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Versão esportiva ganhou novo motor e alterações estéticas (Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias/15-09-15)
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Versão esportiva ganhou novo motor e alterações estéticas (Fotos: Eduardo Rocha/Carta Z Notícias/15-09-15)

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A primeira obrigação de um esportivo é ser uma usina de adrenalina, a segunda é construir a imagem do fabricante. Dentro de uma montadora, a primeira função empolga os engenheiros e a segunda, o pessoal do marketing. Afinal, nada transmite mais a ideia de status e tecnologia que um esportivo. Foi por essa boa imagem que a Renault decidiu desenvolver e construir o Sandero RS no Brasil. Mais que faixas, rodas e roncos, o hatch da marca francesa foi inteiramente modificado para se tornar um verdadeiro esportivo.

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Para começar, ele recebe o motor Renault 2.0 16V flex, importado da França. É o mesmo propulsor que empurra as versões superiores do “pesado” Duster. No utilitário de 1.350kg, ele rende 143/148cv, enquanto no Sandero, cerca de 200kg mais leve, ele rende 2cv a mais – 145/150cv, com gasolina/etanol. Isso faz com que a relação peso/potência do hatch seja de exatos 7,74kgcv – normalmente, um modelo é considerado esportivo quando esta relação fica abaixo de 8. Este propulsor é gerenciado pelo mesmo câmbio manual de seis marchas existente no SUV, mas com um escalonamento completamente voltado à esportividade – com relações mais curtas e próximas.

Para sustentar esta fúria, a Renault Sport tratou de equipar o Sandero RS com um controle eletrônico de tração e estabilidade com três modos de atuação: normal, Sport e Sport+. A suspensão também foi completamente refeita. A configuração básica – McPherson na frente, eixo de torção atrás – foi mantida, mas recebeu amortecedores mais eficientes, eixos de maior bitola e molas mais rígidas. As novas molas têm uma ação progressiva, que permite absorver as imperfeições da pista ao mesmo tempo em que reduzem a tolerância de inclinação da carroceria. Para completar, o novo conjunto de rodas e pneus reduziu a altura do Sandero em 2,6cm. O resultado final é que o limite de rolagem passou de 5,6º para 3,8º por G de aceleração lateral, ou 33% melhor.

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Todas estas evoluções dinâmicas no Sandero foram explicitamente assinadas por modificações visuais. Nem todas apenas estéticas. O aerofólio traseiro aumentado, por exemplo, adiciona até 25kg ao downforce traseiro. Na frente, o modelo recebe um spoiler em forma de lâmina, no estilo de carros de Fórmula 1, e os faróis têm máscara negra. No nicho onde normalmente ficariam os faróis de chuva, agora há uma fileira de leds diurnos e a grelha dianteira é do tipo colmeia. De série, o modelo vem com rodas em preto brilhante aro 16, mas opcionalmente podem ser aro 17. Tem ainda saias e faixas laterais, difusor sob o para-choque traseiro e ponteira de escapamento dupla e carcaça do retrovisor externo na cor da carroceria. Na tampa traseira, o nome “Sandero” foi omitido em favor de uma identificação “Renault Sport” à esquerda e “RS” à direita.

Internamente, o Sandero RS tem todos os equipamentos oferecidos na linha compacta, como ar digital e a última geração do sistema multimídia Media Nav Evolution. Além disso, há itens específicos da versão, como o volante RS, igual ao usado no Mégane RS vendido na França, molduras metalizadas, bancos esportivos em tons de cinza com pespontos vermelhos e as iniciais “RS” bordadas no encosto de cabeça. O acabamento do painel também está mais caprichado e os pedais são em alumínio. Foi instalado um apoio para o pé esquerdo bem protuberante.

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Uma prova do prestígio da subsidiária brasileira da marca francesa é que o modelo é o primeiro da Renault Sport desenvolvido para mercados fora da França. Nele foram consumidas 120 mil horas de trabalho com 73 engenheiros do Brasil e da França envolvidos. Foram construídos 30 protótipos que rodaram 250 mil quilômetros em testes. A fabricante projeta que serão emplacadas entre 150 e 200 unidades por mês do Sandero RS. Esta estimativa é tímida diante do preço de R$ 58.990 – ou R$ 59.990 com rodas de 17 polegadas -, bem mais acessível que os poucos rivais diretos, como Fiat Punto T-Jet e Suzuki Swift Sport. Mesmo que o modelo tenha um desempenho comercial pouco impressionante, o fundamental neste caso é o lucro de imagem que a Renault pretende extrair do seu “hot hatch” brasileiro.

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