O avanço tecnológico traz uma série de vantagens, mas também obriga os motoristas a prestarem atenção na hora de repor peças. É o caso da vela de ignição.
Em um passado não muito distante, a vela de ignição era uma só, e não havia muitas variações sobre o tema. Mas agora, além das velas tradicionais e normais, existem as especiais, com metais nobres como irídio ou platina.
Se o motor do carro veio com uma dessas duas versões, no momento de trocá-las, é necessário atentar para a troca do equipamento de mesma qualidade, porque o motor foi projetado para elas.
Por outro lado, se o motor veio com velas tradicionais, e o mecânico sugerir uma vela de ignição com metal, é boa ideia: seu motor só vai ter a ganhar.
Por que usar vela de ignição com metais nobres?
A função da vela de ignição é gerar uma faísca entre seus eletrodos, internos à câmara de combustão, provocando a queima controlada da mistura ar/combustível.
Esta faísca salta do ponto mais afiado do eletrodo central para o ponto mais afiado do eletrodo lateral. Por isso, o motorista deve preferir um plugue que mantenha sua ponta afiada por mais quilômetros. Metais preciosos como platina e irídio são mais duros e têm temperaturas de fusão mais altas do que os eletrodos de níquel encontrado em velas de cobre.
Com essa composição, a vela de ignição se torna mais resistente à corrosão em um motor a combustão, funcionando bem melhor que velas convencionais. Isso ocorre porque as velas de irídio aumentam a potência da faísca gerada no propulsor.
O irídio não é um bom condutor energético, por isso, para a fabricação de velas com esse material, é necessário realizar uma liga com outros materiais, como cobre, platina e zinco. Isso resulta numa liga muito dura, com excelente condutividade elétrica e com alto ponto de derretimento (de quase 2.500 graus).
Além disso, os eletrodos feitos com esse material podem ser mais finos, fazendo com que a tensão usada para promover a faísca na vela de ignição seja menor, reduzindo a carga no sistema do motor.