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Rio, antigo e atual

 Izaura Rocha
Carlos fez a rota cultural da capital carioca, dos prédios históricos a construções recentes
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Tão próximo de Juiz de Fora, o Rio de Janeiro nos oferece não só sua beleza natural como muitas opções de programação cultural de qualidade e barata – em grande parte gratuita -, principalmente exposições e eventos nas galerias de centros e espaços culturais públicos e privados. Além disso, seu centro antigo é uma galeria a céu aberto de exemplares arquitetônicos dos tempos da colônia e do império. Alguns desses prédios foram transformados em centros culturais. É o caso do Paço Imperial, na Praça XV, construção colonial que foi residência de D. João VI, onde vimos, em agosto, duas belas exposições: a “Ocupação Zuzu Angel”, emocionante mostra de trabalhos da estilista brasileira morta pela ditadura, e “Oscar Niemeyer – Clássicos e inéditos”.

Uma construção que vale a visita é o Real Gabinete Português de Leitura, na Rua Luís de Camões. De exuberante estilo neomanuelino, o lugar abriga a maior coleção de obras de autores portugueses fora de Portugal. Essa imponente biblioteca era frequentada por Machado de Assis e foi eleita uma das mais belas do mundo. Outra boa pedida é fazer visitas guiadas a espaços, como o imponente Palácio Tiradentes e o magnífico Teatro Municipal, ambas construções do início do século XX. O primeiro, na Praça XV, foi construído onde antes havia uma cadeia em que ficou preso Tiradentes. Atualmente, é a sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Restaurado recentemente, o Teatro Municipal está esplendoroso.
A lista de galerias imperdíveis começa pelo Centro Cultural Banco do Brasil, que, além de lindo, oferece programação gratuita de altíssima qualidade, como a recente mostra de Dalí, que foi a mais visitada dos 25 anos de história do espaço. Ao lado, fica a Casa Brasil-França, referência em arte contemporânea. Nas proximidades, também está o Centro Cultural dos Correios, com seu elevador do início do século passado que já é uma atração. Nos espaços citados, a entrada é franca, e é possível ver grandes exposições em suas amplas instalações. Na Avenida Almirante Barroso fica a Caixa Cultural, que reúne cinemas, teatro de arena e galerias de arte. Lá vimos em agosto quatro mostras: “A magia de Miró – desenhos e gravuras”, “Posters of tomorrow”, “Histórias naturais (fotografias de Marcelo Tinoco)” e “Street art”.
Outro espaço que merece uma visita é o Museu Nacional de Belas Artes, com seus acervos de arte brasileira e estrangeira, além de ser uma bela edificação. Na Rua do Carmo, o prédio da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro abriga desde 2010 a biblioteca Otávio Tarquínio de Sousa/Lucia Miguel Pereira, que merece uma visita, por reproduzir o ambiente original da biblioteca do casal de intelectuais, preservada pela família e doada à instituição.
Revitalizado por obras estruturais para a Copa e as Olimpíadas, o Rio de Janeiro também ganhou novos espaços de cultura, para quem quiser ir além do corredor cultural do Centro. Um deles é a Cidade das Artes, na Barra da Tijuca, que impressiona com arquitetura monumental e contemporânea (e suas velas de concreto). O complexo cultural conta com teatro, sala de música, dança e cinema, além de galerias. Ali foi apresentada “A velha”, com Mikhail Baryshnikov e William Dafoe. Há uma articulação BRT-metrô que deixa o visitante em frente à Cidade das Artes, com desembarque no Terminal Alvorada. O Rio de Janeiro continua lindo!

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