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Volkswagen Virtus Highline aposta em vigor e bom recheio

1. Virtus Highline
2. Virtus Highline
Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias
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A Volkswagen sabia que o Virtus seria um acerto quando fez sua estreia mundial no Brasil, no início do ano. Afinal, além dos preços competitivos — e em uma larga faixa de ofertas — e do espaço interno abundante, o modelo tem duas opções de motores que aliam eficiência ao desempenho e, ao mesmo tempo, um pacote tecnológico digno de modelos de categoria superior. Principalmente na versão Highline, configuração de topo que serve como excelente vitrine para o modelo. Aliás, as vendas já mostram que o sedã, considerado um médio-compacto, mexeu com o ranking dos três volumes considerados compactos. Em junho, com 4.205 unidades, ele ultrapassou o Chevrolet Prisma e foi o mais vendido no segmento.

Para atrair a atenção de consumidores não apenas no Brasil, mas também no cenário global, a Volkswagen fez no Virtus o que já tem adotado em seus últimos lançamentos Polo e Up: apostou em um alto nível de segurança. A versão Highline traz de série itens como cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos os assentos, airbags laterais além dos frontais obrigatórios por lei e sistemas de ancoragem de assento infantil. Foi o bastante para atingir cinco estrelas no Latin NCAP, com 32,56 pontos em 34 possíveis para adultos e 43 de um total de 49 para crianças.

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A lista de itens de conforto e tecnológicos chama atenção na variante topo de linha. Ar-condicionado digital, direção elétrica, travas e vidros elétricos, câmbio automático de seis marchas, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em subidas, bloqueio eletrônico do diferencial, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, sensor de estacionamento traseiro, espelhos elétricos, rodas de liga leve de 16 polegadas e até saídas de ar para a fileira de trás estão disponíveis. Chave presencial para travas e ignição, paddle shifts no volante, controle de cruzeiro, luzes diurnas em led e central multimídia deixam o Virtus Highline ainda mais atraente para elevar suas vendas.

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Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

A configuração mais cara, porém, surpreende ainda mais em seus opcionais. E sem cobrar tanto por isso. Ao adicionar R$ 4.690 aos R$ 79.990 cobrados pelo carro, são incluídos no sedã sensores de obstáculos dianteiros e câmara de ré, sensor de crepuscular e de chuva, espelho interno eletrocrômico, banco traseiro deslizante, detector de fadiga, indicador de pressão dos pneus e um painel configurável em tela de led, acompanhado por um sistema multimídia de oito polegadas com GPS. É possível ainda incluir rodas de 17 polegadas e bancos de couro como opcionais extras, além da cor metálica.

O motor é o mesmo que movimenta as versões mais caras do Polo, um 1.0 turbo de três cilindros e que entrega até 128 cv e 20,4 kgfm de torque com etanol. Aliado ao câmbio automático de seis marchas — única opção de transmissão nessa motorização —, o propulsor leva o Virtus Highline de zero a 100 km/h em 9,9 segundos e à velocidade máxima de 194 km/h. Curiosamente, isso é 1 km/h e 0,1 segundo a menos que as marcas conseguidas pela variante de entrada do Virtus, a MSI 1.6, com câmbio manual. Mas no Virtus TSI, o vigor vem acompanhado pela eficiência energética típica dos motores turbinados de baixa cilindrada.

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Impressões ao dirigir

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Basta olhar para o Volkswagen Virtus para perceber que seu desenho inspira a ideia de velocidade. E é justamente na sua configuração de topo, que utiliza o motor 1.0 turbinado da linha TSI. não é a versão mais rápida nem a mais veloz. A versão MSI 1.6 ganha por 0,1 segundo na aceleração de zero a 100 km/h e tem máxima 1 km/h maior. Mas o propulsor 1.0 mostra vigor em todas as faixas de giro o tempo todo. E com as rodas de liga leve opcionais de 17 polegadas, aliada aos vincos horizontais nas laterais e a última coluna bastante inclinada, finalizada em um discreto spoiler, a combinação gera um aspecto que é ao mesmo tempo esportivo e elegante.

O 1.0 tricilíndrico turbo de 116/128 cv, batizado pela Volkswagen como 200 TSI, empurra o sedã médio-compacto com bastante energia. E isso em qualquer situação, já que seu torque máximo de 20,4 kgfm — equivalentes a 200 Newton-metros, daí o nome 200 TSI — aparece por completo já em 2 mil giros. Basta pisar com vontade o pedal do acelerador para que o conta-giros suba bem rápido e retomadas e ultrapassagens sejam realizadas com competência.

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Nas curvas, há uma grande sensação de segurança. A suspensão controla bem movimentos indesejados da carroceria, sem comprometer tanto o conforto na cabine. Já no trabalho de filtrar os desníveis do solo brasileiro, a suspensão não é tão eficiente e os ocupantes sentem as irregularidades. O acerto segue o estilo tradicional da Volkswagen, que privilegia a estabilidade, e a plataforma MQB, na qual o Virtus é construído, tem alto nível de rigidez.

