Carlo Valente*
Infomotori.com
É grande a expectativa em relação ao mercado de carros elétricos no cenário automotivo global. Entre os protagonistas deste tipo de tecnologia se destaca o novo Smart ED, de Electric Drive. Com carroceria em dois tons, o subcompacto urbano se dá bem na Europa, onde já há vagas e recargas gratuitas em estacionamentos para esses veículos ou com carga ao custo de 5 ou 6 euros, ou seja, em torno de R$ 20 ou R$ 25, para rodar até 145 km. Isso sem falar no torque instantâneo e seus competentes 82 cv de potência. A Smart, que pertence à Mercedes-Benz, divide esta plataforma com o Renault Twingo e o novo ForTwo já foi apresentado no Brasil, no último Salão de São Paulo, em 2016.
A bateria de íons de lítio com 17,6 kWh permite que o automóvel urbano com dois lugares rode aproximadamente 145 km na cidade sem produzir nenhuma emissão local de poluentes. Quando totalmente zerada, ela leva em torno de sete horas para ser carregada em uma tomada doméstica ou até 1 hora e meia em uma estação de carga rápida nos sistemas elétricos da maioria dos países. A versão tem um sistema de recuperação de energia em quatro níveis e controlado por borboletas no volante.
Para possibilitar a carga rápida, opcionalmente é possível equipar o veículo com um carregador de bordo de 22 kW, que permite que uma bateria completamente zerada seja totalmente carregada em menos de uma hora. Com seu motor elétrico de 55 kW, o Smart Fortwo Electric Drive atinge uma velocidade máxima de 125 km/h. Com torque de 13,3 kgfm, o modelo acelera de zero a 60 km/h em 4,8 segundos e pode ir de zero a 100 km/h em 11,5 segundos.
Com grade dianteira maior e a assinatura electric drive na frente, o carro tem luzes de condução diurna em leds abaixo dos faróis, saias laterais mais largas e algumas mudanças na traseira. O novo e-Smart é oferecido em todas as cores e combinações tradicionais já disponíveis nos modelos a gasolina. Entre os equipamentos, o ar-condicionado é automático com filtro de pólen e tem controle de temperatura pré-embarque. Isso significa que, quando o veículo está conectado à rede elétrica, pode ser pré-aquecido ou resfriado por meio da programação da hora de partida. Também é possível acionar o controle de climatização pré-embarque a qualquer momento remotamente, pela internet ou por um smartphone.
Os itens de série incluem vidros elétricos, volante de três raios de revestimento sintético, manopla do câmbio em revestimento sintético, sistema de áudio multimídia com GPS, DVD e Bluetooth, direção elétrica e rodas de liga leve. Na Itália, onde o teste foi realizado, o Smart Fortwo elétrico parte de 23.920 euros, ou seja, R$ 96 mil, aproximadamente.
Primeiras impressões
Os acabamentos da Smart são excelentes para um veículo planejado para a vida urbana. Tudo é bastante prático e funcional, mas sem deixar de lado a atenção aos detalhes típica dos alemães. Seus 2,69 metros de comprimento fazem milagres no interior, mas decepciona o fato de todos os compartimentos de armazenamento serem circulares. Para manobrar, o raio de giro é incrível.
Em movimento, a potência de 82 cv e o torque constante de 13,3 kgfm são capazes de render boa diversão no trânsito das grandes capitais. O Smart Fortwo elétrico se mostra muito ágil e completamente silencioso. O tamanho diminuto faz com que seja bem fácil encontrar vagas, até nas regiões mais frequentadas. A marca promete uma autonomia de até 145 km, mas não deu para conseguir esse resultado na avaliação. Com segurança, 100 km de percurso é o ideal, mas até dá para aliviar o pé direito e chegar a uns 120 km de distância. E isso em uma direção confortável, até divertida e, o melhor: com a consciência totalmente limpa quanto ao meio ambiente.
*colaborou Márcio Maio/Auto Press