O mercado de automóveis, mesmo que de forma ainda lenta no Brasil, caminha para a eletrificação. Com o segmento de duas rodas isso não é diferente e já há várias marcas oferecendo sobretudo scooters no País. As vendas vêm crescendo também por causa da pandemia, que fez com que muita gente decidisse fugir do transporte público.
De acordo com um recente estudo feito por um dos maiores canais de comércio eletrônico do País, o interesse dos brasileiros por motos elétricas cresceu quase 1.200%. O salto foi registrado no período entre maio de 2020 e o mesmo mês de 2021.
Enquanto as gigantes não entram na disputa, quem vêm lucrando são as marcas menores, como Aima, Shineray e Voltz. Em síntese, elas dominam o mercado brasileiro de motos elétricas e têm boas opções.
Voltz EVS E EVS Sport
Com estilo de street, os modelos EVS e EVS Sport são um dos destaques da Voltz. Feitas em Recife, elas têm opções com uma ou duas baterias que garantem autonomia de 100 km e 180 km, respectivamente.
Com potência de até 7.000 Watts, elas podem alcançar os 120 km/h Os preços sugeridos partem de R$ 20.490.
Há ainda o EV1, scooter lançado no início de 2020 com o sobrenome Sport. Com potência de 3.000 W, ele chega a 75 km/h e tem autonomia de até 180 km.
O pacote de equipamentos inclui entrada USB, conexão de smartphone por meio de Bluetooth e chave presencial. A tabela é de R$ 12.990.
Em maio, a empresa brasileira anunciou que recebeu um aporte de R$ 100 milhões. Com isso, promete erguer uma fábrica em Manaus e ampliar a oferta de modelos. Além disso, a empresa pretende aumentar a rede de concessionárias.
Shineray
Da chinesa Shineray, que monta modelos no Polo Industrial de Suape (PE), a mais barata das três opções é a SE1, que vem com bateria removível de íons de lítio. O motor indutivo instalado na roda traseira gera 2.000 W de potência.
De acordo com a fabricante, após oito horas de recarga em tomadas convencionais, a autonomia chega a 80 km. A velocidade máxima é de 60 km/h e o preço é de R$ 9.900. Esse valor não inclui o frete que, de acordo com informações da empresa, varia de acordo com a região.
Energie
Também com estilo vintage, a Energie Mobi Super Soco TC lembra modelos dos anos 1950. A motocicleta produzida em São Paulo tem bateria de íons de lítio de 60V e motor Bosch de 1500 W de potência.
Segundo a marca, a velocidade máxima é de 75 km/h e a autonomia é de 60 km. Porém, com uma bateria extra, a autonomia pode chegar a 120 km.
A tabela é de R$ 21.900. De série há itens como iluminação full-LEDs, painel de LCD e suspensão traseira ajustável.
MUUV
Além do simpático visual retrô, a Muuv Chooper SE tem banco com assento único, guidão alto e motor de 2000 W. Porém, a autonomia é de apenas 40 km. De série, há equipamentos como carregador para celular e alarme. O preço sugerido é de R$ 15.545.
A startup brasileira aposta também nos modelos Beach e Custom, com várias versões de acabamento. Nesse caso, os preços vão de R$ 10 mil a R$ 16 mil, de acordo com a empresa.
No caso da Chopper SE, a velocidade máxima é de 50 km/h, segundo dados da marca. O modelo é bem equipado e traz itens como farol de LEDs, conexão com celulares por Bluetooth e freios a disco nas duas rodas.
Mercado promissor
Embora as marcas maiores não ofereçam motocicletas e scooters elétricos no País, no exterior os lançamentos não param de chegar. Um dos maiores mercados desse tipo de modelo é a China. Não por acaso, a japonesa Honda escolheu o país vizinho para apresentar o U-BE.
No mercado chinês, o modelo, que tem autonomia para rodar até 80 km, é classificado como uma bike elétrica. O preço gira em torno dos R$ 2.500, na conversão direta, sem impostos. Ou seja, o equivalente ao valor de um iPhone 8 no Brasil.
A TE-1 é a primeira motocicleta 100% elétrica da britânica Triumph. Por ora, trata-se e um protótipo, mas a marca promete lançar a versão de produção até o fim deste ano.
Entre as marcas de luxo, a BMW é uma das que largaram na frente e apresentou, em julho, seu primeiro modelo elétrico de duas rodas. Batizado de CE 04, o scooter tem autonomia para rodar até 130 km.
A bateria é de 60,6Ah (equivalente a 8,9 kWh) e o motor – montado entre a bateria e a roda traseira – tem 31 kW de potência. Ou seja, cerca de 42 cv.
Por enquanto, a BMW não informou quando o modelo chegará ao Brasil. Porém, a filial brasileira da marca informou ao “Jornal do Carro”, do “Estadão” que não descarta essa possibilidade. Seja como for, isso não deve ocorrer antes de 2022.