo Vianna Júnior que, a partir de março, incluirá o letramento digital e o letramento criativo na rotina curricular de alunos do 5º e do 6º ano do Ensino Fundamental e de forma extracurricular para alunos do Ensino Médio. “Para onde o mundo caminha, não importa se os alunosvão trabalhar ou não com tecnologia. Terão que gerenciá-la e usá-la da melhor forma possível, independente da profissão que escolherem”, acrescenta Fernando.
“Temos compromisso com as famílias, com a sociedade, mas principalmente com nossos alunos que precisam encontrar no ambiente escolar a oportunidade para se desenvolverem plenamente, inclusivenas habilidades características do século 21”, afirma a diretora presidente do Vianna Júnior, Mariângela Vianna. Segundo ela, a parceria com a HappyCode se estenderá de forma gradativa a todos os estudantes da instituição. As aulas serão ministradas nos laboratórios do colégio. Para as turmas de 5º e 6º ano e do Ensino Médio (opcional), os cursos oferecidos serão de robótica e criação de games. “Queremos crescer junto com esses alunos, mostrando para eles como criar algo novo a partir do que tanto gostam.No ano que vem, vamos introduzir para outras turmas no Vianna Júnior – primeira escola de Juiz de Fora que irá oferecer nossa metodologia -, o curso de Internet das Coisas, que é a evolução da robótica”, observa Fernando.
O diretor da HappyCode explica que muitos pais ficam curiosos em saber como é possível ensinar robótica a crianças tão pequenas. “Mas esta é a missão da nossa empresa. Pegamos a tecnologia de ponta e a tornamos acessível para os público infantil e adolescente que, efetivamente,serão os agentes da mudança no mundo. Por isso, quanto mais intimidade tiverem com a tecnologia, mais poderão se valer dela como ferramenta para a transformação”.
Uma nova linguagem para pensar o mundo
Por trás do ensino que envolve programação está o desenvolvimento de uma habilidade muito atual no mercado de trabalho: a capacidade de analisar e resolver problemas. “Quando falamos em programação, falamos no ensino de uma linguagem que, como qualquer outra, é uma forma de pensar, de ver o mundo”, explica o diretor da HappyCode, Fernando Henrique Lino, ao ressaltar que a linguagem de programação já é mais utilizada no mundo que o Inglês.
“Enquanto hoje a maior parte das matérias escolares são focadas em conteúdo, o mercado de trabalho cobra dos profissionais a capacidade de resolver problemas, de inovar”, diz. Por isso, ao criar um jogo o aluno se sente desafiado a pensar na forma como um personagem, por exemplo,vai partir do ponto X para chegar ao ponto Y, em como modelar a gravidade daquela realidade. Em tudo isso ele está treinando a habilidade de encontrar soluções criativas para o problema que pretende resolver. E o que é melhor: se divertindo ao mesmo tempo.
“Isto é o que a linguagem de programação faz. Além disso, quando o aluno cria um jogo, há toda uma construção de história que envolve storytelling, design think, em como encaixá-la na plataforma”, acrescenta Fernando, bastante empolgado com o início do trabalho da HappyCode no Vianna Júnior. “Assim como as linguagens de programação evoluíram, também evoluíram as ferramentas com as quais podemos trabalhar com as crianças e introduzi-las neste universo da criação”.
Para chegar às linhas de código propriamente ditas, ou seja, à complexa linguagem de programação, a HappyCode inicia o processo pela programação visual. “O grande estímulo é visual. Começamos com ferramentas mais simples em que os alunos veem o resultado mais rápido do que aprenderam. Depois introduzimos ferramentas mais desafiadoras que demandam mais trabalho, porém com resultados melhores. Programar não é algo fácil, mas estimulamos o aluno a dar um passo de cada vez”, explica o diretor.
Os alunos do Vianna Júnior terão acesso a todo o material didático online da HappyCode, assim como conta de email, trilha do conhecimento, espaço para armazenamento, licença gratuita do pacote Office da Microsoft na nuvem e a possibilidade de esclarecer dúvidas de forma online. “Somos a primeira escola a fazer curso com a IBM de Inteligência Artificial, utilizando o Watson (software) que é muito usado nas faculdades, mas não tem nenhuma iniciativa para colégios”, finaliza Fernando, para destacar que o futuro está bem mais perto que se imagina.