A Mazda quis voltar ao mercado dos roadsters. E não é a primeira vez que a marca oferece um modelo de teto retrátil e rígido – como o icônico MX-5, também conhecido como Miata. A terceira geração do carro chegou com esta solução e, com ela, um surpreendente crescimento de vendas. Além disso, o MX-5 foi o modelo que recuperou, há quase 30 anos, os roadsters, que estavam praticamente abandonados. No ano passado, a fabricante exibiu, no Salão de Nova Iorque, o MX-5 RF, que ostenta silhueta em forma de cupê ou conversível.
O Mazda MX-5 RF, em sua quarta geração, em sentido restrito, já não é um roadster. Mas bem se trata de um conversível tipo Targa, ou T-top, já que está mais curto que antes. O teto é completamente automático e é fechado e aberto em apenas 12 segundos em velocidades até 10 km/h. O modelo manteve intacto o bagageiro de 127 litros.
Sob o capô, o MX-5 RF – sigla para Retractable Fastback – tem um 2.0 litros aspirado de 155 cv e 20,5 kgfm de torque. A transmissão é automática deseis velocidades com paletas de trocas atrás do volante. A tração é feita no eixo posterior.
Por dentro, tamanho é reduzido. Uma pessoa de 1,80 m fica bem próxima ao teto. No caso de ocupantes de massa considerável, a comodidade nas viagens também é sacrificada. Além disso, a praticidade não é um ponto forte do MX-5 RF, já que não há tantos porta-objetos. Há o suficiente para guardar um telefone ou algum dinheiro, por exemplo.
Por outro lado, a qualidade dos materiais merece destaque. Tudo o que se vê e se toca transmite sensação de requinte. Há tela sensível ao toque em cores na parte central superior do cluster que é operada mediante controle localizado no centro do console. Em relação à segurança, tem bolsas de ar frontais e laterais, freios ABS e controle de estabilidade. (Colaboração de Victor Alves/Auto Press)
Primeiras impressões
Atrás do volante, o Mazda MX-5 RF se mostra ágil e comunicativo com o condutor. O modelo é capaz de proporcionar diversão até mesmo em velocidades de 80 km/h, algo que em qualquer outro esportivo seria uma grande “chatice”.
A velocidade não é uma de suas fortalezas. O zero a 100 km/h é realizado em 7,3 segundos. Nesse caso, torna-se notável a proposta do carro de transmitir o desfrute dos caminhos e as sensações que um veículo pode passar ao condutor. As curvas são feitas com certa “perfeição”, o que significa que estradas sinuosas são um verdadeiro parque de diversões para esse carro.
A caixa automática oferece boas doses de conforto, mas seria ideal se tivesse uma opção com câmbio manual. As trocas são rápidas. Mesmo não sendo uma transmissão de dupla embreagem, ela permite aproveitar bem o torque do motor, que, por sinal, é bem consistente em baixos e médios regimes de rotação _ ainda mais quando se opta por trocar as marchas pelas paletas.