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Nesta terça-feira, a autora e professora Luzia de Maria fala sobre seu “Amor literário” em Juiz de Fora

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Na passagem por Juiz de Fora, Luzia de Maria autografa o livro “Amor literário – Dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada” – Foto Divulgação
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Na condição de jornalista e de professora de Língua Portuguesa, fico assustada quando paro para refletir sobre a estimativa do Banco Mundial de que o Brasil vai demorar 260 anos para atingir o nível educacional de países desenvolvidos em leitura. A realidade foi escancarada em fevereiro deste ano, e o cálculo foi feito com base no desempenho dos estudantes brasileiros em todas as edições do Pisa, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, coordenado pela OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Nossas crianças não leem e, consequentemente, não interpretam. No Sala de Leitura de hoje, a escritora e doutora em Letras pela USP Luzia de Maria chama a nossa atenção para um fato tão ou mais aterrorizante: muitos daqueles que ensinam também passam longe das páginas de um livro.

“A grande miséria brasileira é que o país não conta com número suficiente de professores leitores!  Nem o poder público nem a grande maioria das escolas da rede privada parecem se incomodar com os dados que mostram o Brasil, em relação à leitura dos estudantes, na rabeira entre 70 países (refiro-me aos resultados do PISA). Os 260 anos que separam os estudantes brasileiros daqueles dos países desenvolvidos, em relação ao índice de leitura, causam certo susto a quem nunca pensou no assunto. Tenho mais de 30 anos me dedicando à leitura e formação de leitores, tenho viajado por todo o país, já fiz palestra em quase todas as capitais brasileiras e em inúmeras cidades de médio porte ou mesmo pequenas, e, pela observação direta, sou obrigada a reconhecer que esse resultado é plausível. Não é exagerado”, dispara Luzia de Maria, que passa por Juiz de Fora, nesta terça-feira, para falar sobre “Um amor literário para contagiar leitores”. Promovida pela AABIM-MM – Associação de Amigos da Biblioteca Municipal Murilo Mendes, a palestra será realizada às 8h30, no Instituto Vianna Jr. (Av. dos Andradas 415), com entrada gratuita.

Luzia de Maria é professora aposentada da UFF – Universidade Federal Fluminense, autora de 17 livros, entre os quais “Amor literário – Dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada” (Ler & Cultivar, 416 páginas), “O clube do livro – Ser leitor que diferença faz” (Globo, 333 páginas) e “Minha caixa de sonhar – Histórias de viagem para jovens de qualquer idade (Globo, 104 páginas).

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Marisa Loures – Seu livro “Amor literário” tem a meta de orientar o adulto para o gosto pela literatura. Como instigá-lo a ter prazer pela leitura literária e não somente a utilitária e circunstancial?

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Luzia de Maria –  Logo que publicado “O clube do livro – Ser leitor, que diferença faz?”, em final de 2009, fui convidada pela Fundação CECIERJ – Centro de Ciências e Educação a Distância,  a criar um curso de Leitura e Formação de Leitores, para ser oferecido a professores do magistério público. Decidi escrever um livro que fizesse exatamente isso: que instigasse os professores – ou qualquer leitor – a se interessar pela literatura, a ler literatura, a ampliar seus horizontes culturais. Meu livro “Amor Literário”, escrito e burilado durante seis anos, é a resposta à sua pergunta. Não é um texto técnico nem pedagógico, não oferece receitas. Numa linguagem coloquial, em textos curtos, começa focando a criação da escrita, do ponto de vista da neurociência, mostra sua evolução das placas de argila à internet, fala da plasticidade do cérebro e de como o ato de ler promove conexões neurais, ampliando o desenvolvimento cognitivo, mantendo a vitalidade do cérebro. Daí sua importância para crianças, adultos e idosos; Convida o leitor a olhar sua própria história de leitor; fala dos contos populares, da literatura infantil, do cinema e da fantasia para o ser humano; do poder transformador da leitura, da formação de valores, etc.  Mas tudo isso acontece como num passeio pela literatura universal. A defesa que faço da leitura tem como apoio falas, citações, depoimentos de grandes escritores de todos os tempos, porque, afinal, são eles – os escritores –  os maiores leitores que a humanidade produziu! No “Amor literário” estão mais de 500 escritores e, resenhadas, são mais de 100 obras literárias, de modo que os leitores costumam chegar ao final de sua leitura com listas de 10, 15, 20 livros para comprar.

