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Posts fofos temáticos ajudam cães a ganhar novo lar

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Imagine cachorrinhos fantasiados de personagens super conhecidos, cobertos por corações de papel, e até “vestindos” árvores de Natal, trazendo um pedido especial: “Me adota?”. Se você é daqueles que não resiste a um pet fofinho, pode ajudar a mudar as histórias destes. A “tática” de usar as fofurices para chamar a atenção das pessoas para a adoção nas redes sociais foi ideia da bióloga Laura Jaguaribe, de 24 anos. Apaixonada por cães desde pequena, a jovem resgata cachorros na rua, cuida dos pequenos em seu apartamento e depois procura doadores por meio de facebook e Instagram. Até agora, já foram 31 resgates, e todos eles conseguiram ganhar um lar cheio de amor.

Laura contou que tudo começou em 2014, após uma adoção feita por sua família. “Desde que nasci, sempre tivemos cachorros, já chegamos a ter 22. Vários destes foram de resgate, mas não tínhamos a consciência de adoção e castração de hoje em dia. Em 2014, minha irmã adotou uma cadelinha idosa, que havia sido abandonada e sofrido maus tratos. Foi ela que mudou minha forma de pensar. Desde então, eu tive a iniciativa de ajudar cães que foram abandonados, para que também como ela pudessem ter uma segunda chance”, conta.

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A jovem disse que então veio a ideia de divulgar os bichos na internet. “Enfeitar” os cães para as fotos surgiu como uma forma de chamar a atenção das pessoas. “Em todos eu coloco adereços diferentes, de acordo com a época do ano. Com maior número de curtidas e compartilhamentos, aumentam a visibilidade e as chances de encontrar um futuro adotante.” Laura também faz textos bem intimistas, como se os cães estivessem narrando suas histórias.

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A última resgatada, a vira-lata Magrela, teve fotos nas redes sociais “usando” uma árvore de Natal e fazendo um pedido especial para o Papai Noel: “Neste ano me comportei muito bem, só não sei porque fui parar na rua… Estou escrevendo essa carta, pois desejo nesse Natal encontrar uma família que me ame e me respeite muito. Prometo ser uma companhia não só para essa data, mas também pro resto da vida. Sou linda, loira, esbelta (uma verdadeira top model).Me dá uma chance? “, diz o texto.

A vira-lata esperava por um novo lar (Foto: Arquivo pessoal)

E o pedido da cadelinha parece que vai ser atendido antes do Natal. No último sábado, depois de centenas de compartilhamentos, apareceu uma adotante para Magrela. Segundo Laura, a cachorra foi deixada no seu novo lar e está em fase de adaptação, e ela está torcendo muito para que dê tudo certo e ela fique lá. “Peço que pensem bem antes de ligar, Magrela é um amor, tão pequena e já sofreu com o abandono, não merece sofrer mais. Se não for pra cuidar dela a vida inteira, não adote,” diz a postagem no Facebook. Segundo ela, a média de tempo de adoção após as postagens é de dois dias. “Alguns demoram mais, principalmente os mais velhos”,

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Sem ajuda de nenhuma clínica veterinária, Laura arca com os custos até que os bichinhos sejam adotados. “Todo o processo, do resgate até a adoção, assim como lar temporário, faço com a ajuda da minha família e alguns amigos”, conta.

‘A vontade de viver supera tudo’

Louca por cachorros, de resgatadora, Laura passou a “mãe” dos bichinhos por duas vezes. Athena e Chitarra foram vítimas de maus tratos, abandono e tiveram dificuldade de encontrar uma família, não só por preconceito por não terem raça, mas também por não serem mais filhotes. “A Chitarra morreu de câncer esse ano. Ela era de rinha, perdeu uma briga e os antigos “donos” a jogaram de um lugar pra morrer, ficou manca por conta disso. Foi resgatada por uma ONG e participou de cinco feiras em 2 anos, e ninguém queria adotá-la: velha, manca, super agressiva com outros cachorros e ainda ficou obesa por conta de ficar num lugar pequeno na ONG. Ela era minha paixão”, conta.

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Já Athena ficou conhecida na cidade após ser ferida por uma cabeça de nego que jogaram para que ela abocanhasse em maio de 2015. Conforme o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar na época, testemunhas relataram que um homem utilizava um artefato explosivo, conhecido por “estalinho”, e passou a lançá-lo para o cão, que abocanhava o objeto.

Athena foi resgatada por Laura após ser ferida com artefato explosivo (Foto: Arquivo pessoal)

Diante disso, ele adquiriu outro explosivo, este com maior capacidade de explosão, conhecido como “cabeça de nego”, e jogou, instigando o animal a abocanhá-lo. Quando a cadela mordeu, houve a explosão. A cadela ficou muito ferida e internada por muito tempo. “Ela ficou praticamente cega por conta do episódio. Ninguém queria adotá-la, e pra mim foi amor à primeira vista”, disse Laura.

Athena hoje é famosa na internet. Tem um Instagram seu, com mais de 11 mil seguidores, que, segundo Laura, é “o diário da segunda chance” e que também ajuda a divulgar a adoção de outros amiguinhos.

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E se você pensa que são só os animais que ganham com essa boa ação, está enganado. Eles têm muito a nos ensinar. “Toda história é única e mexe de alguma forma comigo. Muitas vezes, não conhecemos o passado do animal.Todos que passam por aqui, deixam uma parte deles comigo, um amor e uma vontade de viver que supera tudo.”

Você também pode ajudar
Se você está pensando em ter uma animal de estimação, fique de olho nas redes sociais da Laura e no Instagram da Athena. Sempre que há algum resgate ou algum bichinho precisando de ajuda, há postagens sobre os cães que estão disponíveis. Você também pode ajudar compartilhando as imagens e divulgando para seus amigos.

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