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Com o sedã compacto Cronos, Fiat tenta aumentar vendas

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Foto: Divulgação
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A Fiat assistiu sua liderança no mercado nacional se esvair enquanto a Chevrolet renovava o portfólio e garantia números invejáveis de venda. Para contra-atacar, era necessário apostar também na renovação de seu line up, mas principalmente nos nichos que emplacam mais no país. Começou tirando de produção diversos modelos pouco rentáveis, como Idea, Linea, Punto e Palio. Quanto aos SUVs, a Jeep, que pertence ao Grupo Fiat Chrysler Automobiles, tomou a frente o compacto Renegade e o médio Compass. Já em relação aos hatches, a Fiat lançou o Argo e manteve o compacto Uno e o subcompacto Mobi. Entre os sedãs, a marca mantém o Grand Siena, mas aposta mesmo no Cronos. O três-volumes derivado do Argo será apresentado oficialmente no Brasil na segunda quinzena de fevereiro, mas já foi mostrado antes do Carnaval na Argentina, onde é produzido. Apesar de ser feito na mesma base do Argo, o modelo carrega diferenças importantes para tentar cobrir todo o leque do segmento de sedãs compactos e brigar tanto com o Chevrolet Prisma, nas versões mais básicas, quanto com o novo Volkswagen Virtus, nas mais sofisticadas.

O Cronos sai da fábrica em Córdoba para o Brasil em duas opções de acabamento, Drive e Precision, e duas motorizações, 1.3 8V Firefly, e o 1.8 16V e-Torq, ambas usadas no Argo. Diferentemente do hatch, porém, não há uma versão 1.0, pelo menos por enquanto. Já a transmissão pode ser manual de cinco marchas em ambos os motores. No caso do 1.3, pode ser a GSR, novo nome para a antiga Dualogic, automatizada com controle por botões no console. Com o motor 1.8, há a opção de um câmbio automático de seis velocidades. Ou seja: praticamente a mesma gama do Argo, sem o modelo mais básico, a Drive 1.0 e o de topo 1.8 HGT.

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Foto: Divulgação

Em relação aos equipamentos, a configuração de entrada Drive traz ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas dianteiros, central multimídia Uconnect Touch de sete polegadas, volante multifuncional, chave com telecomando, display de 3,5 polegadas no quadro de instrumentos, monitoramento de pressão dos pneus, ajuste de altura do banco do motorista e sistema Isofix de fixação de cadeirinhas infantis. Como opcionais, há faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, alarme, banco traseiro bipartido, rodas de liga leve de 15 polegadas, câmara de ré, sensor de estacionamento traseiro e retrovisores elétricos com tilt down, além do câmbio automatizado GSR – que é acompanhado por controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, sistema start/stop, controle de velocidade de cruzeiro, apoio de braço para o motorista, vidros elétricos traseiros e retrovisores elétricos com recurso tilt down.

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A Precision, disponível apenas com propulsor 1.8, tem luzes diurnas de leds nos faróis, controle de cruzeiro, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampas, vidros dianteiros e traseiros com acionamento elétrico por um toque, computador de bordo em tela de 3,5 polegadas, volante revestido em couro e ainda uma segunda entrada USB para os passageiros do banco de trás. Bancos em couro, rodas com 16 polegadas, ar-condicionado digital, quadro de instrumentos em tela TFT de sete polegadas, sensores de chuva e crepuscular, chave presencial e airbags laterais entram como opcionais, além da transmissão automática.

Com relação aos preços, a Fiat ainda não confirmou a tabela do Cronos para o Brasil, mas não tem muito para onde correr. A versão mais barata, Drive 1.3 manual, deve chegar por R$ 59.990, mesmo preço do Volkswagen Virtus de entrada. Com transmissão automatizada, o valor deve subir para R$ 64.990. Na versão Precision com câmbio manual, o valor do Cronos deve começar em R$ 66.990. Já com transmissão automática, o Cronos de topo deve ter preço inicial de R$ 72.990 mil, nivelando-se com o Virtus Comfortline 200 TSi. A tendência é que, de alguma forma, a briga entre os sedãs compactos fique mais acirrada a partir de agora.

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Primeiras impressões

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Para a avaliação, a Fiat disponibilizou uma unidade da configuração de entrada Drive. O passeio de cerca de 40 quilômetros em rotas ao redor de Córdoba foi feito com motor quatro cilindros Firefly 1.3 litro de 8 válvulas, 109 cv e 14,9 kgfm de torque máximo, acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades que envia a força ao eixo dianteiro. A posição de condução é correta, os assentos são confortáveis e, como muitas vezes acontece em vários veículos neste segmento, o volante pode ser ajustado em altura, mas não em profundidade. Mesmo assim, encontrar uma posição confortável não é complicado. A distância entre os ombros do motorista e passageiro é generosa, bem como o espaço disponível para as pernas. Atrás, também há bom espaço, mas ocupantes com mais de 1,80 metro certamente terão algum desconforto com o teto, porque a marca italiana apostou mais na estética exterior, com o caimento traseiro acentuado, do que no bem-estar dos passageiros.

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Foto: Divulgação

O porta-malas tem 528 litros de capacidade, medida generosa que se beneficia com um fundo completamente plano, que esconde um pneu sobressalente nas medidas 185/60 R15 – nas versões Precision, pneus se tornam de aro 16 ou, opcionalmente, 17. Boa parte do início do teste se deu em caminhos íngremes, onde o propulsor até se saiu bem em trechos urbanos, mas perdeu completamente seu vigor a partir dos momentos em que se engatou a quarta marcha. Já no piso plano, as coisas mudam e, embora não seja um carro que se destaque por sua reação e velocidade, mantém um equilíbrio correto em sua performance.

Em velocidade de 120 km/h, o conta-giros fica em 3.500 rpm e nota-se o cuidado que a fabricante teve com o isolamento acústico, já que pouco se ouve de seu propulsor na cabine. A impressão é até de se tratar de um carro de segmento superior. A suspensão foi planejada para priorizar o conforto, ou seja, não tem ajuste muito firme. Com isso, em curvas mais fechadas, notam-se rolagens de carroceria, mas controladas. No trânsito cotidiano da cidade, a direção é bem leve – graças à assistência elétrica – e o toque dos pedais é bastante suave. Talvez até um pouco além da conta, principalmente no caso do acelerador.

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