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Prometido para o Brasil, Golf GTE tem conjunto híbrido

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Há tempos, espera-se no Brasil por incentivos para a comercialização de veículos híbridos e elétricos. O Rota 2030, acertado em julho, acabou favorecendo os modelos que trabalham exclusivamente ou com o auxílio de propulsão elétrica de acordo com sua eficiência, reduzindo o IPI atual de 25% para alíquotas entre 7% e 20% a partir de novembro. Com isso, não chega a ser surpreendente que algumas fabricantes se interessem mais por esse mercado no Brasil. A Volkswagen, por exemplo, já sinaliza com o lançamento do Golf GTE no ano que vem. O modelo é híbrido e a expectativa é de que seu preço esteja posicionado acima dos R$ 143.790 iniciais cobrados pela variante mais cara do hatch médio no país, a GTI.

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A grande estrela do carro – e responsável pelo alto valor que deve ser cobrado – é mesmo o trem de força. O Golf GTE se move a partir de dois motores. O primeiro, a combustão, é um 1.4 turbo alimentado apenas por gasolina com 150 cv. Ele trabalha em conjunto com outro propulsor elétrico capaz de render 102 cv. Na potência combinada, o total fica em 204 cv. São 26 cv a menos que os 230 cv entregues pelo 2.0 TSI que equipa o Golf GTI, mas com um torque máximo semelhante, de 35,6 kgfm. Já o câmbio é um automatizado de dupla embreagem com seis marchas e aletas atrás do volante para trocas manuais.

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O Golf GTE é capaz de andar exclusivamente em modo elétrico. Porém, a autonomia não leva ele muito longe: são apenas 50 km. Porém, como há sistema de regeneração de energia em frenagens, o modelo é capaz de rodar cerca de 900 km combinando os dois motores, o que o torna uma excelente opção para quem viaja bastante. A recarga da bateria pode ser realizada conectando o carro uma tomada comum, a partir de um plug que fica escondido atrás da própria logo da marca, na frente do carro.

Os números de desempenho impressionam, diante de sua alta eficiência energética. O Golf GTE parte do zero e chega aos 100 km/h em 7,6 segundos e atinge velocidade máxima de 222 km/h. Em modo puramente elétrico, porém, ele só vai aos 130 km/h. O tempo de recarga total das baterias também é outro atrativo: bastam 3h45 em uma tomada de 220 volts ou, no caso do uso de um carregador rápido vendido como opcional, esse prazo cai para 2h15. Para auxiliar o motorista a respeito da reserva de energia, há um indicador de consumo no painel de informações, ocupando o espaço que seria do conta-giros nas configurações apenas a combustão. Além disso, a alavanca de câmbio tem uma posição B, que funciona como uma espécie de freio-motor para aumentar a resistência gerada pelas frenagens e favorecer a recarga.

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Primeiras impressões
A Volkswagen promoveu na capital fluminense um encontro direcionado principalmente para consumidores. A intenção era mostrar, em um circuito montado pela própria fabricante nas instalações de um luxuoso condomínio residencial, as capacidades de seus modelos disponíveis nas lojas, de acordo com a necessidade de cada um. E levou duas unidades do Golf GTE, estas disponíveis para testes de condução apenas para a imprensa especializada.

À primeira vista, olhar para o painel de informações causa certa estranheza pela substituição do conta-giros pelo indicador de consumo de energia elétrica. Detalhes que na versão GTI aparecem em vermelho, no GTE ganhar o tom azul, comumente utilizado para indicar a redução de emissões de poluentes nos veículos – o próprio Up Speed, série especial do compacto movida pelo 1.0 turbinado da marca adotou essa linguagem, para valorizar a economia de combustível garantida pelo propulsor mais “brando” da linha TSI.

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Mas é ao arrancar com um carro em modo elétrico que se tem noção de que se trata mesmo de um trem de força diferente. Na pista, próximo ao carro, estavam algumas pessoas que circulavam calmamente. E a ausência de barulho do lado de fora do veículo fez com que fosse necessário acionar a buzina, para que percebessem o hatch em movimento. O torque imediato garante boa arrancada e ainda faz com que as retomadas sejam bem próximas às conseguidas a bordo de um GTI. Porém, como a principal função do conjunto híbrido é mesmo garantir menor poluição, maior autonomia e mais economia de combustível, a intenção acaba sendo manter o carro puramente em modo elétrico, em vez de explorar a capacidade esportiva que qualquer Golf tradicionalmente carrega.

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