– Quando faz suas andanças para palestras, percebe se suas ideias são bem aceitas pelo professores? Eles percebem a necessidade de mudar a maneira como a literatura é abordada com as crianças?

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– Uma palestra pode ser, para alguns, um toque de Midas e pode até acontecer que a apatia, levando uma sacudidela, empurre a pessoa até as páginas de um livro. O ideal seria um curso semipresencial, como no meu projeto “Ler pra valer – Formação e ampliação de público para o patrimônio literário e cultural da humanidade”, inscrito no MinC (Ministério da Cultura) e detentor da Lei Rouanet em 2016. Com patrocínio das editoras FTD e Gaudí, do Grupo Global, esse curso foi oferecido a 400 professores e o livro  – com suas 416 páginas, ilustrações e duas cores internamente, preço de capa  R$ 59,90 – foi oferecido a cada professor, sem qualquer custo para eles. Foram oferecidas 100 vagas à Superintendência Regional de Ensino de Minas Gerais, em Juiz de Fora. E, na terceira aula presencial, um dos participantes daí disse publicamente: “Professora, preciso fazer um depoimento e uma confissão. Ao receber o seu livro, quando comecei a ler, não consegui mais deixá-lo de lado, encantada com a leitura. Comprei e li também os três livros que você pede que sejam lidos durante o curso. Mas, além desses, fiquei tão curiosa com vários outros livros ali resenhados, que fiz uma lista de mais oito para comprar e, destes, já comprei dois. Agora, aqui na aula, você falou de mais três livros e disse que esses não estão no “Amor literário”, e eu já anotei mais dois, que pretendo comprar e ler. Mas quero fazer também uma confissão, porque este curso me fez ver o absurdo da minha vida: Sou professora do Estado de Minas Gerais há vinte anos, dou aulas para o ensino médio, e nunca, nestes vinte anos, eu tinha comprado um livro sequer.” São casos como este que alimentam nosso “amor literário”. As avaliações dos cursistas sobre o livro, o curso ou workshop são extremamente animadoras! Confesso que não vejo outro caminho para melhorar a educação, senão formar professores leitores.

“Gostar ou não gostar de ler não tem qualquer relação com a genética, é uma questão cultural: decorrência de oportunidades, encontros e desencontros que acontecem na vida. Pais leitores, conscientes da relevância da leitura no século XXI, sabem como formar filhos leitores. O mesmo posso dizer em relação aos professores”

– Em um cenário em que professores não leem, como contagiar a criança e fazê-la se apaixonar pela leitura literária?

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– Não contagia, como afirma também a querida Marina Colasanti. Uma aluna do curso, quando ele era somente a distância, nos tempos do CECIERJ (Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro), escreveu em sua avaliação: “Esse aprendizado (…) me fez ver que só posso exigir de meus alunos prática de leitura se eu mesma estiver ‘contaminada’ por ela. (…) Decidi concorrer ao doutorado e sinto-me como se antes estivesse adormecida: este curso foi, para mim, o beijo do príncipe.”  (Lívia Aparecida de Almeida, Mestra em Teoria Literária pela UFRJ e Professora da Unifa (Universidade Federal da Força Aérea). Meu curso, oferecido como EAD, era classificado como “curso de extensão”, mas muitos inscritos tinham pós-graduação, mestrado e alguns até cursando doutorado. Gostar ou não gostar de ler não tem qualquer relação com a genética, é uma questão cultural: decorrência de oportunidades, encontros e desencontros que acontecem na vida. Pais leitores, conscientes da relevância da leitura no século XXI, sabem como formar filhos leitores. O mesmo posso dizer em relação aos professores.

