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Chevrolet Spin LTZ alia bom custo/benefício à capacidade de transportar sete pessoas

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Na disputa pelo crescimento de vendas, cada um briga com o que tem. A Chevrolet, por exemplo, não se destaca na concorrência acirrada que o mercado nacional vive no segmento de SUVs compactos. A marca só conta com um utilitário esportivo pequeno em seu line up, o Tracker, que não chega a fazer cócegas nos líderes e tradicionais representantes da categoria. Por isso mesmo, a fabricante deposita na minivan Spin esse poder de atração entre o público que busca uma opção de veículo familiar – mesmo sem expressar qualquer esportividade. E a versão LTZ é a que mais tem condições de chamar atenção nessa lógica, graças à sua configuração de sete lugares de fábrica. Um diferencial interessante do modelo, que vendeu 2.280 unidades mensais ao longo do ano passado.

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 Lançada em 2012 e, até agora, sem alterações estéticas, a Spin passou por leves mudanças em sua linha 2016. Uma delas é a cabine predominantemente preta, já usada na variante com visual aventureiro Activ. O revestimento interno das portas e do porta-malas também seguem a nova coloração, em substituição aos tons de bege e café anteriores. Além disso, a cobertura dos bancos foi remodelada e escurecida.

A lista de itens de série é farta – e nem muda muito em relação à versão de entrada, a LT. Desde a variante mais barata, há ar-condicionado, direção hidráulica, alarme e conjunto elétrico de vidros e travas. Nesses últimos, aliás, houve também uma pequena mudança na linha 2016: ao travar as portas pela chave – que é do tipo canivete –, os vidros sobem automaticamente. Também é possível descer os vidros à distância, deixando o botão de desbloqueio pressionado. O recurso, até então, era exclusividade da configuração Activ. Além da terceira fileira de bancos, as principais vantagens da versão de topo LTZ são o sistema multimídia MyLink, computador de bordo, sensor de estacionamento traseiro e retrovisores externos elétricos.

 O motor é sempre o já conhecido 1.8 litro que desenvolve até 108 cv de potência e 17,1 kgfm de torque, com etanol no tanque. A transmissão pode ser manual de cinco marchas ou automática de seis velocidades. Neste segundo caso, trata-se da GF6-2, uma evolução do câmbio que era utilizado anteriormente e que estreou na marca na configuração Activ, em 2014. De acordo com a Chevrolet, ela entrega trocas em tempo 50% menor e reduções duplas e até triplas, de acordo com a necessidade.

Os preços não são baixos, mas podem ser considerados competitivos. Com transmissão manual, a Spin LTZ parte de R$ 65.590. Já sem o pedal da embreagem, o valor sobe para R$ 69.750. É mais em conta até que um Jac J6, também com sete lugares e equipado à altura, que só sai da loja por R$ 74.990. Apesar de se tratar de um carro com design já ultrapassado – um face-lift deve acontecer em breve, a exemplo do que a marca fez recentemente com o sedã Cobalt, construído na mesma linha –, a minivan Spin ainda se mantém como uma escolha racional para quem precisa de espaço e, principalmente, da terceira fileira de bancos.

Primeiras impressões

Lógica funcional

 Para quem valoriza design, a Spin passa longe de ser a opção preferencial de compra. Na verdade, o grande trunfo da minivan da Chevrolet é a racionalidade. O espaço interno é bom e o porta-malas, capaz de transportar 550 litros com a terceira fileira de bancos abaixada, é um bom diferencial. Isso sem contar com a possibilidade de transportar sete pessoas. Está certo que não dá para esperar muito dos assentos do fundo. Aliás, ali, o ideal é levar apenas crianças. Mas, mesmo assim, é uma particularidade capaz de atrair consumidores com famílias numerosas e poder aquisitivo insuficiente para adquirir veículos com essa característica, mas construídos em plataformas maiores.

O motor 1.8 litro de 108 cv com etanol no tanque move a Spin com eficiência, mas sem qualquer emoção. Não há sobras, embora o torque máximo de 17,1 kgfm já presente integralmente a 3.200 rpm favoreça as retomadas e ultrapassagens. Basta carregar com vontade o pedal do acelerador para sentir a transmissão automática de seis velocidades reduzir até três marchas e, assim, ganhar mais força. Mas quem prefere manter o controle sobre o câmbio pode se decepcionar: as trocas manuais se dão apenas por botões localizados na própria alavanca.

Nas curvas, as rolagens de carroceria são perceptíveis, mas não chegam a prejudicar a dirigibilidade do modelo. Servem apenas como um alerta de que não se trata de um carro para se levar ao limite em qualquer circunstância. Em linha reta, no entanto, mesmo em velocidades mais altas, não exige correções na direção. A condução é suave e a posição elevada do motorista é confortável e facilita a visibilidade.



Ficha técnica

Chevrolet Spin LTZ

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.796 cm³, quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto sequencial.

Transmissão: Câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.

Potência máxima: 108 cv e 106 cv a 5.400 rpm com etanol e gasolina.

Torque máximo: 17,1 kgfm e 16,4 kgfm a 3.200 rpm com etanol e gasolina.

Diâmetro e curso: 80,5 mm X 88,2 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores pressurizados. Não possui controle de estabilidade.

Pneus: 195/65 R15.

Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. ABS de série.

Carroceria: Monovolume em monobloco com quatro portas e sete lugares. Com 4,36 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,66 m de altura e 2,62 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.

Peso: 1.255 kg.

Capacidade do porta-malas: 550 litros ou 162 litros com a terceira fileira de bancos levantada.

Tanque de combustível: 52 litros.

Produção: São Caetano do Sul, São Paulo.

Lançamento no Brasil: 2012.

Itens de série: Ar-condicionado, direção hidráulica, ABS, EBD, airbag duplo, vidros, travas e retrovisores elétricos, ajuste de altura do banco do motorista, rodas de 15 polegadas, central multimídia com tela touch, computador de bordo, sensor de estacionamento, rack de teto,  terceira fileira de bancos e piloto automático.

Preço: R$ 65.590 (manual) ou R$ 69.750 (automática).



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