O gorila
Afrânio vive sempre em seu canto, reservado, e também angustiado por memórias de sua infância. Ele costumava trabalhar como dublador, mas já não se sente capaz de exercer a função. Para amenizar a solidão e se entreter, ele começa a ligar para pessoas desconhecidas, geralmente mulheres, e se apresentar como “Gorila”. Seu alter-ego usa da bela voz para conhecer a história dessas pessoas e, aos poucos, desenvolve laços com elas. Entretanto, na noite de Natal, Afrânio recebe um trote. Do outro lado da linha está uma pessoa misteriosa que faz com que ele enfrente o mundo exterior para tentar salvar uma vida. O encontro, no entanto, muda a rotina do homem, que conhece a potência da companhia. O filme nacional é assinado por José Eduardo Belmonte, considerado um dos mais inventivos e múltiplos realizadores da nova cena cinematográfica do Brasil, com obras como o complexo “A concepção” e o popular “Alemão”. Telecine Cult, 20h15
Invasores: Nenhum sistema está a salvo
Benjamin é um menino que se sente invisível, até conhecer Max e seus amigos, com quem forma um grupo de hackers chamado Clay. A partir de então Benjamin não mede as consequências de seus atos e com cada ataque coloca em risco sua liberdade e a vida de muitas outras pessoas. HBO Plus, 0h11
Pulsações
Manoela Ziggiatti sai a procura do que inspira e motiva as muitas formas de viver. Em encontros com sua família e amigos, o documentário da cineasta brasileira constrói uma delicada narrativa sobre o sentido de estar vivo. Da relação terna com a avó, evidenciando o espaço de tempo entre as duas gerações e ansiando por elos que surgem e desaparecem com delicadeza, ao afeto com a mãe e à ausência do pai, o filme parte de uma família para traçar um panorama sobre as decisões que tomamos, o destino, a memória e a passagem do tempo. Canal Brasil, 18h
Estilhaços
O título do episódio diz muito sobre o retrato que faz: “Escravos do silêncio e do corpo”. Em cemitérios ou spas, o programa reflete sobre o dia a dia de profissionais que vivem reféns da mudez. Depoimentos de coveiros mostram que trabalhar nesse espaço os faz enxergar a realidade como ela é, percebendo o que é importante ou não na vida, sem se apegarem às banalidades e aos bens materiais. Pessoas como o coveiro e escritor Francisco Pinto Neto, apelidado de Tico, que diz que o bom senso estabelece a ética de seu ofício. Ele também fala sobre a necessidade de preparo psicológico e equilíbrio emocional para exercer a função, já que, diariamente, esses profissionais se deparam com a tristeza e dor das famílias. Em contraponto uma das preocupações dos profissionais dos spas é o padrão estético ditado pela moda e seguido por muitos frequentadores de academias. SescTV, 22h