O espaço interno é bem generoso para um modelo classificado como compacto. E, na verdade, seus 4,48 metros de comprimento e 2,65 m de entre-eixos colocam o Virtus na condição de um sedã médio-compacto. Talvez por isso a Volkswagen tenha se preocupado tanto em garantir um recheio tecnológico que se equipara a alguns modelos médios. Caso, por exemplo, do painel de informações digital e personalizável que trabalha na mesma lógica do virtual cockpit da Audi. Disponível no pacote tecnológico do carro, esse é um dos maiores atrativos da cabine do Virtus Highline. E o distancia bastante dos outros compactos da categoria.

Ponto a ponto

Desempenho
O motor 1.0 TSI do Virtus Highline move o sedã com uma disposição que impressiona. São 116/128 cv de potência e o torque máximo, de 20,4 kgfm, aparece por completo já em 2 mil giros. Isso resulta em retomadas e ultrapassagens vigorosas e seguras. Quanto ao câmbio automático de seis velocidades, seu funcionamento se dá de acordo com a intensidade do peso que se coloca no pedal direito. A sintonia entre a transmissão e o propulsor é boa e dá até para se divertir ao volante. Nota 9.

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Estabilidade
A suspensão segue a lógica tradicional da Volkswagen de priorizar a estabilidade com um acerto mais firme. A carroceria aderna pouco em curvas e é extremamente difícil ver o controle eletrônico de estabilidade em ação. A sensação de segurança até instiga um pouco o motorista a acelerar mais. Nota 8.

Interatividade
Nesse aspecto, o Virtus Highline surpreende pelo opcional Active Info Display, o painel de informações virtual da marca. O motorista decide quais informações ver e essa escolha se dá a partir da central multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque. Além disso, todos os comandos ficam bem localizados e o habitáculo segue a linha racional comum adotada pela marca. Com o pacote tecnológico pago por fora (que custa R$ 4.690) aparecem também sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, que facilitam as manobras de estacionamento, além de sensor crepuscular e de chuva. A chave é presencial e o kit multimídia também trabalha com comandos de voz e traz GPS próprio. Nota 9.

Consumo
O InMetro não divulgou dados oficiais sobre o Virtus. O sedã utiliza o mesmo trem de força do Volkswagen Polo em suas versões de topo e o hatch garantiu médias de 7,9/9,5 km/l e 11,4/13,9 km/l na cidade/estrada com etanol e gasolina no tanque, respectivamente. No três volumes, esses números devem ser ligeiramente piores. Nota 8.

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Conforto
O espaço interno é extremamente favorecido pelo fato de se tratar de um médio-compacto, ou seja, é compacto na largura, mas com comprimento e entre-eixos avantajados – de 4,48 metros e 2,65 m, respectivamente. Há uma ampla área para pernas e joelhos dos passageiros de trás, mas a largura é a típica de um carro pequeno, em que três adultos precisam se apertar um pouco no banco traseiro. O isolamento acústico é eficiente em velocidade alta e a suspensão, apesar de ser um pouco mais firme, consegue absorver boa parte das irregularidades do asfalto. Nota 8.

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Tecnologia
O Virtus é um projeto novo, construído sobre a bem-sucedida e moderna plataforma MQB, que tem um alto nível de rigidez. O motor 1.0 TSI é moderno e adequado à nova tendência de downsizing, que prioriza propulsores menores, ou seja, mais econômicos, porém mais vigorosos — principalmente pela adoção do turbocompressor. Controles dinâmicos de estabilidade e tração, chave presencial e central multimídia são de série na versão Highline, que pode receber ainda um painel digital e personalizável que segue a mesma lógica do virtual cockpit utilizado pela Audi. Em sua categoria e entre as marcas generalistas, o Virtus Highline é, de longe, o mais tecnológico. Nota 10.

Habitabilidade
A cabine traz porta-objetos que facilitam o dia a dia. O porta-malas leva 521 litros. Não é o maior da categoria, mas é bem amplo para um modelo considerado compacto. A altura interna é boa, porém passageiros mais altos podem se sentir incomodados no assento traseiro por conta do caimento do teto. Nota 8.

Acabamento
O interior do modelo não chega a ser requintado, mas os materiais aparentam ter boa qualidade. O plástico rígido é abundante, mas com encaixes e arremates bem feitos. Os tecidos parecem ser resistentes — há opção de bancos de couro, mas não na unidade avaliada — e, de maneira geral, o interior não impressiona e nem decepciona frente aos concorrentes. Nota 7.

