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Lâmpadas: entenda como deve ser feito o descarte consciente

descarte lampadas felipe couri
(Foto: Felipe Couri)
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Assim como qualquer objeto, as lâmpadas precisam passar pelo processo de descarte consciente, independente se for incandescente, fluorescente, de LED ou outra. Caso sejam descartadas de forma indevida, as consequências para o meio ambiente são negativas e podem, ainda, atingir os seres humanos.

Conforme a Lei 12.305 (também conhecida como Política Nacional de Resíduos Sólidos), de 2 de agosto de 2010, no artigo 33, há a exigência que fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de alguns objetos – inclusive lâmpadas fluorescentes – são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.

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Em Juiz de Fora, a E-Ambiental realiza o serviço de descarte ambientalmente correto de lâmpadas, em convênio firmado com a Prefeitura, através do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb). A gestora ambiental da empresa, Emmanuelle Roussoulieres, explica como deve ser feito o descarte destes objetos. O primeiro passo é acondicionar as lâmpadas em embalagem original, envolvê-las com fita adesiva e identificá-las com rótulo próprio. Caso não seja possível, pode ser utilizada caixa de papelão. O acondicionamento deve ser feito em pequenos lotes de até cinco lâmpadas por embrulho. Este procedimento de proteção evita que ela seja quebrada no momento da coleta, explica.

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Após o descarte, explica a gestora, os materiais precisam ser encaminhados para o restante do processo, para, assim, serem reintegrados por meio de novos produtos ou acondicionados em ambiente especial para impedir a poluição. Segundo Emmanuelle, “as lâmpadas são trituradas em um equipamento onde os resíduos químicos ficam retidos em três filtros. Tanto a parte metálica quanto a parte do vidro triturado voltam para novos processos produtivos industriais que reaproveitam esses matérias, como, por exemplo, industrias metalúrgicas e cerâmicas”.

Preocupação ambiental

O motivo para o cuidado especial com o descarte de lâmpadas é a preocupação com o meio ambiente, principalmente com o tipo fluorescente. “A lâmpada fluorescente tem resíduos químicos tóxicos que, em contato com o meio ambiente, podem causar impacto ambiental negativo, como contaminação do solo e do lençol freático. Também é prejudicial à saúde humana no caso de contato. O mercúrio, uma das substâncias presentes, pode causar insônia, falha de memória, lesões no sistema nervoso e fraqueza muscular”, explica a gestora ambiental. No caso das incandescentes e de LED, que não têm produtos químicos em sua composição, a principal preocupação é em relação à decomposição do metal e do vidro – mais de cem anos e tempo indeterminado, respectivamente -, conforme esclarece Emmanuelle.

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Segundo a instituição, as coletas acontecem de modo itinerante em diversos bairros da cidade. O descarte pode ser feito na sede da E-Ambiental no Bairro Poço Rico e em pontos de coleta, como Shopping Alameda, estacionamento do Santa Cruz Shopping, Colégio Militar, Instituto Entre Irmãos, Academia Soul no subsolo do Bahamas São Vicente, 10º Batalhão de Infantaria, Flaire Atacadista e Academia Hydrus.

Projeto de troca de lâmpadas

A Energisa, grupo privado do setor elétrico que presta serviços em diversos estados (inclusive Minas Gerais), desenvolve projetos para incentivar a troca de lâmpadas. Segundo o grupo, os clientes cadastrados na Tarifa Social podem trocar, de forma gratuita, até quatro lâmpadas incandescentes e fluorescentes pelo modelo de LED, que são mais eficientes, econômicas e com maior vida útil. Para isso, a Energisa trabalha com as Prefeituras municipais das cidades que atende, além de promover outras ações.

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O coordenador de Eficiência Energética do Energisa, Thiago Peres, explica que um dos pilares da atuação do grupo é “buscar conectar clientes às melhores soluções em energia e promover o desenvolvimento econômico, social e cultural das comunidades em que estamos presentes”. Ele explica que, ao substituir as lâmpadas incandescentes e fluorescentes por LED, “estamos contribuindo para o desenvolvimento sustentável, já que ela dura mais e consome muito menos”.

Peres também enfatiza que o descarte feito pelo grupo está de acordo com as determinações ambientais. “Todos os equipamentos retirados de operação devem ser descartados, e os resíduos destinados, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Desta forma, todos os materiais substituídos – incluindo lâmpadas – são encaminhados para empresas especializadas e contratadas pela Energisa, que fazem a separação e a descontaminação, contribuindo para a preservação do meio ambiente e dos recursos naturais.”

A Cemig é outra entidade que se apoia nos valores corretos para o descarte de lâmpadas. Apesar de não ter mais a responsabilidade da gestão da iluminação pública desde janeiro de 2015, como informou a empresa, aquelas substituídas por meio dos projetos ligados ao Programa de Eficiência Energética da companhia, como o Minas Led e o Cemig nas Comunidades, entre outros, passam por processo de descarte ecológico.

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