“É simples qualquer escola saber se tem formado leitores: seus alunos tomam livros de empréstimo, na biblioteca escolar, de forma independente? Não estou falando da leitura imposta pelo professor, com data marcada para avaliação. Se os estudantes não leem por conta própria, com autonomia, não são leitores. Penso que isso só poderá mudar quando os pais dos estudantes cobrarem da escola o fato de seus filhos não estarem se tornando leitores.”

E pode-se dizer que o fato de existirem professores sem amor aos livros colabora para o resultado da estimativa do Banco Mundial …

A grande miséria brasileira é que o país não conta com número suficiente de professores leitores!  Nem o poder público nem a grande maioria das escolas da rede privada parecem se incomodar com os dados que mostram o Brasil, em relação à leitura dos estudantes, na rabeira entre 70 países (refiro-me aos resultados do PISA). Os 260 anos que separam os estudantes brasileiros daqueles dos países desenvolvidos, em relação ao índice de leitura, causam certo susto a quem nunca pensou no assunto. Tenho mais de 30 anos me dedicando à leitura e formação de leitores, tenho viajado por todo o país, já fiz palestra em quase todas as capitais brasileiras e em inúmeras cidades de médio porte ou mesmo pequenas, e, pela observação direta, sou obrigada a reconhecer que esse resultado é plausível. Não é exagerado. O que me preocupa é ver que um dado como este não “estremece” os que ditam as regras na educação brasileira! Atualmente, em lugar de um curso com 60 horas-aula (30 presenciais e 30 a distância), tenho realizado worshops com 5 ou 10 horas-aula, estando incluído no custo o livro “Amor literário”  para cada participante. Essa modalidade de um curso breve, motivacional, para os professores, tem sido bem recebida e abraçada por algumas escolas como o Colégio São Vicente de Paulo, em Niterói, o Colégio Notre Dame Ipanema, Rio, entre outros. É simples qualquer escola saber se tem formado leitores: seus alunos tomam livros de empréstimo, na biblioteca escolar, de forma independente? Não estou falando da leitura imposta pelo professor, com data marcada para avaliação. Se os estudantes não leem por conta própria, com autonomia, não são leitores. Penso que isso só poderá mudar quando os pais dos estudantes cobrarem da escola o fato de seus filhos não estarem se tornando leitores. O mundo inteiro, hoje, se preocupa com leitura. Nos últimos dias de março último, estive no Salão do Livro de Paris e na Feira do Livro Infantil de Bolonha e, mais uma vez, na atitude educada de gente leitora, demonstrada por estudantes adolescentes, acompanhados ou não, nossa diferença é gritante.

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“Empurrar a criança para a série seguinte, sem os conhecimentos adequados, é a primeira consequência da pouca atenção dada pela escola à formação do leitor! Porque só se aprende a fazer, fazendo! Só se aprende a ler, lendo!”

 – O problema apontado pela estimativa do Banco Mundial não estaria relacionado ao modelo de educação com “aprovação automática” que é oferecido hoje no nosso país?

