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Ecoturismo em JF: conheça rotas e atividades que acontecem nos espaços verdes da região

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Depois da pandemia, a busca por passeios que proporcionam um contato maior com a natureza aumentou. Trilhas, cachoeiras, parques e fazendas são algumas alternativas de roteiro para quem deseja descansar, mas, ao mesmo tempo, aproveitar as atividades ao ar livre. De primeira, pode parecer que Juiz de Fora não oferece nenhuma dessas opções e muitas pessoas acabam recorrendo a destinos próximos à cidade. No entanto, algumas iniciativas públicas e privadas de ecoturismo mostram que não é preciso sair da cidade para viver essa experiência.

Quando o assunto é ecoturismo, o Brasil se destaca pelas belas paisagens e a diversidade cultural. De acordo com o Ministério do Turismo, o termo se refere ao segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.

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O diretor do Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Breno Moreira, destaca que o ecoturismo ajuda a elevar os índices de saúde física e mental dos praticantes e que, principalmente no período pós-pandemia, tem sido uma das atividades mais relevantes no sentido de ampliar a relação entre ser humano e natureza. “Geralmente o praticante do ecoturismo busca por experiências que transcendem o simples fato de se deslocar de um local diferente de onde vive, almejando criar conexões psicológicas e espirituais com os ambientes naturais.”

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Bromeliário, trilhas e casa ecológica

Foto: Fernando Priamo/Arquivo TM

Em Juiz de Fora, um dos lugares que proporciona essa conexão é o Jardim Botânico. Em meio a Mata do Krambeck, um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica em Juiz de Fora, os visitantes podem saber mais sobre espécies botânicas e seus usos, por meio das placas informativas espalhadas ao longo do jardim, ter acesso a galerias de arte e, claro, fazer trilhas.
Além disso, o espaço conta com Bromeliário e Orquidário e um Laboratório Casa Sustentável, que funcionam como uma experiência de moradia ecológica, promovendo educação ambiental a respeito das diferenças dos usos de materiais e posicionamento de estruturas, como janelas e portas, e como isso influencia na sensação de calor e de luminosidade.

“O Jardim Botânico da UFJF oferece ao visitante a possibilidade de realizar uma verdadeira imersão florestal, através da caminhada ao longo de trilhas acompanhadas de uma paisagem deslumbrante. Todas as trilhas do Jardim Botânico apresentam dificuldade leve e são ideais para iniciantes em caminhadas pela floresta”, afirma Breno.

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A principal trilha de lá é a da Juçara, que recebeu esse nome por causa da abundância de palmitos, planta nativa da Mata Atlântica. A trilha fica entre o lago superior e o Centro de Pesquisa, uma caminhada de cerca de 700 metros com duração de meia hora. No início do trajeto, o visitante tem contato com uma fileira de jabuticabeiras e ao longo do caminho vai conhecendo mais sobre a floresta.

“Devido à dificuldade do trajeto, está, infelizmente, condicionada a pessoas sem problemas de mobilidade. Ela atravessa a floresta, portanto, possui riscos inerentes a esta atividade, como acidentes com animais peçonhentos e queda de galhos. Ao optar pela trilha da Juçara, o visitante deve estar ciente e assumir os riscos”, orienta a UFJF.

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As visitas acontecem de terça a domingo, das 8h às 17h, sendo o último horário de entrada às 16h, de forma gratuita, sem a necessidade de agendamento.

Caminhos Verdes de Juiz de Fora

Foto: Divulgação PJF/Carlos Mendonça

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) desenvolveu, em 2021, grupos de trabalho com foco na criação de roteiros de passeios turísticos na cidade. Dessa iniciativa, surgiu o roteiro dos Caminhos Verdes de Juiz de Fora, com um mapeamento dos atrativos turísticos voltados às questões naturais para incentivar o desenvolvimento sustentável da região.

Os lugares que são pontos de parada do roteiro são Parque da Lajinha; Jardim Botânico da UFJF; Mirante da BR-040; Mirante do Morro do Cristo; Jardins do Museu Mariano Procópio; Parque Halfeld; Parque Municipal; Represa de São Pedro; e Represa Chapéu D’Uvas.

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Segundo a Secretaria de Turismo (Setur) da PJF, um projeto de cicloturismo deve ser lançado no mês de junho, com o objetivo de incentivar o esporte e o turismo na cidade. Outro projeto de turismo ecológico é a Rota Turística Humaitá de Minas, iniciativa do Sebrae Minas e da empresa Nexa com o apoio da Prefeitura, com rotas para ciclistas e também para turistas que desejam conhecer as paisagens, as cachoeiras e a gastronomia do lugar.

A travessia na rota do Rio do Peixe

Foto: Divulgação

Um dos princípios do ecoturismo é aliar a conservação ambiental à geração de renda das comunidades locais. Pensando nisso, o Polo Ecológico e Gastronômico do Rio do Peixe reuniu pequenos empreendedores da região de Juiz de Fora e Belmiro Braga, municípios divididos pelo Rio do Peixe, para fomentar o ecoturismo local, colaborando para a preservação ambiental e incentivando o consumo de alimentos orgânicos e produtos artesanais.

“Nós temos uma reserva de Mata Atlântica de 30 hectares que preservamos e ainda mantemos espécies que estão em risco de extinção. O ecoturismo funciona como uma maneira de viabilizar isso, além de valorizar arte, cultura e gastronomia local”, diz Miguel Gomes, da Fazenda Confraria, um dos idealizadores do projeto.

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As fazendas e restaurantes que integram o polo ficam espalhadas ao longo do caminho da MG-353, na altura do km 114. No entanto, Miguel conta que, desde a criação do projeto de ecoturismo em 2017, vários restaurantes da rodovia, integrantes do polo, fecharam por falta de movimento.

Um dos poucos lugares que ainda resiste é a Fazenda Confraria Parque Ecológico e Criativo, fundada por Miguel seis anos atrás. O espaço conta com reserva florestal, piscina, trilhas, tirolesa, lago, espaço infantil, horta diversificada e um restaurante com comidas típicas de Minas. Além da iniciativa comercial, a Fazenda também recebe turmas de escolas e realiza um trabalho de educação ambiental.

O Parque e os demais restaurantes ao redor funcionam sábados, domingos e feriados, no horário de 10h30 às 18h.

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