O semipresidencialismo, outra agenda em pauta no Congresso Nacional tem um futuro incerto por conta da necessidade de realização de um plebiscito para sua implementação. A despeito de algumas vantagens, ele, como o parlamentarismo, não tem a simpatia do brasileiro. As experiências vividas foram efêmeras, como ocorreu no início da década de 1960, quando Tancredo Neves, para garantir a governabilidade de João Goulart, tornou-se primeiro ministro. A experiência durou pouco. Em outros momentos, a população, por maioria, rejeitou a repetição da ideia.
Proposta é antagônica ao distritão, que a Câmara Federal discute ainda este ano
Durante sua participação no Pequeno Expediente, da Rádio Transamérica Juiz de Fora, o cientista político Rubem Barboza voltou a alertar que o semipresidencialismo também é uma pauta que deve ser discutida com a sociedade, sobretudo por sua relevância. Hoje, que tem a pretensão de votar para presidente em Jair Bolsonaro ou Luiz Inácio Lula, certamente será contra esse modelo. Ademais, para Rubem Barboza há incoerência nas discussões, pois se for mantido o distritão, o semipresidencialismo vai para o espaço ante a redução de forças dos partidos. “São questões antagônicas, pois cria-se mais um problema para o sistema representativo”, destacou.