A compra de iPhones nos EUA sempre despertou o interesse dos brasileiros, atraídos pelos preços mais baixos e pela possibilidade de adquirir modelos mais recentes. No entanto, essa decisão envolve algumas considerações importantes, especialmente em relação à compatibilidade e funcionamento no Brasil.
Com o recente lançamento do iPhone 16, a dúvida sobre a compra no exterior se intensifica. Afinal, vale a pena importar o aparelho ou adquiri-lo no mercado nacional? Para tomar a melhor decisão, é necessário entender uma questão fundamental em todo esse processo: as diferenças entre iPhones bloqueados e desbloqueados.
iPhone desbloqueado permite uso do aparelho
Um iPhone desbloqueado oferece a liberdade de ser utilizado com qualquer operadora, tanto no Brasil quanto em outros países. Já um iPhone bloqueado está vinculado a uma operadora específica, geralmente mediante um contrato, e só funcionará com chips dessa empresa.
Nos EUA, operadoras como AT&T, Verizon e T-Mobile costumam vender iPhones bloqueados a preços mais baixos, atrelados a planos de serviço. Se você comprar um iPhone nessas condições, não poderá usá-lo no Brasil com sua operadora local. Portanto, ao adquirir um aparelho nos EUA, é necessário se certificar de que ele esteja desbloqueado para evitar problemas de compatibilidade e garantir o funcionamento no Brasil. Caso contrário, o chip da sua operadora ficará inutilizável, impossibilitando fazer ligações ou enviar mensagens SMS.
A questão do chip: eSIM e chip físico
Nos EUA, os modelos mais recentes do iPhone, como o recém-lançado iPhone 16, não possuem mais entrada para chip físico, sendo compatíveis apenas com o eSIM, o chip virtual – a entrada para chips físicos continua existindo nos modelos comercializados no Brasil. A boa notícia é que o eSIM está cada vez mais disseminada no Brasil e disponível nas principais operadoras, como Claro, Vivo e TIM, facilitando a ativação do iPhone importado. Basta entrar em contato com a operadora e solicitar a ativação do eSIM no aparelho. Para modelos anteriores ao iPhone 14 vendidos nos EUA, a entrada para chip físico continua presente, permitindo o uso de chips tradicionais
Além disso, é importante verificar se o aparelho é compatível com as frequências de rede utilizadas no Brasil, especialmente se você pretende usar o 5G. Nos Estados Unidos, a faixa de frequência da banda destinada é mais alta, abrangendo de 3,7 GHz a 3,98 GHz. No país, essa faixa é mais baixa, situando-se entre 3,3 GHz e 3,7 GHz.
Outro ponto importante a ser destacado são os recursos que estão disponíveis apenas internacionalmente, não tendo suporte dentro do Brasil. Um desses exemplos é o envio de mensagens via satélite, que permite a comunicação mesmo sem cobertura de celular ou Wi-Fi. O recurso está disponível apenas nos Estados Unidos, mas será expandido para o Canadá com o iOS 18. Da mesma forma, a Assistência Rodoviária via satélite também não é disponibilizada no Brasil, apenas nos EUA. Ainda neste ano também chegará ao Reino Unido. Ainda não há previsão de quando esses recursos chegarão ao Brasil.
Vantagens e desvantagens da compra nos EUA
A principal vantagem de comprar um iPhone nos EUA é o preço mais baixo, devido à isenção de impostos e taxas menores. A diferença de preço pode ser considerável. Por exemplo, o iPhone 16 (128 GB) custa US$ 800 nos EUA, o que equivale a aproximadamente R$ 4,5 mil na cotação atual. No Brasil, o mesmo modelo é vendido por R$ 7,8 mil, representando uma economia de R$ 3,3 mil na compra.
No entanto, é preciso considerar as desvantagens. A garantia internacional da Apple só é válida no Brasil para modelos vendidos e homologados pela Anatel. iPhones comprados nos EUA podem não ter cobertura da garantia no Brasil, o que pode ser um problema em caso de defeitos ou necessidade de reparos. Além disso, o limite de compras no exterior é de US$ 1 mil para quem chega de avião ou navio, o que pode inviabilizar a compra de modelos mais caros, como o iPhone 16 Pro Max, que custa a partir de US$ 1,2 mil.