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Alfa Romeo 4C Spider foca na emoção e dispensa conforto

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Foto: Divulgação
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Mesmo em seu quinto ano de existência, o Alfa Romeo 4C Spider – o modelo também está disponível na versão cupê – ainda hoje merece atenção. Até porque continua a ser uma raridade no atual panorama automotivo mundial, já que se trata de modelo especial e, propositadamente, produzido em pequena escala. Como foi também o 8C Competizione, de meados da década passada, o ES30/SZ, de finais dos anos 1980, e o Montreal, fabricado entre 1970 e 1977.

Construído artesanalmente na fábrica da Maserati, em Modena, na Itália, o 4C é um esportivo de peso reduzido e com motor transversal montado em posição central-traseira. E só encontra alguma rivalidade em proposta com a Lotus – o Porsche 718 Boxster é mais versátil no dia a dia e não é tão radical, leve ou focado puramente no desempenho. Para os padrões vigentes, o 4C Spider pode ser considerado, na verdade, um puro caso de “anorexia”: peso de 940 kg a seco, dividido na proporção 32% – 68% entre os eixos dianteiro e traseiro. São apenas 45 kg a mais que a configuração cupê, em função da introdução de reforços estruturais, como a barra transversal em aço de alta resistência no compartimento do motor e a moldura do para-brisas em carbono, por exemplo.

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Foto: Divulgação

O motor, no entanto, não impressiona pelo tamanho ou força. Trata-se de um 1.75 litro turbinado de quatro cilindros, capaz de entregar potência de 240 cv. Aí, surgiu a primeira dificuldade: classificar o 4C Spider, já que não tem propulsor de superesportivo, mas sua relação de peso/potência de 3,91 kg/cv e o centro de gravidade inferior até ao de um Lotus Elise o credenciam a isso. A mecânica inclui ainda uma caixa robotizada de dupla embreagem com função Launch Control – de controle de largada – e modo Sport, com aletas para trocas manuais no volante, freios da Brembo com pinças dianteiras de quatro pistões e suspensão por triângulos sobrepostos na frente e do tipo McPherson atrás.

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A busca pelo baixo peso levou à adoção de chassis em fibra de carbono – é também esse o material que mais aparece na cabine –  e à supressão de quase todos os elementos considerados dispensáveis para a tarefa de condução. Por isso, os itens relacionados ao conforto se resumem a um ar-condicionado manual e vidros e travas elétricos. Nada de central multimídia moderna ou outros recursos que possam ser encarados como fúteis. Nem mesmo um sistema elétrico para abrir e fechar o teto. Ausências que podem causar algum espanto, diante do preço cobrado pelo modelo: são 82.150 euros iniciais em Portugal – algo em torno de R$ 312 mil.

 

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Primeiras impressões

O Alfa Romeo 4C Spider é um automóvel em que a razão pouco ou nada importa. E entre os atributos fundamentalmente emocionais de um veículo está a estética. Neste ponto, o 4C Spider deixa pouco espaço para críticas. Suas linhas e proporções o fazem se parecer um pouco com um supercarro em miniatura. É raro alguém que passe sem notá-lo, mesmo as pessoas que menos se importam com o universo automotivo. A possibilidade de remover o teto – de lona no 4C Spider – é só a cereja no topo do bolo para um apelo visual ainda mais destacado.

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Foto: Divulgação

Sentado praticamente no chão, o condutor experimenta uma posição de condução muito boa, apesar das limitadas regulagens do banco. Os pedais, montados na vertical, são primorosos, em especial o do freio, colocado em posição central e utilizado facilmente tanto com o pé direito quanto com o esquerdo. Já o teto removível, no entanto, é pouco prático e mais fácil de desmontar do que de colocar, exigindo até alguma força física. Quando removido, é preciso guardá-lo em um porta-malas que suporta apenas 110 litros de bagagem, ou seja, sobra quase nada para o resto.

O motor, cujo torque máximo é de 35,7 kgfm entre 2.200 rpm e 4.250 rpm, responde de forma apenas aceitável, mesmo no modo Sport. O propulsor demora mais a reagir às pisadas do acelerador do que os outros turbinados mais recentes, que têm uma resposta mais imediata. A interação com a transmissão automatizada de dupla embreagem e seis velocidades é boa, o que contribui para a boa marca de 4,5 segundos para cumprir o zero a 100km/h. Já a velocidade máxima é de 258 km/h. Para tanto, o barulho do propulsor se torna exagerado, principalmente quando se opta por um passeio ao ar livre, sem o teto de lona.

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