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Para o alto e avante

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O A4 mudou de status. Com o médio A3 no posto de sedã de entrada da Audi, a nova geração do A4 foi empurrada para cima e subiu um degrau na cadeia do mercado de luxo. Isso se reflete principalmente na tecnologia embarcada, no requinte e, claro, no preço do modelo. O novo A4 chega em uma versão única de lançamento, com motor 2.0 de 190cv e muito bem equipado, por R$ 172.990. Outras três configurações virão em seguida, com mesmo motor e preços aproximadamente 15% maiores. A Attraction, que custa R$ 159.990, e a Ambiente, de R$ 182.990, desembarcam em maio. A top de linha Ambition, com motor 2.0 de 252cv, só dá as caras no segundo semestre e não tem seu preço definido ainda.

Referir-se ao A4 de nona geração como novo não é apenas retórica. Tudo no modelo foi mexido: de plataforma e motor à carroceria. O visual manteve o mesmo aspecto geral da antiga geração, com conjuntos óticos dianteiros e traseiros horizontais, que valorizam a largura do modelo. Só que agora faróis e lanternas ganharam uma nova assinatura, com aspecto mais tridimensional. A linha de cintura alta reforça a ideia de robustez e os recortes mais angulosos no capô e porta-malas modernizaram a estética do sedã. As dimensões também quase não mudaram. Ganhou apenas 2,5cm no comprimento, 1,6cm na largura e 1,2cm na distância de um eixo ao outro, com exatamente a mesma altura. As medidas ficaram com 4,73 metros de uma ponta à outra com 1,83m de largura, 2,82m de entre-eixos e 1,43m do chão ao teto.

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Uma alteração importante foi no conjunto mecânico. O antigo motor 1.8 turbo de 170cv e câmbio CVT dá lugar ao 2.0 TFSI de 190cv e transmissão de dupla embreagem com sete velocidades. Este propulsor tem duplo sistema de injeção – direta e multiponto – conjugado com o sistema de variação de abertura de válvulas de funcionamento bem sofisticado. Em situações pouco exigentes, as válvulas são mantidas abertas no início da compressão, o que reduz o esforço na subida do pistão. É como se o volume do motor fosse reduzido para 1.4, embora o resultado da explosão seja aproveitado integralmente por todo o volume do cilindro. Como resultado, os índices de consumo e de emissões caíram dramaticamente. Segundo o InMetro, o A4 percorre 11km/l em ciclo urbano e 14,3km/l na estrada, com nota A na categoria. O A4 anterior obteve nota B.

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Como vem ocorrendo com as novas gerações dos modelos da Audi, o A4 passou a contar com o chamado Cockpit Virtual da marca. Trata-se de uma tela de 12,3 polegadas que ocupa todo o quadro de instrumentos. Através do volante multifuncional, o condutor navega pelas informações do computador de bordo, do sistema multimídia, dos modos de condução – que alteram direção, câmbio e resposta do motor – e do GPS. Todos estes recursos são replicados ainda na tela central, com comando através de botões no console central. Uma terceira tela, opcional, é mais minimalista. Trata-se do head up display, que projeta no vidro à frente do motorista a velocidade e as direções indicadas pelo sistema de navegação.

Envolvendo esta tecnologia interativa, o A4 ganhou um certo refinamento. O interior combina superfícies em alumínio com revestimentos em couro sintético e plásticos soft touch. Os bancos também recebem acabamento em couro sintético. Uma boa parte da sofisticação oferecida pelo A4 só aparece na lista de opcionais. Caso da sonorização da dinamarquesa Bang & Olufsen, com subwoofer e 19 alto-falantes, do teto solar e até de um prosaico controle de cruzeiro.

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Em um segundo momento, a Audi promete disponibilizar no A4 um controle de cruzeiro adaptativo – provavelmente com a versão mais esportiva, a Ambition, de 252cv. Este sistema chegará junto com o Traffic Jam Assist, um assistente de engarrafamento, que controla o movimento do veículo no para-e-anda urbano em velocidades de até 65km/h.

Por enquanto, há apenas a possibilidade do side assist, que monitora o tráfego lateral, e do pre-sense rear, que prepara o carro para uma colisão traseira. Com o arsenal do novo A4, a Audi força para cima os limites de requinte e tecnologia do segmento de sedãs médios superiores. E a resposta a isso deve aparecer nas novas gerações do Mercedes-Benz Classe C e do BMW Série 3. Mas elas só devem chegar ao mercado na virada para a década de 2020.

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