Quando disse que Alfredo Ferreira Lage “testamentou para o município e não para os amigos”, quando falava do Museu Mariano Procópio, a prefeita Margarida Salomão causou desconforto entre os membros do Conselho de Amigos do Museu. Por meio de nota, destacaram que cumprem suas atribuições desde 1936, quando foi firmada a doação do prédio ao município. “O Conselho de Amigos do Museu esclarece que possui suas atribuições definidas por Alfredo Ferreira Lage na escritura elaborada no momento em que ele doou, ao Município, o inestimável patrimônio histórico-cultural que compõe o Museu Mariano Procópio – escritura esta que é pública. Registre-se a respeito que esta doação- feita, repita-se, ao Município de Juiz de Fora – traz encargos que vêm sendo cumpridos, desde 1936, por diferentes e sucessivas Administrações Municipais, além de serem cumpridos, da mesma forma e com enorme zelo, pelos integrantes do Conselho de Amigos do Museu Mariano Procópio. E este Conselho de Amigos, criado por Alfredo Ferreira Lage como órgão curador do patrimônio e composto por voluntários e voluntárias que se comprometeram a obedecer a vontade do doador, entende que qualquer diálogo, como o que pretende o Executivo Municipal, deve respeitar, por força legal e histórica, a escritura de doação”. Na avaliação da prefeita, o indicado pelo Conselho de Amigos, em lista tríplice já em seu poder, deve ter mais um papel de curadoria, enquanto a direção da entidade deve ser ocupada por um quadro técnico cuja escolha poderá ficar a cargo do Poder Executivo. Os dois lados, no entanto, mantêm um canal de conversa permanente sobre o tema.
Conselheiros do Museu reagem à declaração de Margarida Salomão