Design
O desenho do Virtus aposta em vincos laterais bem marcados, coluna traseira inclinada — com direito a uma espécie de spoiler — e caimento do teto que parece inspirado nos cupês. O resultado é um visual mais esportivo e que se destaca nas ruas. Além disso, não é fácil identificar, pelo menos na questão do design exterior, que se trata de um sedã derivado do hatch Polo. Nota 8.

Custo/benefício
A Volkswagen pede iniciais R$ 79.990 pelo Virtus Highline. Completo, com o pacote tecnológico, rodas de liga leve de 17 polegadas e bancos de couro, chega a R$ 86.680 — a unidade avaliada não tinha os bancos de couro, que custam R$ 800. A cor metálica adiciona R$ 1.469, totalizando o máximo de R$ 88.149. Ele é mais caro que todos os seus concorrentes — inclusive o Toyota Yaris e o Honda City. Porém, é o que tem melhor conteúdo e propulsor turbo — que garante vigor com economia de combustível. O modelo da marca alemã também se destaca em espaço interno. Nota 7.

Total
O Volkswagen Virtus Highline somou 82 pontos em 100 possíveis.

Ficha técnica

Foto: Jorge Rodrigues/Carta Z Notícias

Motor: Gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 999 cm³, com três cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro e turbocompressor. Acelerador eletrônico e injeção direta de combustível.

Transmissão: Câmbio automático com seis marchas à frente e uma a ré com paddle shifts no volante. Tração dianteira. Possui controle eletrônico de tração e bloqueio automático do diferencial.

Potência máxima: 128/116 cv a 5.500 rpm com etanol/gasolina.

Aceleração zero a 100 km/h: 9,9 segundos (etanol).

Velocidade máxima: 194 km/h (etanol).

Torque máximo: 20,4 kgfm a partir de 2 mil rpm.

Diâmetro e curso: 74,5 mm X 76,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.

Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos e barra estabilizadora. Traseira por eixo interdependente com braços longitudinais com molas helicoidais, amortecedores telescópicos hidráulicos e barra estabilizadora. Oferece controle eletrônico de estabilidade.

Freios: Discos ventilados na frente e sólidos na traseira.

Pneus: 205/55 R16 ou 205/50 R17 (opcional).

Carroceria: Sedã em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 4,48 metros de comprimento, 1,75 m de largura, 1,47 m de altura e 2,65 m de distância entre-eixos. Oferece airbags frontais e laterais de série.

Peso: 1.092 kg em ordem de marcha.

Capacidade do porta-malas: 521 litros.

Tanque de combustível: 52 litros.

Produção: São Bernardo do Campo, São Paulo.

Itens de série: Direção elétrica, assistente para partida em aclives, computador de bordo, acesso ao veículo sem o uso da chave e botão para partida do motor, sensores de estacionamento traseiros, controle automático de velocidade, banco do motorista com ajuste milimétrico de altura, luz de leitura dianteira e duas traseiras, três apoios de cabeça no banco traseiro com ajuste de altura, quatro alto-falantes e dois tweeters, antena no teto, ar-condicionado digital, banco traseiro com encosto rebatível bipartido, cintos de segurança dianteiros com ajuste de altura, pré-tensionador e limitador de carga, cintos de segurança traseiros automáticos de 3 pontos, coluna de direção com ajuste de altura e profundidade, bloqueio eletrônico do diferencial, descanso de braço dianteiro com porta-objetos, saídas de ar traseiras, portas USB, retrovisores externos eletricamente ajustáveis com função tilt-down no lado direito, faróis de neblina com luz de conversão estática, faróis duplos, fixação da cadeirinha de criança com sistema Isofix/Top Tether, grade do radiador em preto brilhante com inserto cromado, iluminação do porta-luvas, limpador do para-brisa com temporizador, luz de condução diurna em leds ao lado dos faróis de neblina, manopla da alavanca de transmissão em couro, manopla da alavanca do freio de mão em couro, maçanetas das portas e espelhos retrovisores na cor do veículo, para-sóis com espelhos iluminados para motorista e passageiro, porta-luvas iluminado e refrigerado, porta-revistas nos encostos dos bancos dianteiros, rodas de liga leve de 16 polegadas, sistema de som touchscreen Composition Touch com App-connect, suporte para celular com entrada USB, vidros elétricos dianteiros e traseiros com função “one touch” nos dianteiros e volante multifuncional com aletas para trocas manuais de marchas.

Preço: R$ 79.990.

Opcionais: Revestimento dos bancos e lateral das portas em couro sintético, rodas de liga leve de 17 polegadas, pintura metálica, sensores de estacionamento dianteiros, comando de voz, câmara traseira, detector de fadiga, retrovisor interno antiofuscante automático, indicador de pressão dos pneus, painel de informações digital, sensor de chuva e crepuscular, GPS, sistema Discover Media com tela touchscreen de 8 polegadas com Bluetooth, sensor de aproximação e App-Connect.

Preço completo: R$ R$ 88.149.

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