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Veja 5 razões que influenciam na desvalorização do seu carro

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Ao tirar um carro da concessionária, o freguês já está ciente: seu possante dos sonhos acaba de ficar desvalorizado. O fenômeno da depreciação é impiedoso e abate-se sobre qualquer veículo. Todavia, há diferenças que devem ser observadas pelo comprador que quer, no futuro, perder um pouco menos de dinheiro na hora de revender seu usado. De uma forma geral, o estado de conservação do carro, que depende única e exclusivamente do dono, é o que mais será avaliado. Mas há outras variáveis que influenciam na desvalorização dos automóveis, como a fama da fabricante e as tendências de consumo.

Segundo Guilherme Vasconcelos, gerente de vendas do Grupo Union, que em Juiz de Fora reúne as concessionárias Jeep e Citroën, alguns modelos tendem a sofrer uma maior desvalorização em relação a outros. “Há casos em que alguns carros depreciam mais, sim, e isso depende da aceitação do mercado.” Ou seja, um modelo que está “bombando” nas lojas geralmente deprecia menos, como observa Pedro Campos, líder kaizen de vendas da Imperial Toyota. “Esse ano estamos na moda dos SUV. Então, esses carros estão tendo mais procura e, consequentemente, não sofrem tanta desvalorização”. Para Leonardo Gomes, sócio-proprietário da Nila Veículos, especializada em seminovos, “é a velha lei da oferta e da procura: carros que estão em alta no momento tendem a perder menos valor.”

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Vasconcelos chama a atenção também para fatores locais. Segundo ele, carros que sugerem uma dificuldade maior na hora de buscar manutenção e assistência perdem mais valor. “Marcas de importados sem assistência no Brasil ou que não possuam concessionária na cidade têm parâmetros diferentes de avaliação”, adverte. Abaixo, listamos cinco aspectos que você deve conhecer para entender melhor como seu carro perde valor.

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1 – Estado de conservação

É o que mais influencia na depreciação de um carro e – oba! – cabe só a você, caprichoso leitor, cuidar para que seu carro esteja em bom estado. Veículos repintados, com muitos riscos na lataria, estofados mal tratados, ou seja, com aspecto de desleixo, certamente serão avaliados para baixo. Além disso, fazer as manutenções periódicas é essencial. “É importante averiguar se o veículo teve suas revisões realizadas em dia, se não sofreu nenhuma colisão grave, se todos os equipamentos estão funcionando, ou seja, se o carro foi bem cuidado pelo proprietário”, orienta Leonardo Gomes.

2 – Quilometragem

É uma das primeiras características que serão observadas pelo comprador, conforme Guilherme Vasconcelos. Gomes assina embaixo e resolve a equação, que é bem simples: “Quanto maior for a distância percorrida e menor o tempo de utilização do veículo, mais severa será a desvalorização”. Isso porque o número de quilômetros rodados influencia diretamente no desgaste de itens como pastilhas de freios, pneus, amortecedores etc. “Condições dos pneus contam bastante, já que é um item de ‘alto custo’ para reposição”, afirma Pedro Campos, advertindo: “carros com mais de 100 mil km rodados sofrem uma depreciação muito grande por conta de preconceito do público na hora da recompra”.

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3 – Lei da oferta e da procura

Carros que estão em alta com os consumidores normalmente têm uma depreciação menor, pois circulam mais facilmente no mercado. É o caso dos SUV atualmente, vide a paixonite recente pelo Jeep Renegade. Aí entra muito em jogo também a questão da “fama” do automóvel: se tem manutenção cara, se costuma dar problemas mecânicos, se a marca é conhecida por fazer muito recall… estas são variáveis que geralmente depõem contra o veículo. “Algumas montadoras passam confiança aos consumidores, eles sabem que não ficarão na mão com o carro”, avalia Campos, exemplificando e vendendo seu peixe: “Quem já viu um Corolla estragado no meio da estrada?”

4 – Atualidade

“Carros que já saíram de linha costumam encontrar maiores problemas na hora de ser avaliados”, observa Vasconcelos. Mesmo quando busca um seminovo, o comprador geralmente já está pensando na revenda. Portanto, veículos que deixam de ser fabricados sofrem uma depreciação mais forte, pois estar fora de linha implica outros fatores, como, por exemplo, maior dificuldade de adquirir peças.

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5 – Originalidade

“Quanto mais original for o veículo, maior será sua valorização”, garante Gomes. Automóveis muito mexidos, customizados ou “papagaiados” demais perdem valor no mercado. “A personalização não é muito bem vista. A instalação de acessórios que alteram as características originais do carro, o vulgo ‘tunado’, incorre em desvalorização”, afirma Campos. Pinturas “diferentes”, jogo de rodas invocadas, cortes na lataria, estofados extravagantes… Geralmente quem faz esse tipo de modificação no carro pretende ficar com ele por bastante tempo. Se optar por se desfazer do veículo, deverá procurar outro adepto da customização para tentar fazer um bom negócio. Do contrário, venderá por um preço bem abaixo da média.

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