– Empurrar a criança para a série seguinte, sem os conhecimentos adequados, é a primeira consequência da pouca atenção dada pela escola à formação do leitor! Porque só se aprende a fazer, fazendo! Só se aprende a ler, lendo! Acho muito engraçado quando ouço professores afirmarem, culpabilizando os alunos, que eles não sabem interpretar o que leem. Ora, até parece que alguém nasce sabendo ler e interpretar. Quando ouço isso, minha vontade é dizer: “a responsabilidade disso é toda sua, professor!” Altere o cardápio, leia com os estudantes! Quando peço que façam leitura de texto em voz alta, nos meus cursos, muitas vezes as deficiências são gritantes: há professores que não passariam em um teste de leitura em voz alta. Vão atropelando a pontuação, lendo outra palavra em lugar da que está no papel, etc. Mas a grande maioria dos cursos oferecidos a eles, professores, são teorias importadas, questões pedagógicas, e a literatura passa longe. Aliás, é bom que se diga: na maioria dos cursos de Pedagogia, que formam os professores, não há disciplinas de literatura, às vezes nem mesmo de literatura infantil. Nos cursos de Letras, há ementas em que o aluno passa um semestre inteiro lendo um único clássico, e nenhuma disciplina cujo objetivo seja ampliar o seu repertório de leituras, para que ele se forme professor-leitor. Um professor-leitor deve ter bagagem de leitura para apresentar, com brilho nos olhos, pelo menos de 40, 50 livros que tenha lido com prazer. Deve saber contar um pouco das histórias contidas neles, de forma a contagiar os estudantes do ensino fundamental e médio. Mas, absurdo dos absurdos, há quem termine um curso de Letras e diga, com a mais franca e estarrecedora “sinceridade”: “Eu fiz Letras, mas detesto ler!”

–  Vou transferir para você uma pergunta que dá título a um de seus livros: “Ser leitor, que diferença faz?”

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– Para uma resposta convincente, bom mesmo é ler “O clube do livro – Ser leitor, que diferença faz?”. Quando fui entrevistada por Jô Soares, em 2005 ou 2006, por conta do livro “Sortilégios do avesso – Razão e loucura na literatura brasileira”, que foi a minha tese de doutorado na USP, falamos também do meu trabalho de formação de leitores no ensino médio, nos anos 1980.  Um grupo de ex-alunos quis me rever e ofereci um café da manhã em minha casa. Como alunos de uma escola pública, no 2º ano do ensino médio, em 1987, eles leram entre 50 e 70 livros naquele ano escolar, ultrapassando em muito minha expectativa. E, quando começaram a contar o resultado daquele ano de leitura em suas vidas, decidi escrever “O clube do livro”, para que eles pudessem contar um pouco de suas histórias. No terceiro capítulo desse livro, há 25 depoimentos deles, que confirmam a considerável ascensão social conquistada. São hoje fiscal de rendas, delegado da Polícia Federal, defensor público, avaliador de patentes no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), este, com doutorado pelo IME (Instituto Militar de Engenharia), professores com mestrado e doutorado em universidades públicas, advogados com escritório próprio, executivos em grandes empresas, dentista, psicóloga com doutorado na UFRJ, etc. Todos continuam grandes leitores. Lembro que o mais importante não é a garantia de aprovação em um concurso público ou ter uma brilhante carreira. Cito as palavras de Ana Maria Machado  –  irretocáveis! –  que estão no “Amor literário”: “Livro não é sinônimo de literatura, existe muito livro que é puro lixo. É um desperdício absoluto aprender a ler apenas para ler manuais de instruções e guias de autoajuda. Todo cidadão tem o direito de acesso à literatura e de descobrir como partilhar de uma herança humana comum. Prazer de ler não significa apenas achar uma história divertida ou seguir as peripécias de um enredo empolgante e fácil – além dos prazeres sensoriais que compartimos com outras espécies, existe um prazer puramente humano, o de pensar, decifrar, argumentar, raciocinar, contestar, enfim: unir e confrontar ideias diversas. E a literatura é uma das melhores maneiras de nos encaminhar a esse território de requintados prazeres. Uma democracia não é digna desse nome se não conseguir proporcionar a todos o acesso à leitura de literatura.”(Extraído do livro Ponto de fuga – Conversas sobre livros, 2016).

– Vivemos uma época de best-sellers escritos por youtubers. Eles podem ser a porta de entrada para os clássicos?

