O segmento dos SUVs, definitivamente, é o mais promissor dos últimos tempos no mercado automotivo global. Esse tipo de veículo tem sido usado pelas fabricantes para alavancar suas vendas, já que caiu no gosto popular. No caso da Renault do Brasil, tanto “glamour” em torno dos utilitários fez a fabricante lançar o Kwid que, apesar de não ser um SUV propriamente dito, tem características de altura semelhantes às dos utilitários e que serviram para o marketing da empresa promovê-lo como tal. O Renault Captur, esse sim um SUV, apresentou bons números de venda em outubro e fechou o mês com a sétima posição no ranking do segmento. Pensando nisso, a montadora francesa já planeja trazer para o Brasil mais um SUV para abocanhar ainda mais essa fatia de clientes aficionados pelo segmento. Trata-se do Koleos, modelo de topo, que chegou a ser prometido pela Renault do Brasil para chegar antes do Kwid, mas foi adiado para o ano que vem como estratégia pelo fim do Inovar Auto e de melhores condições de tributação dos modelos importados.
Funcional e espaçoso, o Koleos 2018 também tem o visual como um atributo a seu favor. O modelo apresenta linhas elegantes, traçados pelo designer Laurens Van Den Acker. A grade frontal destaca o símbolo brilhante da Renault. O emblema “Initiale Paris” vem logo abaixo, confirmando que se trata da versão de topo do carro. As rodas são de liga leve de 19 polegadas com raios diamantados e têm fundo em preto brilhante. Atrás, o jogo de linhas horizontais que se completam às lanternas dão charme ao modelo.
O Renault Koleos será o primeiro da fabricante francesa a ser vendido no Brasil com a nova identidade visual. Ele utiliza a plataforma modular CMFC/D, para os carros médios e médios-grandes da marca, como o Mégane, a minivan Espace, o sedã Talisman e crossover Kadjar, vendidos no mercado europeu. O modelo mede 4,67 metros de comprimento, 1,67 m de altura, 1,84 m de largura e 2,70 m de distância entre-eixos – 5 cm a mais que o Kadjar. Os ângulos de ataque, a serem considerados nos casos de uso off-road, são de 19 graus de entrada e 26 graus de saída, e a distância ao solo é de 21 cm.
Por dentro, o espaço é generoso. O grande teto solar panorâmico garante bons feixes de luz iluminando o habitáculo. O volante tem ajuste de altura e profundidade e apresenta acabamento de boa qualidade. No painel, a instrumentação é virtual e passa informações claras e precisas, com um design bastante limpo. A central multimídia tem tela vertical grande de 8,7 polegadas e tem compatibilidade com as plataformas Android Auto e Apple Car Play. Há ainda porta-trecos por todo o carro, desde o túnel central até a porta do passageiro e no próprio apoio de braço do banco traseiro.
Na Europa, o Koleos usa um motor 2.0 turbodiesel, de 175 cv de potência, acoplado a uma transmissão automática CVT que simula sete velocidades – o carro vem configurado ainda com tração 4X4. Outra opção de propulsão é o 1.6 litro, também a diesel, de 130 cv. Por aqui, a expectativa é de que a Renault use um 2.5 a gasolina de 170 cv, também com câmbio CVT e tração integral.
No mercado europeu, estão disponíveis três versões do Koleos: a Zen, que custa 31.100 euros (aproximadamente R$ 118.400); a Intense, que sai por 33.200 euros (cerca de R$ 126.384); e a de topo Initiale Paris, única a vir para o Brasil, por 40.900 euros (ou R$ 155.700). O Koleos vai brigar por aqui com Volkswagen Tiguan, Chevrolet Equinox, Hyundai ix35 e Jeep Compass. Ainda não há informações de preço do modelo que será vendido no Brasil.
Primeiras impressões
O Koleos é extremamente seguro. Os pneus largos, de baixo perfil, contribuem para a sensação de segurança, além do bom funcionamento dos freios contemplados por discos dianteiros ventilados. O motor diesel 2.0 apresenta respostas imediatas e o câmbio CVT é adequado. Em resumo, o carro tem um bom equilíbrio entre conforto para a família e esportividade para o caso de boas “aceleradas”.
No uso fora de estrada, o Koleos se sai bem, sem fazer cerimônia. São três modos de tração: o 2WD, para condições normais e que favorece a economia de combustível; o 4WD Auto, que move o torque do acionamento para o eixo de trás; e o 4WD Lock, que divide o torque nos dois eixos de maneira igual e contínua. Para sair da lama, basta selecionar uma das duas últimas opções, que o trabalho é facilmente feito pelo sistema de tração. Em relação ao consumo de combustível, foi possível registrar uma média de 15 km/l – nada mal.