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Novo Jetta deve chegar ao Brasil… mas só em 2019

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Poucos carros são tão representativos atualmente quanto o Jetta no line up da Volkswagen. O sedã médio está prestes a atingir a sua quarta década de vida – surgiu em 1979 – e sua sétima geração foi apresentada no último Salão de Detroit, em janeiro deste ano. No Brasil, deve aparecer no próximo Salão de São Paulo, que abrirá as portas no dia 8 de novembro. As vendas, no entanto, não devem começar antes de 2019 no país, importado do México.

O três volumes finalmente adota a plataforma MQB, moderna e versátil, que já é usada por quase todos os modelos de motores transversais do grupo Volkswagen, como os Volkswagen Golf, Polo e Tiguan e os Audi A3 e Q2, por exemplo. O carro está 4,3 cm mais comprido do que antes, com um total de 4,70 metros, com distância entre-eixos de 2,68 m. Ao adotar a nova plataforma, o peso foi reduzido em aproximadamente 100 kg e fica em 1.373 kg quando equipado com transmissão automática.

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O motor é o quatro cilindros 1.4 turbo que move os Volkswagen Golf e Tiguan e os Audi A3 e Q3, além do próprio Jetta de sexta geração na sua versão de entrada, Comfortline – a Highline recebe um 2.0 TSI de 211 cv, que equipa o Golf GTI. A gasolina, o 1.4 rende 150 cv e 25,4 kgfm de torque. Durante a apresentação do novo Jetta no Salão de Detroit foi anunciado que, para os Estados Unidos, a transmissão seria automática com oito velocidades. No mercado mexicano, no entanto, foi adotado o câmbio automático Tiptronic de seis marchas. Em termos de segurança, todas as versões trazem seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, ABS, controle eletrônico de estabilidade e tração e, no caso da variante de topo Highline, sensor de ponto cego e câmara de ré.

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O interior reserva uma central multimídia com tela sensível ao toque, de oito polegadas, com diversos recursos tecnológicos. Além de alta resolução e GPS, ela traz compatibilidade com sistemas Android Auto, Apple CarPlay e até mesmo Mirrorlink. O ar-condicionado é de duas zonas e a configuração mais cara conta também com teto solar elétrico e bancos com aquecimento e refrigeração. No México, os preços partem de 329.900 pesos mexicanos, cerca de R$ 59 mil, na versão Comfortline, e de 422.900 pesos mexicanos na mais cara, a Highline, ou seja, próximo a R$ 75.500. No Brasil, no entanto, a sexta geração está sendo entregue por R$ 94.190 e R$ 108.600, nas mesmas configurações, respectivamente.

Primeiras impressões

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O interior do Volkswagen Jetta já prende a atenção pela montagem com materiais de qualidade e ainda de muito bom gosto. Plásticos macios e inserções em tom de grafite, além de preto brilhante, se misturam a acabamentos metálicos nos botões e volante, criando uma atmosfera agradável, sóbria e elegante. A tela da central multimídia, com oito polegadas, traz excelente resolução e brilho e também se mostra bem rápida, na mesma velocidade dos telefones celulares de última geração. Além disso, é compatível com Apple CarPlay, Android Auto e Mirrorlink, facilitando a interação com diferentes modelos de smartphones.

O ar-condicionado automático e dual zone e o teto solar avantajado com cortina translúcida favorecem a experiência a bordo. Os assentos são forrados em couro sintético e recebem bem seus ocupantes, sendo bastante confortáveis para longas viagens. O fato de proporcionarem refrigeração, além de aquecimento, também agrada – principalmente para países tropicais, como o Brasil. Atrás, há muito espaço para as pernas e dois adultos viajam com total conforto. Um terceiro ocupante pode se ajustar ali, mas faz com que algum aperto apareça. Há decepções para quem viaja na parte traseira: faltam entrada USB, saídas de ar e tomada de 12 V. E o acabamento presente nas portas da frente são diferentes dos de trás e visivelmente inferiores.

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A adoção da transmissão automática de seis velocidades não decepciona. Afinal, optar pela de oito marchas oferecida no mercado estadunidense deixaria o sedã bem mais caro. E como não há a intenção de vender o novo Jetta na Europa, não faria sentido desenvolver variantes com dupla embreagem. A caixa adotada não chega a ser tão ágil quanto a DSG, mas pode ser mais confiável no médio e longo prazo em função da manutenção mais barata. Além disso, aliada ao propulsor 1.4 turbo de 150 cv, há torque suficiente para acelerar facilmente. Mesmo não sendo a principal proposta de um sedã médio, é possível extrair boa dose de esportividade do modelo.

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