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Vendas de veículos têm queda de 14,6% em fevereiro

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As vendas de veículos registraram uma queda de 14,6% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2020, segundo o balanço divulgado na última semana pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Foram emplacados, ao todo, 153,6 mil veículos em fevereiro. Este número representa uma queda de 0,9% em comparação com janeiro.

Os carros de passeio tiveram uma queda ainda maior em relação a fevereiro do ano passado, 21,2%, com a comercialização de 120,8 mil unidades.

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Os caminhões, por outro lado, tiveram um crescimento de 20,1% nas vendas do último mês, com o emplacamento de 7,4 mil unidades. A estatística representa também um aumento de 6% em relação à comercialização em janeiro.

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Produção também foi reduzida

A produção de veículos também sofreu queda, conforme o balanço nacional. Houve uma redução de 3,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2020, com a fabricação de 197 mil unidades. No segmento de carros de passeio, a retração ficou em 10,6%, com 155 mil automóveis produzidos na totalidade. Como nas vendas, contudo, os caminhões registraram uma alta na produção de 29,3%, com a fabricação de 11,8 mil unidades.

“É um resultado que já está impactado pelo início do ano difícil que nós temos pela frente”, destacou o presidente da Anfavea, Luis Carlos Moraes. “Eu considero um número bom levando em conta as condições que nós estamos”, acrescentou sobre a avaliação do começo de ano com diversas complicações causadas não só pela crise da pandemia de coronavírus, mas também por dificuldades no suprimento de diversos materiais.

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Pior resultado em cinco anos

O resultado de fevereiro foi o pior para o mês desde 2016. “O setor automobilístico é mais afetado do que outros setores porque ele está em uma cadeia global, então tem uma dificuldade de organizar a logística”, acrescentou Moraes.

As exportações também tiveram queda em fevereiro, sendo 12,2% menores do que no mesmo mês de 2020, com a venda de 33 mil veículos para o exterior. No entanto, em valores, houve um crescimento de 10,4%, alcançando os US$ 607,9 milhões. Isso porque, segundo o presidente da Anfavea, as vendas foram melhores nos setores de veículos pesados e que têm valores mais altos.

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Indústria defende intensificação da vacinação

Ainda conforme afirmação de Moraes, a indústria automobilística defende que haja uma maior coordenação e agilização da vacinação no país. “Infelizmente estamos vivendo um momento crítico, um caos, um agravamento da crise sanitária em todos os indicadores”, enfatizou sobre a situação atual. “Nós estamos pedindo uma aceleração da vacinação nesse país. Tem que ter um programa coordenado entre governo federal e secretarias estaduais”, acrescentou.

A classe trabalhadora, naturalmente, também foi duramente impactada com o cenário caótico e de crescimento significativo dos casos e óbitos por Covid-19. O número de funcionários nas montadoras sofreu uma retração de 2,4% em fevereiro na comparação com o mesmo período do ano passado, o que significa a perda de 2,6 mil postos. Atualmente, a indústria emprega 104,7 mil pessoas.

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