A venda de veículos teve uma queda de 3,3% em junho com o licenciamento de 182,5 mil, ante as 188,7 mil vendidas no mês de maio. Já na comparação com junho do ano passado, foi registrado um aumento de 37,4% nas vendas, já que naquele período foram comercializados no mercado interno 132,8 mil unidades. No primeiro semestre, o crescimento foi de 32,8%, ao totalizar 1.074,2 veículos licenciados. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (7) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Segundo os dados, as exportações atingiram as 33,5 mil unidades, 9,4% a menos do que no mês anterior, quando esse número foi de 37 mil. Na comparação com junho de 2020, quando foram comercializadas no mercado externo 19,4 mil veículos, houve crescimento de 72,6%. No primeiro semestre de 2021, as exportações aumentaram 67,5%, com a venda de 200,1 mil autoveículos para outros países. No mesmo período do ano passado, esse número foi de 119,5 mil.
A produção em junho foi de 166,9 mil unidades, 13,4% a menos do que no mês anterior quando esse número foi de 192,8 mil. Na comparação com junho de 2020, quando foram produzidos 98,4 mil veículos, houve crescimento de 69,6%. No primeiro semestre de 2021, a produção foi de 1.148,5 milhão de autoveículos, 57,5%, a mais do que no primeiro semestre do ano passado quando esse número foi de 729,3 mil.
De acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, a queda da produção se deve à baixa oferta de semicondutores na indústria, problema que afeta as indústrias do mundo inteiro. “Acredito que a falta de semicondutores tenha impedido a produção de algo entre 100 mil e 120 mil novos veículos no primeiro semestre”, disse.
Segundo o balanço mensal da Anfavea, o nível de emprego no setor automobilístico teve queda 1,3 % em junho e tinha 102.732 postos de trabalho ocupados, enquanto em maio esse número era de 104,082. Na comparação com junho de 2020, quando estavam empregados 105.520 trabalhadores no setor, houve queda de 2.6%.
Emplacamentos segundo a Fenabrave
Já conforme balanço divulgado na última semana pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o número de emplacamentos de veículos no Brasil em junho chegou a 309.560 unidades, o que representa uma queda de -3,03% na comparação com o mês anterior, quando foram emplacados 319.244 automóveis. Na comparação com os emplacamentos de junho do ano passado, no entanto, houve aumento de 59,31%, já que naquele período foram vendidos 194.307 veículos.
Os dados mostram ainda que, no acumulado dos seis primeiros meses do ano, foram emplacadas 1.702.887 unidades. Na comparação com o mesmo período de 2020, quando foram emplacadas 1.225.542 unidades, houve um crescimento de 38,95%.
Para fazer a análise, a Fenabrave considera os automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros para fazer a contagem.
“Apesar da ligeira retração de junho sobre maio, o mercado consolidou sua trajetória de recuperação no primeiro semestre. A queda de junho sobre maio ocorreu por causa da escassez de produtos nas concessionárias em função da falta de componentes na indústria, que ainda não conseguiu retomar sua produção normal. Como resultado tivemos resultado na maioria dos segmentos”, analisou o presidente da entidade, Alarico Assumpção Júnior.
Expectativas
Segundo a Fenabrave, a previsão revisada para 2021 é de crescimento de 13,6% para as vendas no setor, atingindo 3.455.080 unidades emplacadas. O percentual estimado em janeiro era de 16,6% e foi ajustado para se adequar ao quadro econômico atual.