A ocitocina também é conhecida como ‘’hormônio do amor’’. Ela é importantíssima para o corpo humano.
A ocitocina foi o primeiro hormônio a ter suas atividades biológicas estabelecidas e a estrutura química determinada. Ela é liberada nos terminais do nervo hipotalâmico da hipófise posterior para a circulação, onde estimula as contrações uterinas durante o parto e a ejeção do leite durante a lactação.
Assim que o bebê nasce, há grande liberação da substância, que funciona como base para o desenvolvimento do vínculo, do afeto e do amor entre mãe e bebê. No pós-parto, o corpo continua aproveitando a ocitocina. Nessa etapa, ela é importante para evitar hemorragias.
E a atuação dela não para aí. Durante a amamentação, é esse hormônio o responsável por fazer o leite esguichar do peito materno enquanto a criança suga.
No entanto, concentrações equivalentes de ocitocina foram encontradas na hipófise masculina, e estímulos semelhantes de liberação de ocitocina foram determinados para ambos os sexos, sugerindo outras funções fisiológicas. De fato, estudos recentes indicam que a ocitocina está envolvida na cognição, tolerância, adaptação e comportamento sexual e materno complexo, bem como na regulação das funções cardiovasculares.
Além disso, os estudos demonstram que o coração e os grandes vasos, como a aorta e a veia cava, são locais de síntese de ocitocina, ou seja, o coração também produz ocitocina.
Não é só a presença do receptor não, é produção. Nada mais significativo que o ‘’hormônio do amor’’ também produzido pelo coração não é mesmo?!
Para que a gestante se beneficie desse coquetel de hormônios durante o parto é importante criar condições para liberação da ocitocina, dando suporte à gestante para que ela esteja em um ambiente tranquilo, onde se sinta segura e confiante.
Dependendo da forma como a gestante é acolhida na maternidade, a liberação de ocitocina pode ser prejudicada, porque ela não vai bem com a adrenalina, o hormônio do estresse que bloqueia a ação da ocitocina.
Ocitocina sintética
Apesar de a ocitocina ser naturalmente produzida pelo organismo, existe também sua versão sintética, isto é, feita em laboratório. Ela é adotada por alguns médicos para estimular as contrações e induzir o parto. A princípio, a ocitocina sintética não deve ser utilizada em um parto regular. E, se for adotada, é importante ressaltar que deve ser utilizada com muito critério, colocada aos poucos e aumentando gradativamente. Se aplicada de uma vez, em grande quantidade, leva a contrações muito intensas e dolorosas.
Também existe a ocitocina na forma de spray nasal, que tem como objetivo auxiliar na amamentação. Porém, se trata de um medicamento e, portanto, é preciso a recomendação de um profissional da saúde para recorrer a este artifício. Antes de apelar para isso, a mulher precisa estar bem orientada sobre o aleitamento. O spray pode ajudar, mas não deve ser utilizado por todas as mães, e sim em casos específicos, determinados por um especialista.
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Fonte: GUTKOWSKA, J.; JANKOWSKI, M.; MUKADDAM-DAHER, S. and MCCANN, S.M.. Oxytocin is a cardiovascular hormone. Braz J Med Biol Res [online]. 2000, vol.33, n.6, pp.625-633. ISSN 0100-879X. http://dx.doi.org/10.1590/S0100-879X2000000600003 ; Revista Crescer