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Monte Verde está na lista dos destinos mais acolhedores do mundo

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Monte Verde
Clima de montanha e arquitetura de tendência europeia no distrito de Monte Verde, em Camanducaia (foto: Ricardo Cozzo/Divulgação)
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Visitar Monte Verde é quase conhecer outro país. O distrito de Camanducaia, na região Sul de Minas Gerais, a cerca de 400km de Juiz de Fora, por sua arquitetura com tendência europeia e o clima de montanha bem ameno, é conhecido como “Suíça Brasileira”. A comunidade, com população de 4.132 pessoas, de acordo com o IBGE, foi considerada o sexto destino mais acolhedor do mundo. O ranking foi criado pela plataforma Booking.com a partir de votação e avaliação dos turistas no último ano. Os hotéis e pousadas também contaram na decisão, já que foi levada em conta sua hospitalidade em 2021. Monte Verde é a única representante do continente americano. Matera (Itália), Bled (Eslovênia), Taitung City (Taiwan), Nafplio (Grécia), Toledo (Espanha), Bruges (Bélgica), Nusa Lembongan (Indonésia), Ponta Delgada (Açores, Portugal) e Hoi Na (Vietnã) também ocupam a lista.

A classificação foi atribuída às diversas opções de turismo que o distrito apresenta. Além de Monte Verde ser um cenário atípico, por lá é possível fazer trilhas, e, para os corajosos, conhecer as cachoeiras escondidas entre os paredões. É lá que está o pico mais alto da região, a 2.082 metros de altitude. Apesar da dificuldade de se chegar lá, a vista panorâmica da Serra da Mantiqueira compensa. Outro fato atrativo é a comida dos restaurantes, que prezam pelo fogão a lenha e o tempero que os mineiros bem conhecem (só podia ser um município de Minas Gerais a estar nessa lista). Na publicação, a justificativa começou certificando que Monte Verde é capaz de trazer o romance de volta a qualquer pessoa e agradar todos os gostos: quem gosta de desbravar a natureza, aproveitar as acomodações, experimentar a gastronomia local ou ir às compras.

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Impacto direto na economia

Estar entre as mais acolhedoras do mundo impacta diretamente não só o distrito, mas também toda a região e o próprio estado de Minas Gerais. É nisso que acredita Milena Pedrosa, subsecretária de Turismo do Estado. Ainda sob os efeitos da pandemia e a diminuição do turismo, esse reconhecimento ajuda a atrair ainda mais turistas que não conheciam o Sul mineiro e a região da Serra da Mantiqueira. Isso, consequentemente, afeta a economia do estado como um todo.

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Uma série de programas vêm sendo elaborados pela Secretaria de Cultura e Turismo para a retomada. Um deles é a Rede Integrada de Proteção ao Turismo. A proposta é promover segurança pública ao turismo e à cultura nas cidades mineiras que atraem muitos visitantes, fazendo com que elas sejam ainda mais convidativas aos turistas, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Minas Gerais possui ainda muitas cidades com potencial turístico a serem descobertas, aposta o Governo, e a política de regionalização, junto com o trabalho com as secretarias locais, são de grande importância para fazer com que essas localidades estejam mais evidentes.

Milena salienta que 62% do patrimônio histórico tombado no Brasil estão em Minas Gerais, e isso demonstra a vocação para o turismo. De maio a outubro, por exemplo, de acordo com dados do Observatório do Turismo de Minas Gerais, o fluxo de viajantes no estado chegou a 17,3 milhões de pessoas. Só em novembro o número foi de 2,6 milhões de visitantes. Segundo dados da última Pesquisa de Demanda feita pelo Estado, em 2016 a média de gasto de turista era cerca de R$ 105 por dia. Já a média de permanência nas cidades é de aproximadamente seis dias. Isso multiplicado pela quantidade de turistas chega a R$ 1,64 bilhão injetado na economia.

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