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Reestilizado na Europa, Jeep Renegade ganha versatilidade

1. Jeep
2. Jeep
Foto: Divulgação
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O Renegade é o principal responsável pelo crescimento vertiginoso da Jeep no mercado europeu. O SUV compacto, que passa por seu primeiro face-lift, foi lançado em 2014 como modelo de entrada da marca, foi o primeiro carro da marca produzido no Brasil e também na Itália, país onde ocorreu a avaliação. Só no continente europeu, já conquistou cerca de 800 mil clientes. Apenas na Itália, a Jeep multiplicou as vendas da marca em 14 vezes desde 2010. Um resultado que pode ser explicado de maneira bastante simples: por um lado, a demanda por SUVs e crossovers virou o mercado do avesso e, por outro, a marca até então premium se tornou mais acessível a consumidores de classes sociais nem tão altas assim. O que obviamente se refletiu nas vendas. Daí a importância desta reestilização, que inseriu pequenas mudanças no visual do carro — que chegarão ao Brasil em novembro deste ano — e uma nova gama de motores para atender às normas mais severas antipoluição. Sem deixar, é claro, de manter a vocação para o fora de estrada que a fabricante carrega.

O Renegade não chegou a ter seu desenho tão mexido na linha 2019, mas certamente subiu um nível nesse aspecto. A começar pelos faróis full led, apresentados com um corte marcado e refinado, dando a toda a frente do carro um aspecto mais quadrado e alinhado à identidade visual adotada nos últimos lançamentos — como Wrangler, com o qual as afinidades em pequenos detalhes do design são evidentes. Na versão avaliada, a Limited, entraram também novas rodas de liga leve de 19 polegadas e caixas de roda. Na traseira, as lanternas têm novos grupos óticos com um desenho mais elaborado. No geral, o exterior é mais robusto.

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Por dentro, alguns detalhes foram revistos. Caso do conta-giros, que traz gráficos mais apropriados que os anteriores. A central multimídia cresceu, chegando a 8,4 polegadas e ainda com tela sensível ao toque. Os comandos da climatização também passaram para o equipamento e o carro agora conta com uma segunda tomada USB, esta nova direcionada para os passageiros que viajam atrás.

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Foto: Divulgação

As leis de emissões estão ficando mais duras e está cada vez mais difícil para as marcas fugirem de um processo de eletrificação em seus veículos. Tanto que já está nos planos da FCA uma variante híbrida plug-in para o Renegade — e para todos os modelos da Jeep até 2022. Enquanto essa configuração não chega, a Jeep tratou de desenvolver uma nova gama de motores já predispostos para acomodar um sistema híbrido. A gasolina, as opções começam por um MultiAir III, com três cilindros e 1.0 turbo, capaz de entregar 120 cv de potência e 19,4 kgfm de torque máximo. Há ainda um 1.3 litro, este de quatro cilindros e também turbinado, mas com duas potências disponíveis, de 150 cv ou 180 cv. O torque, no entanto, é sempre o mesmo: 27,5 kgfm. As diferenças, neste caso, são confiadas à transmissão. Esses motores são iguais aos Firefly feitos no Brasil, com um novo cabeçote e acrescidos de turbo.

No 1.3 turbinado de 150 cv, pode ser inserida uma caixa de câmbio de seis velocidades automatizada e de dupla embreagem, para tração 4X2, enquanto o de 180 cv recebe a transmissão automática de nove marchas e tração 4X4. Na Europa, há ainda duas opções de motores movidos com diesel: 1.6 litro de 120 cv ou 2.0 de 140 cv ou 170 cv — esta última configuração está disponível no Renegade brasileiro. Também neste caso, o motor menor pode ser combinado com o câmbio de dupla embreagem, enquanto o maior também inclui a tração nas quatro rodas e câmbio automático de nove velocidades. Os preços começam em 22 mil euros, algo em torno de R$ 94 mil.

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Primeiras impressões

Foto: Divulgação

Para a avaliação, foi disponibilizada inicialmente uma unidade com motor a gasolina de 1.3 litros turbo e 150 cv. Ou seja, com tração 4X2 e transmissão automatizada de dupla embreagem. E basta entrar no Jeep Renegade Limited para perceber sua solidez inegável. A posição de condução oferece excelente visibilidade — principalmente em função do para-brisa praticamente vertical, que lembra os modelos mais aventureiros da marca. E basta rodar um pouco para perceber a indiscutível sensação de confiança que o Renegade proporciona. O crossover se deixa levar pelo motorista com uma precisão e rigor decididamente acima da média do segmento ao qual pertence.

A caixa de câmbio automatizada de dupla embreagem é bastante vigorosa e o torque de 27,5 kgfm impressiona. Na verdade, a Jeep trabalhou para garantir ao Renegade um ânimo bem diferente da resposta menos empolgante dos CVTs japoneses e até mesmo da transmissão automática de nove marchas, adotada no mesmo propulsor, mas com 180 cv de potência. O recheio tecnológico é outra vantagem: há alerta de colisão frontal, com frenagem de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, monitor de ponto cego e alerta de tráfego cruzado traseiro, por exemplo.

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Foto: Divulgação

Já a rota direcionada ao off-road foi feita com motor 2.0 diesel de 170 cv e trouxe à tona uma dinâmica de direção bastante inesperada. A impressão é que a Jeep deu um passo à frente nas habilidade fora de estrada do Renegade nessa atualização. O percurso destacou um sistema de suspensão extremamente confiável, com uma facilidade que impressiona para as típicas manobras de off-road — mesmo quando se enfrentam obstáculos a uma velocidade bem acima das situações da vida real, em que a rota é geralmente desconhecida.

O Jeep Renegade 2019 oferece uma infinidade de opções, dependendo do uso pretendido pelo consumidor. De veículo ágil e espaçoso para a cidade, pode de fato se tornar um aliado valioso para aqueles que se interessam por uma diversão mais aventureira. Talvez não seja tão especializado nesse aspecto, mas certamente está bem acima das necessidades reais daqueles que o compram.

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