 – Quando eu encontrava, no início de cada ano, minhas turmas, os poucos estudantes que liam alguma literatura, eram leitores de Agatha Christie ou Sidney Sheldon. Qualquer leitura pode ser a porta de entrada. Mas a escola tem a função de educar, inclusive a função de oferecer aos estudantes a possibilidade de se tornarem seletivos, em suas leituras. O que não pode é deixar o aluno estacionado na porta de entrada. Há alguns depoimentos, dos estudantes de 1987, que contam tudo isso. Uma jovem conta que, quando perguntei que livros haviam lido até ali, ela ficou pensando se catecismo e historinhas da Mônica serviriam.

“Uma biblioteca que seja um centro cultural não pode estar fechada justamente quando trabalhadores e estudantes poderiam frequentá-la. Mas, ela se fecha nos fins de semana. Alguém reclama? Há demanda? Se não há demanda, se ninguém reclama, é a mesma questão das escolas públicas ou da rede privada, despejando estudantes que não são leitores no mercado de trabalho. Incluindo as faculdades de Letras e Pedagogia, cujos formandos saem professores.”

–  Tenho a impressão de que se tem perdido aquele costume de frequentar uma biblioteca. As bibliotecas públicas de hoje, de maneira geral, têm cumprido seu papel?

– Não sei se perdemos o costume de frequentar bibliotecas ou se, algum dia, realmente tivemos esse costume. Nasci numa pequena cidade do interior, onde até hoje não há uma biblioteca adequada ao século XXI, uma biblioteca que seja um centro cultural, aglutinador e convidativo. Não estive lá nos dois últimos anos, mas lembro-me que, em ocasiões anteriores, ela ficava fechada nos finais de semana. Uma biblioteca que seja um centro cultural não pode estar fechada justamente quando trabalhadores e estudantes poderiam frequentá-la. Mas, ela se fecha nos fins de semana. Alguém reclama? Há demanda? Se não há demanda, se ninguém reclama, é a mesma questão das escolas públicas ou da rede privada, despejando estudantes que não são leitores no mercado de trabalho. Incluindo as faculdades de Letras e Pedagogia, cujos formandos saem professores. Relatórios, avaliações externas, críticas em jornais. Nada disso tem surtido efeito. Estamos correndo riscos: A revista “Veja”, de 03 de outubro de 2012, informou que, de 2010 a 2012, já haviam chegado ao Brasil 550 mil novos imigrantes, profissionais muito bem qualificados, com mestrado, doutorado e MBA no currículo, prontos a abocanhar as melhores colocações. Postos de trabalho, antes ocupados por pessoas com baixa formação, hoje são entregues a robôs. Não é mais ficção científica ou alarme futurista. Vejo, com muita preocupação, nos jornais e revistas, as notícias assustadoras da Quarta Revolução Industrial: “Automação vai mudar a carreira de 16 milhões de brasileiros até 2.030” (Folha de S. Paulo, 21/01/2018). E a imagem que ilustra o texto é de robôs na linha de montagem dos carros da Nissan, em Resende, RJ.  “Elas vão substituir você”  –  as máquinas devem acabar com metade dos trabalhos existentes hoje” (Veja, 31/01/2018).
– Encerre nossa entrevista com breves dicas para contagiar os leitores com seu “Amor literário”.

– Os que me acompanharam até aqui, lendo essa entrevista, certamente não precisam assistir a uma palestra minha. Com certeza, são leitores! Mas, caso compareçam, me darão grande prazer  e, quem sabe, possam se tornar defensores da causa da leitura nos círculos sociais de que participam. Dedico a eles um afetuoso abraço.  E, se for  possível, peço que convidem um professor, seja ele um grande leitor ou alguém pouco afeito à leitura!  Até lá.

“Amor literário – Dez instigantes roteiros para você viajar pela cultura letrada”

Autora: Luzia de Maria

Editora: Ler & Cultivar, 416 páginas

Palestra: “Um amor literário para contagiar leitores”

Com Luzia de Maria

Nesta terça-feira, 24 de abril, às 8h30, no Instituto Vianna Jr. (Av. dos Andradas 415). Entrada gratuita.

 

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